segunda-feira, 17 de outubro de 2011

BARULHINHO BOM

A princípio, pensei que era Chico César ou algum novo cantor de voz abaianada, com todos os "ós" e "és" enfatizados, mas era Caetano que estava cantando esse barulhinho bom "Pra te lembrar", minha gente! Lembra música de barzinho de praia...


Que é que eu vou fazer pra te esquecer?
Sempre que eu já nem me lembro, lembras pra mim
Cada sonho teu me abraça ao acordar
Como um anjo lindo


Que é que eu vou fazer pra te deixar?
Sempre que eu apresso o passo, passas por mim
E o silêncio teu me pede pra voltar
Ao te ver seguindo


Que é que eu vou fazer pra te lembrar?
Como tantos que eu conheço e esqueço de amar
Em que espelho teu, sou eu que vou estar?
Ao te ver sorrindo


Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nenhum adeus vai apagar...



POR ONDE ANDA PANDORA?

Faz 3 anos que me separei de duas coisas lindas que pintaram em minha vida: Isabor e Pandora. Sempre quis criar cachorros, mas meu pai não deixava, até o dia que aluguei uma casa combo: casa + móveis antigos + 2 cadelas-brinde. No começo foi difícil se acostumar com a manifestação exagerada de carinho delas, as patas sujas na roupa, as sacolas de compras rasgadas, a necessidade de atenção e a limpeza dos detritos gerados pela comilança de ração.

Quando eu me acostumei, o dono da casa arranjou um receptor pra Isabor, cadela da raça labrador, de pelo espesso e negro, de olhos atentos e hiperatividade constante. Com sua partida, Pandora, da raça boxer, de pelo branco e manchas marrons, com seus dentinhos atrofiados, caiu em depressão! Haja carinho, atenção, passeios e muitas regalias para Pandorinha voltar ao normal. Mal sabia eu que tinha ganhado uma cadela de guarda de primeira, super protetora, que acordava até de madrugada se eu sussurrasse da janela, caso suspeitasse de algo estranho. Nossas diversões incluíam atirar uma bola de tênis que ela se esbagaçava pra pegar primeiro que eu e fingir que não ia mais me devolver, ver TV, assustar o povo na rua (porque ela se parecia com um pitbull). Quando ela estava de castigo fazia cada olhar, baixava a cabeça de um jeito que só faltava falar, e eu dizia: Pandorinha, vc é a carência em forma de cadela!

Tivemos que nos separar somente porque trazê-la pra Bahia ficaria muito caro...se naquela época eu fosse funcionária pública federal teria bancado toda a despesa para tê-la comigo! Esses dias, fuçando arquivos velhos em um pen drive, achei o cartaz da nossa despedida, que meus amigos ainda hoje dão gargalhadas com minha criatividade. Detalhe: essa foto não é a original, pois Pandorinha é muuuuuuito mais bonita, com pedigree, cartão de vacinação e tudo nos conformes!