domingo, 20 de julho de 2014

TESOUROS DO CÉU

"Já contei como tenho agora mais amigos do que nunca. Sempre valorizei muito a amizade e cultivei muito os meus amigos. Tenho me apropriado daquilo que santa Tereza dizia de si mesmo: era muito amiga dos meus amigos." (Maite Melendo)

sexta-feira, 18 de julho de 2014

TUDO EM VOCÊ


Eu não chamo o abandono de solidão
Viver sob a noite estrelada
Atravessar
Ponto na multidão
Quem não se sente só

Sol na pele
Pingos de chuva em cada olhar
Sinais
Passam nas carrruagens que vão pro mar
Vão e não voltam mais
Antes me dão um nó

Quem repara bem na paixão
Não separa um sim de um não
Um não de um talvez
Terá sua vez
A primeira condição
De um amor viver de ilusão
Querer ser feliz
Sugar na raiz
Tudo em você

Quem não sente a brasa dormida do coração pulsar
Diz alguém que não treme frente a visão
Anjo que passa e vai
Imã que nos atrai

Mal secreto não pede esmola nem tem perdão
Viver sob a noite estrelada
Atravessar
Ponto na multidão
Quem não se sente só

CHOVE CHUVA


A temporada de chuvas em PA começou no fim de Abril e até hoje permanece, com dias quentes e noite frias, boas de dormir de meia, cobertor e sem ventilador. Já fiz uso de meus amados casacos, sapatos fechados, esgotei o estoque de meias que quase foram para a doação (por não serem usadas) e minha amiga fiel "rinite repentina da garganta inflamada e da espirradeira congestionante" já me fez várias visitas. Tomamos até uns cafés e Malvatricina juntas, mas o melhor mesmo do frio é ver filme e ouvir música. Rainy days not always get me down, porque eu amo olhar a chuva, mas quando o dia fica cinzento por muitas horas fico meio confusa, sem saber se é manhã ou tarde, desde criança. Troco até os dias da semana e fico desejando o estado hibernador dos ursos no inverno.

Pra completar, estou acompanhando o resguardo de Cristina, que está me saindo uma mãe exemplar. Todos os dias retiro o berço de debaixo da cama e pego, de propósito, cada uma de minhas bolinhas de pelo só para ver Cristina miar e lambê-los depois. Já comecei a dar nomes, mas como eles vão para doação não posso me apegar muito. Mas só pra não perder a piada, meu pai colocou o nome de um deles (o todo preto) de Montila, porque ele só abriu um olho até agora. Tem outra que é a cópia de Cristina e foi a primeira a abrir os 2 olhos de uma vez (só podia ser fêmea pra deixar os irmãos machos no chinelo). Tem ainda os gêmeos brancos que eu poderia chamá-los de Contemplação e Alegria, porque são tão dóceis e inocentes que ainda estão cegos para esse mundo. Se eu ficasse com um preto e um branco poderia nomeá-los de Black and White ou Yin e Yang, porque quando eles dormem juntos é isso que parece.

Espero que as distrações do inverno perdurem até a primavera, que trará a florada das caraibeiras e outro ciclo se iniciará.