sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

NATAL DE CRIANÇA


"Titia, a ceia é hoje ou amanhã?" (Halana, 6 anos, impaciente com a oração antes da ceia)

"Flavinha, tu tem o número de Papai Noel?" (João, 5 anos, com medo do bom velhinho errar o presente)

"Hoje é natal, não é? Mas nós só vamos ganhar o presente amanhã!" (Tiago, 8 anos, esperançoso e buscando testemunhas pra reforçar a promessa dos pais)

"Papai Noel, feliz natal. Eu gostaria de ganhar uma pista de hot weels pra brincar com Tiago. OBS: é uma pista pra mim e outra pra Tiago" (André, 9 anos, se despedindo da infância ao escrever a carta para Papai Noel com seus irmãos)

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

WHITE CHRISTMAS

"I'm dreaming of a white Christmas
With every Christmas card I write
May your days be merry and bright
And may all your Christmases be white".
(Irving Belin)

domingo, 20 de dezembro de 2015

VIAJAR É PRECISO

E trocar experiências sobre as viagens é imprescindível! Check-in, check-out, vouchers à parte, qual será o próximo destino? Qual será o café-da-manhã mais inusitado e o povo mais amistoso? Só viajando pra saber! D'accord, Nery e Ângela?



quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

SÃO PAULO VAI PARAR!

 
Hoje à noite foi noticiado nos jornais que, daqui a pouco (zero hora), o whatsapp será bloqueado por 48h no Brasil. Minha primeira reação como não usuária foi: como São Paulo, a maior metrópole do Brasil, vai funcionar? Decerto que menos pessoas serão assaltadas, por não estarem teclando enquanto andam na 25 de março ou na Times Square Paulistana. Porém, pessoas ficarão sem almoçar, porque terão que usar as cordas vocais para se comunicar com o restaurante, como o motoboy, com a tia da cantina.
Haverá angústia e crises de choro, e os hospitais notificarão ao Ministério da Saúde o aumento repentino de sintomas de síndrome do pânico. E o pior: romances serão encerrados, porque os pombinhos estavam na entrada do cinema, mas não conseguiam se comunicar. Haverá tremores de mãos ansiosas, com TOC, suores e calafrios. Nos casos mais graves, haverá registro de febre mais alta que a chicungunya, havendo inclusive risco de convulsão e delírio.

Infelizmente, os antropólogos não conseguirão produzir nem publicar artigos sobre o fenômeno, pois essa crise, maior que a econômica, só durará 48h. Ainda acho que isso pode ser revogado e durar 4,8h. Sei lá! Vai que os jornais leram errado a sentença...No campo social, mulheres estarão à beira de um ataque de nervos por não poderem controlar o último acesso de seus maridos, sendo menor o impacto em pais de família com filhos em idade escolar, dadas as férias das escolas particulares e a crise no sistema educacional do estado.

Temo que a casa do juiz seja alvejada de aparelhos e capinhas da Minnie pelos viciados enfurecidos e descontrolados, por só poderem usar o retrógrado facebook para postarem suas selfies. É provável que haja um aumento exponencial de usuários de Snapchat e da abertura de contas nos aplicativos de segunda, aqueles negligenciados até agora e que serão como água pura no Rio Doce.

Há ainda quem conclua que tudo isso é intriga da oposição, que é para tirar a atenção de Cunha e sua Gangue, Dilma e Cia, pois os jornais darão semelhante cobertura à tragédia, superando o desastre ecológico de Mariana e a morte de Cristiano Araújo, fatos que abalaram o país com igual intensidade. Agora, é só parar de postar pra ver!

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

HOMENAGEM AO BRASIL


"Eu fui fazer um samba em homenagem
À nata da malandragem
Que conheço de outros carnavais
Eu fui a Brasília Lapa  e perdi a viagem
Que aquela tal malandragem
Não existe mais

Agora já não é normal
O que dá de malandro regular, profissional
Malandro com aparato de malandro oficial
Malandro candidato a malandro federal
Malandro com retrato na coluna social
Malandro com contrato, com gravata e capital
Que nunca se dá mal

Mas o malandro pra valer
- Não espalha
Aposentou a navalha
Tem mulher e filho e tralha e tal
Dizem as más línguas que ele até trabalha
Mora lá longe e descansa nos alpes suíços, chacoalha
Num trem da Central"
(Chico Buarque Já Sabia)

sábado, 28 de novembro de 2015

MEUS GATOS, SEMPRE MEUS GATOS

Gatinhos no trabalho brincando com a bota da servente
Criativos e espertos, não deixam passar uma oportunidade sequer. Quando deixam, choram e resmungam pedindo uma nova chance ou se recolhem desconsolados. As "oportunidades" geralmente são conhecer, brincar e enfadar algum bicho que aparece na casa que não sejam eles, porque eles se sentem quase gente.

Aqui em casa existem (ou já existiu) todas as classes de gatos: a plebe, que come de tudo com todos, que dorme em qualquer lugar sem exigir regalias; a classe média, que tem paladar mais exigente e selecionam a ração ruim da boa, que querem água limpinha o tempo todo, mas na hora da bagaceira cedem e se misturam; e, por fim, temos a nobreza, os príncipes e princesas da casa que não se misturam com a gentalha, ou melhor, com a gataiada. Essa última classe esnoba pra valer, se posicionam iguais aos soldados do Palácio de Buckingham aguardando a comida sempre no mesmo lugar, na mesma hora. Só querem dormir junto aos donos, porque querem sempre o melhor lugar. Já houve um que subia na cadeira na hora do almoço e só faltava dizer: ei! ponham meu prato! Tem os que chegam da balada de madrugada e miam pra gente abrir a porta da frente igual uma visita, e ficam lá pacientemente aguardando.

Se tem uma coisa que eu admiro neles é a persistência, principalmente dos nobres, porque mesmo quando eles cedem eles não abaixam a cabeça e sabem do seu lugar de destaque, do seu valor e do apreço especial do dono por eles. Miam pra chamar atenção quando querem algo, gostam de carinho, conversinhas e mimos. Me fazem companhia sem pestanejar, desde que eu deixe o melhor lugar do sofá pra eles.

Gatos se entediam facilmente, e por isso estão sempre em busca de novidades, sejam novos brinquedos ou brincadeiras, até a exploração de novidades pela casa, porque aqui não, mas todo mundo sabe que a curiosidade acidentou o gato. Gatos gostam de marcar território de uma forma um pouco trabalhosa de corrigir e limpar, mas às vezes por causa da curiosidade nata permitem que novos gatinhos se juntem à prole e até os protegem.

Tem ainda os gatos clandestinos, que vão chegando em busca de um pouco de comida e vão ficando, mas aqui tem uma regra: só fica quem aceita carinho. Muitos correm, mas alguns cedem e, é lógico que todos passam pela escolha do nome através do comportamento que demonstram ter, coisa personalizada mesmo.
Hoje temos: Bolo (Flandré, Batman), Mouse, Narizinho, Tempestade, Pitoco, Raposinha e Miséria. Quem lê o blog deve lembrar que a infestação de gatos aqui em casa é culpa de Miséria, que graças ao Bolsa-Whiskas milagrosamente teve sua saúde e fertilidade ímpar restauradas e promoveu o repovoamento da Rua do Sol, 247, começando com o abandono de meu saudoso Farturinha. É coisa de louco, mas quem aqui chegar só sairá alimentado e será removido apenas para local seguro.

Sei que gatos dão trabalho e são como crianças. Às vezes tem uns adolescentes rebeldes também, mas nada que um carinho, uma conversinha e um bom aperitivo não resolvam. É por isso que eu amo, admiro, paro para contemplar seus momentos de sono e até levanto mais cedo para alimentá-los. Gatos, como não amá-los? É por isso que meus gatos serão sempre meus gatos.


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

SO THIS IS WHO I AM

Por mais que a gente se esforce, não é mudando a cor do cabelo ou a frase do status que vamos explicar às pessoas uma coisa: veja bem (literalmente também!), eu sou assim...posso mudar, é claro, mas eu costumo ser assim. Estou dizendo isso porque muita gente já acreditou que eu sendo educada e prestativa, fosse também manipulável e bobinha. Pensavam que por ser certinha, nunca fosse falhar; que sendo afetiva, fosse uma carente necessitada sabe lá de quê; por fim, que sendo generosa nunca fosse dizer não ou dar uma resposta certeira e amarga, frequentemente sendo interpretada como "ignorante" ou grossa.

É por isso que sendo proveitoso ou pertinente, acolho críticas na medida da razão ou da empatia. E evito, sabe Deus como eu evito, responder um comentário ofensivo ou rebater uma inverdade. E o melhor de tudo é quase sempre deixar pra lá, coisa que com a idade só se consolida. Caminhar com minhas opiniões formadas e informadas, ter consciência dos limites da emoção e saber como lidar com perdas e ganhos é só um quesito a mais que se confirma a cada desafio que surge nas estradas da vida.


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

BLACK MIRROR


Em um mundo atualmente regido por CTRL C CRTL V, plágios, retuitado e compartilhado, ser nós mesmos virou questão de urgência e emergência.  A mesmice é tamanha que a gente chega a ficar confuso e não sabe mais de quem é a autoria das coisas e dos fatos. A cópia da cópia é tão comum que o original virou relíquia duvidosa.

Moda vai, moda vem, surgem as comparações, porque do mesmo jeito que se luta por autenticidade, por ser "você" mesmo, surge o incômodo com o novo, o diferente. Às vezes, esse estranhamento é individual, uma carga pontual com RG e CPF, mas na rede pode virar algo coletivo. O bom senso sofre uma queda brusca pela intenção, ou mesmo tentação, de passar adiante injúrias, ofensas, imagens de gente morta ou de gente nua. É nessas horas que resisto a ter o aplicativo universal atual (até que outro mais bonitinho surja!), porque fico pensando: "E se fosse um parente querido, qual seria a graça de encaminhar a imagem de um acidente, de fotografar um corpo que teve sua vida ceifada por um terrível acidente?". Isso aconteceu recentemente com um parente meu. O descaso e a indiferença curiosa das pessoas fez com que isso acontecesse sem que ninguém passasse adiante e barrasse a ação dos populares. Também fiquei boquiaberta quando vi um primo pedir para ver meu avô no caixão pelo Skype. Ahn? Quem? Cuma?

O virtual se confundiu completamente com o real, e isso é crônico. Já existem tratamentos para os males da internet e seu uso desordenado. Há pessoas que acendem velas virtuais e que rezam/oram diante do computador, ou as que, mesmo produtivas, perdem seus empregos viciadas em jogos. Há pais que se comunicam com seus filhos dentro de casa pelo celular, sem falar das pessoas que sofrem com o "visualizou e não respondeu" ou com o horário de acesso do provável pretendente. Tudo ficou muito rápido e fugaz, frio e volátil, indiferente à dor alheia ou sensível por alguns segundos, aqueles mesmos segundos usados para encaminhar para o maior número de pessoas possível aquela notícia sem filtro que faz de você apenas um usuário da rede, sem identidade e muitas vezes sem noção.

Uma vez um amigo do amigo me disse: quando essas coisas aparecem na humanidade, a primeira geração apanha; a segunda geração começa a engatinhar e a terceira geração começa a fazer uso correto da nova tecnologia. Assim, eu torço para que as pessoas voltem a se comunicar com frases mais longas, que voltem a discutir cara a cara, que olhem nos olhos e sintam tudo que há como deve ser.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

2 x VOZ E VIOLÃO

Sabe aquelas músicas que marcam gerações? Existem 2 delas que até hoje tocam nas rádios e que me acostumei a ouvi-las em vinhetas de troca de programa em rádios. A primeira, Bizarre Love Triangle da banda australiana Frente!, é cantada por uma voz meio adolescente e soa como outra canção diante da original. Juro que eu tentei ouvir o New Order cantando, mas parece algo desafinado e desarranjado diante do casamento perfeito entre o violão e a voz de Angie Hart. Outro exemplo extremamente impregnante foi More Than Words do Extreme. A canção foi um fenômeno mundial e a conheci pelo clip que passava na TV Bahia. Não tinha como não parar e ficar encantada como aqueles 2 moços cantando alguma coisa que eu não entendia, mas que representava no coração de toda a galera "paixonite" algo "mais que palavras".

 
Bizarre love triangle - Frente!

More than words - Extreme


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

AO MESTRE COM CARINHO

Quando eu era criança e chegava o dia dos professores, as "tias" recebiam carinho, cartazes, rabiscos de parabéns no quadro, balões enfeitando a sala, doces e presentinhos dos alunos da classe. Mesmo estudando em escola pública com crianças até mesmo mais carentes que eu e meus irmãos, sempre nos esforçávamos para levar alguma lembrança para a professora como uma forma de reconhecimento pelo seu grande dia.

Que a educação é pauta constante na boca de políticos em época de eleições ou quando ganham uma cadeira no governo, isso todos sabem. Não é novidade que no nosso país o dinheiro da merenda  e das cadeiras é desviado, escolas são mal planejadas, salários são desiguais e a profissão virou algo para última escolha ou para os que não tem acesso a outras opções. Nas escolas também não é diferente esse clima de altos e baixos, de desigualdade. Alunos são muitas vezes hostis, arrogantes, indiferentes a todo o esforço do professor, que muitas vezes se acabou de estudar para preparar aquela aula. Mas há aqueles alunos queridos e doces, que me recebem com beijos e abraços, que me procuram escondidos de outros professores para tirar dúvidas e me ensinam tudo que há de mais atual nas redes sociais, séries, memes e filmes. Mesmo que sejam poucos, é por esses que me sinto ponte, é por esses que leio e pesquiso tudo que eles querem saber, mas ainda não entendem. É por esses que ainda vale a pena estar onde gosto de estar, aprendendo, rindo, brincando diante de uma disciplina tão temida.

Mesmo que hoje as comemorações sejam feitas apenas entre os pares (e olhe lá!), porque praticamente nenhum aluno cumprimenta ou felicita-nos pelo dia que nos representa, estou e continuarei onde gosto, fazendo o que sei fazer melhor, conhecendo, interagindo e vendo cada um deles se tornarem homens e mulheres do bem.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

NO MUNDO DA LUA


O eclipse de domingo deixou algumas lembranças...ansiedade, contagem regressiva e perguntas inesquecíveis de meu trio parada-dura:

# Flavinha, quantos anos eu vou ter quando o eclipse vier de novo?

# De outros planetas dá pra ver também?

# Se apagassem todas as luzes e a Terra ficasse escura, a lua ainda acendia um pouquinho, não era?

# Qual é mesmo o planeta mais próximo da Terra? E o mais distante?

# A lua tá me seguindo! (João andando de um lado para outro procurando o melhor ângulo).



sexta-feira, 25 de setembro de 2015

PAX ET BONUM

Hoje começa mais um novenário na Igreja São Francisco, a famosa igrejinha de pedra, como dizem os turistas. Considero esse lugar um dos meus favoritos, pois é um ponto alto que dá pra avistar até a usina nessa nossa ilha de Paulo Afonso. Esse luar aí não é montagem! Quando é lua cheia e vou trabalhar à noite, vou acompanhando seu surgir desde o exército até o estacionamento do IFBA. Mais alguns passos até o jardim da rosa dos ventos e lá está a torre da igreja abaixo do satélite fascinante.

O novenário ou Festa de São Francisco faz parte da vida de todo pauloafonsino, e até mesmo dos não cristãos, devido aos vários seguimentos da sociedade convidados para serem noiteiros. A cada ano a festa reúne mais gente e traz uma exposição nova, contemplando a cultura ribeirinha. Quando eu era criança ia por dois motivos: comer maçã do amor e escorregar ladeira abaixo com meus primos. Era cada brincadeira louca não autorizada pelos pais que só quando o índice de carrapicho ultrapassava o limite era que a gente parava. Atualmente, a ladeira de capim foi interrompida por umas mudas de flores. Coitada das flores! Certamente, as crianças inventarão novas brincadeiras e temo que as plantas saiam meio prejudicadas.


terça-feira, 22 de setembro de 2015

VELAS IÇADAS



Seu coração é um barco de velas içadas
Longe dos mares, do tempo, das loucas marés
Seu coração é um barco de velas içadas
Sem nevoeiros, tormentas, sequer um revés

Seu coração é um barco jamais navegado
Nunca mostrou-se por dentro, abrindo os porões
Seu coração é um barco que vive ancorado
Nunca arriscou-se ao vento, às grandes paixões

Nunca soltou as amarras
Nunca ficou à deriva
Nunca sofreu um naufrágio
Nunca cruzou com piratas e aventureiros
Nunca cumpriu o destino das embarcações
(Ivan Lins)

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

QUAL A SUA ÁRVORE?

  
Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...

O homem, a fera e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres da fome e de fadigas:
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.

Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo. Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,

Na glória de alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem! 
(A Velhice- Olavo Bilac)

Hoje é o dia da árvore, dia em que nasceram Tiaguinho (meu blue eyes) e Tia Fafá (a tia mais galinha-choca que existe). Sobre as árvores, por conta da invasão avassaladora de concreto nas grandes cidades, virou moda a ação eco-cidadã "plante uma árvore". As pessoas hoje não sabem de onde vem as frutas, algumas flores, então essas ações são muito válidas para resgatar a memória popular.

Na literatura, as árvores estão muito presentes, abrigando viajantes, intitulando romances ou ainda servindo de metáfora para grandes transformações. Jesus falou da figueira, Exupéry dos baobás e José Mauro de Vasconcelos do pé de laranja lima. A árvore da minha infância foi um belo flamboyant, que dava sombra e flores belas, e servia de ponto de encontro para a criançada da rua se abrigar do sol e planejar as brincadeiras.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

SONHO AZUL

Campo de nemófilas no Parque Hitashi

Nesta semana o Jornal Hoje está exibindo uma série onde entrevista mulheres reais, comuns, independentes ou não, dispostas a falar sobre vários temas. Até agora tem sido bem conduzida, na minha opinião, pois a repórter não interfere muito e as mulheres e seus discursos sinceros tem se destacado. Ao final do episódio da terça, Evaristo Costa antecipou o tema da quarta: quais os seus cinco sonhos para os próximos cinco anos? Eu que trabalhava só com a projeção da propaganda do Ford Fusion ("onde você quer estar daqui a cinco anos?") tratei de fazer logo um up-grade e uma seleção A, B, C, porque tenho muitos sonhos-projetos-metas. Sei que alguns são os favoritos, outros são improváveis, e outros tantos serão esquecidos se eu não tomar nota logo.

Isso me fez pensar em quanta coisa já alcancei, e quantas mais eu nem imaginava viver, não estavam previstas no script, mas aconteceram. E como diz uma das falas do carioca: "é fato!". E é que reza a lenda que um homem está completo quando planta uma árvore, escreve um livro e tem um filho. Se fosse assim, estaria realizada, pois ponho água nas amadas plantas de meu pai quase todo dia, tenho um blog e cuido de meus gatos como bebês,rs. Se fosse só isso, eu já teria mudado meu nome para Felícia Jorlane, mas meus sonhos são cotados em libras esterlinas e são outros.


sábado, 22 de agosto de 2015

AMANHÃ É 23 (DE NOVO!)


Sempre que chega o fim de agosto lembro dessa música, por causa de uma brincadeira boba que fiz com uma amiga da gente ligar uma pra outra no dia 22. Mas, na verdade, quando agosto chega eu me lembro que tem Criança Esperança e que o ano entrará em um tornado que sugará os dias até chegar 13 de outubro, quando refreará sua fúria para as lojas se enfeitarem de artigos natalinos. Aí então ele retoma sua força total e meu estômago já começa a pensar nos panetones e na ceia. E começa tudo quanto é programa de TV a mostrar receitas fantásticas com ingredientes do sudeste, e receitas que levam tantos ingredientes que mais parecem minha lista de supermercado.

Por falar em receitas, é interessante perceber que muito papagaio passa por ararinha azul no mundo da gastronomia. Às vezes, o prato nem é essas coisas todas, mas tem um nome bonito e todo mundo quer provar. Outras vezes, o preparo é muito mais pra lá de Marrakech, mas os cozinheiros querem vender como fast food. São os casos da terrine, molho chutney e do "ragu". O ragu é top dos top's! A receita original leva horas e horas, mas o povo do Masterchef faz todo orgulhoso em uma hora de prova.

E por falar em Masterchef, me sinto arrasada de ver aquele povo preparar uma refeição completa ou sobremesa em 1h. Aqui em casa nesse "time" só sai almoço se estiver tudo pré-cozido. O mais notório é ver que poucos criam, enquanto a maioria copia. A maioria ali frequenta bons restaurantes e é viajado, enquanto uns poucos mortais tem realmente vocação, tempero e intuição. Se acabam na farofa, mas não conhecem a farinha delicada e fina de Sergipe; erram o ponto do cabrito, nome bonito para carne de bode; enfeitam tudo com castanha e aspargos, os coringas do momento. Pior é a fome que dá após o programa...toda vez já deixo o lanchinho da madrugada reservado.

Bem, só sei que o Masterchef ainda é terça que vem, mas amanhã é 23 de novo e eu tenho certeza que Paula Toller e o calendário já sabiam disso há muito tempo.



quinta-feira, 13 de agosto de 2015

GUARDIÃ DOS SENTIDOS

"Eu pensei te dizer tanta coisa, mas pra quê se eu tenho a música, música..."
 (Roupa Nova)

Tenho lido nas últimas semanas blogs que se propõem a realizar interpretações de letras de músicas, analisanda-os sempre com a ressalva que tratam-se de impressões pessoais e abstratas sobre o que o "eu lírico" (nome técnico para o a atribuição livre do gênero) sofre, ama ou delira sobre o início, o fim e o meio, como diria o barbixa Raul.

De fato, tenho lido e só confirmo que a arte não tem explicação. Quem já foi a um museu de arte moderna sabe que está lá para uma viagem, uma experiência. Olhar um Rembrandt é uma coisa, mas olhar um Miró é lembrar dos desenhos que as crianças fazem na fase da garatuja, por exemplo. Trazendo a discussão para o mundo das notas musicais, a viagem vai muito mais além. Por ser uma forma de arte mais acessível, se estende e se expande onde as ondas AM e FM chegarem, ou onde o bolso puder pagar. Há pessoas que nunca foram ao teatro, ao museu, a uma ópera ou concerto, mas mesmo morando no lugar mais inacessível tem acesso a música, seja ela de qualidade ou não.

Em se tratando de qualidade, seja morando na favela ou no condomínio fechado, o meio não impera sobre o gosto. Há quem tenha acesso a Bach, mas prefere funk; ou ainda quem só ouve pagode, mas curte um jazz. Seja instrumental ou não, somos atraídos pela melodia, arranjo ou seja lá qual for o termo correto. As letras podem casar direitinho ou não, podem fazer sentido ou soarem bizarras, mas o que fica é a sensação. Não conta a interpretação, e sim a memória, o momento, a história. Prova disso é o relançamento dos bolachões, para devolver aos ouvintes o gosto do tato, de virar e revirar uma capa que só tem 2 lados e se deleitar com o encarte, as cores, a ordem das canções, a expectativa da primeira nota após o clássico chiado da agulha.

Anos 70 ou 90? Mp3 ou vinil? Fone de ouvido ou paredão? Discussões, preferências,  artigos, críticas ou livros à parte, seja no celular ou no rádio do carro, se sua vida fosse um filme, qual seria a trilha sonora?






domingo, 2 de agosto de 2015

ESPELHO, ESPELHO MEU


"Eu sou mais eu muitas vezes" escapuliu do âmago do meu ser em uma conversa que começou com hamburger e terminou com comportamento alheio, eu acho. Só sei que extrapolei. Mas quem um dia já não pensou/disse: "Fala sério! Sou mais eu!". Acho que andei lendo muito Snoopy e me inspirei em Lucy, que uma vez disse na maior tranquilidade: "Eu nunca cometi um erro na minha vida. Achei que tivesse cometido uma vez, mas eu estava errada."

Lembrei também de meu colega Otto falando com aquele vozeirão: "minha filha, eu não me acho, eu me sou!". E de um aluno muito inteligente e cheio dos argumentos e das palavras de cunho histórico-crítico-social-político-Cuba: "numa discussão a última palavra é a sua?". (pausa) Eu: "Sim! Nem que eu tenha que parar um pouco para elaborar a resposta".

Contando esses fatos bobos, pode parecer que eu seja um pouquinho metida, mas não sou não. O fato é que eu "geralmente" não tenho paciência para ver alguém fazendo/falando algo errado e eu sabendo da verdade não interferir.  Mas, às vezes, eu não argumento  de jeito nenhum e fico só ouvindo as pérolas. Eu juro que eu me controlo! Como a quem mais for dado, mais será cobrado, eu só faço isso com o alto escalão, ou com que o aspira. Por exemplo, estava lanchando e passou uma reportagem sobre racismo, e uma pessoa bem dona da verdade começou a explicar aos presentes que o racismo começou na bíblia (ninguém merece ouvir o resto da história) e eu fiz cara de quem estava amando a explicação; ou quando uma secretária ligou para a chefe alegando que o candidato não tinha pós-graduação, "só" especialização.

Outra vez, outra secretária hors concours lamentou o fato de ela não poder fazer em Maceió o concurso estadual da Bahia. Aí eu traduzi a sigla do órgão pretendido, para ela entender que BA é Bahia, mas mesmo assim ela ficou com cara de perdida e triste. Pior que até eu fiquei por ela, porque Salvador é bem mais longe e ruim de chegar que Maceió. Mas voltando a tempos remotos, uma vez quase perdi um aumento de 5% no meu salário-paga-contas porque a secretária ao levar meus diplomas para o RH, voltou com a seguinte constatação: "professora, o chefe não vai poder lhe dar o aumento, porque a senhora tem doutorado, mas o aumento é só pra quem tem pós-graduação". Respirei fundo e expliquei (quase desenhei) que "pós" é tudo que vem "após" e aí dei um mini-curso de academicismo. Dessa vez, eu não podia me calar, se não perderia meu auxílio-lanche-pós-missa-aos-domingos. Pronto, falei!


segunda-feira, 20 de julho de 2015

AMIZADES ACABAM


Hoje é o dia do amigo, dia que celebra algo que muito aprecio, prezo, zelo e cuido: a amizade. Exupéry fala que nos tornamos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. É um frase bonita, mas que gera uma dívida muito difícil de quitar, e que fere o princípio básico da liberdade. Imagina se eu tivesse que dar manutenção a todos os  amigos, colegas e conhecidos...Ufa! Eu viveria só pra isso.

Uma amizade pode começar por qualquer motivo, e até mesmo por recomendação de terceiros. Mas geralmente começa pela partilha de interesses em comum, sejam necessidades, alegrias ou problemas. Quando somos amigos defendemos e ficamos ao lado mesmo em situações que nem deveríamos. Por esses motivos, algumas amizades viram quase um casamento onde marido e mulher devem se amar e se aturar sem peso e sem medida.

Mas casamentos acabam...e amizades também. Acabam porque acaba a paciência para ouvir, a tolerância diante das burradas cometidas, do egoísmo evidenciado em atitutes tomadas em cima de ideologias, ou mesmo do desinteresse espontâneo em saber da vida do outro. Diante desse quadro, existe algo muito simples a fazer: empregar a mesma dose de compreensão que havia antes e entender que amizade não se conquista e não se compra, se cativa. Mas assim como namoro, noivado e casamento, amizade é um tipo de relacionamento que tem início, meio e fim, por que não?

Eu custei a entender isso, mas é verdade sim: amizades acabam. Eu desejo mal a essas pessoas? Não. Simplesmente amizades acabam. "Quantos sonhos morrem em poucas palavras?". "Tudo que viceja também pode agonizar e perder o seu brilho em poucas semanas". Ficam as boas lembranças, a gratidão pela audiência, a paciência e o respeito. Mas ciclos se fecham e amizades acabam.


domingo, 19 de julho de 2015

SNOOPY 13: CHRISTMAS TIME IS HERE

No especial "O natal de Charlie Brown", lançado em 1965, Charlie anda incomodado com a exaltação do mundo comercial e dos altos gastos, e tenta encontrar o verdadeiro significado do Natal. A música tema já foi regravada por vários cantores, famosos ou não, e foi uma das raras vezes em que houve uma interferência vocal na trilha "impagável" sonora composta por Vince Guaraldi. A história de como tudo aconteceu segue abaixo, e está publicada no livro Vince Guarald at the piano de Derrick Bang.

As late summer [1965] segued to early autumn, the Peanuts Christmas special was coming together; a rough cut, set to Guaraldi's music, opened on Charlie Brown and his friends skating on a frozen pond, as snowflakes gently flurried about them. But although Mendelson liked the music employed behind the action — Guaraldi's "Christmas Time Is Here" — he felt the scene lacked something.
"The opening song was an instrumental," Mendelson recalled. "I felt we should get some lyrics, and some voices. We couldn't find anybody to write the lyrics, and I called all my Hollywood friends who were songwriters. But nobody took the assignment, so I sat down, and in about 10 minutes wrote the words to 'Christmas Time Is Here' on an envelope. I sure wish I still had that envelope!"

Christmas time is here
Happiness and cheer
Fun for all that children call
Their favorite time of the year

Snowflakes in the air
Carols everywhere
Olden times and ancient rhymes
Of love and dreams to share

Sleigh bells in the air
Beauty everywhere
Yuletide by the fireside
And joyful memories there

Christmas time is here
We'll be drawing near
Oh, that we could always see
Such spirit through the year

Sei que existem outras tantas canções, mas nem tudo foi lançado no Brasil. Por enquanto, fico por aqui feliz por finalmente reunir as canções de Peanuts que agradam tantos fãs.

SNOOPY 12: GET IN SHAPE!

"Get in Shape!" é uma canção do especial de 1984 "It's Flashbeagle, Charlie Brown", que eu ainda não assisti, mas achei uns vídeos no youtube por conta da pesquisa que vem sendo publicada aqui no blog. Assim como Musical Chairs, eu adoro a voz da dubladora de Patty Pimentinha. A gente sabe que ela nunca tira notas boas nas disciplinas propedêuticas, mas como em muitos casos, alunos assim são ótimos nos esportes. Na canção, ela ressalta isso e ainda faz todo mundo malhar, suar, penar e dançar bastante!rs



Peppermint Patty: I run five miles every morning,
I do a hundred pushups every day,
I pedal every night, take a swim, take a hike,
I'm in shape, I'm in shape, I'm in shape!

Everybody: She's practicing Peppermint Patty's PE program.
She's in shape, she's in shape, she's in shape!

Peppermint Patty: When other kids are fading at the finish,
When all the others fail to break the tape,
I saunter round the track and wave to daddy.
I'm in shape, I'm in shape, I'm in shape.  

Everybody: She's practicing Peppermint Patty's PE program,
She's in shape, she's in shape, she's in shape!

Peppermint Patty: Hey Linus get in shape,
Pretty soon it'll be too late.
Hey, Linus! Hey, Linus!
Hey, Chuck, you know how,
Get in shape, do it now.
Hey, Chuck! 

Everybody: Hey, Chuck! 
Peppermint Patty: Hey, Chuck!
Everybody: Hey, Chuck! 
Peppermint Patty: Everybody get fit.
Stop thinking about it, this is it.
Lucy, Linus, Schroeder, Sally, everybody work.

So if you want to follow my example,
You're gonna have to work there's no escape.
You gotta get with Peppermint Patty's PE program,
Get in shape, get in shape, get in shape!

Everybody: She's practicing Peppermint Patty's PE program.
She's in shape
Peppermint Patty: I'm in shape 
Everybody: She's in shape
Peppermint Patty: I'm in shape!

sexta-feira, 17 de julho de 2015

SNOOPY 11: RACE FOR YOUR LIFE, CHARLIE BROWN

Quando me deparei com a tradução literal de "Race for your life", ou seja, "Corra por sua vida, Charlie Brown", já pude supor o que viria pela frente. O tema "acampamento" é recorrente e o segundo mais frequente em Peanuts, depois de baseball, é claro.

 It’s a new day
We all can agree
That the sunshine’s
Brought to you absolutely free

Free as running water
Fresh as morning dew
No matter who’s the leader
When the sun sets down
It’s gone, Charlie Brown
So race for your life

Take a chance ’cause
There’s no second dance
‘Til it’s a new day
I’ll tell you a secret
You’re about to face a test
And you’ll have to do your best
Don’t forget, just remember
Just remember, don’t forget

Your life is free as running water
Fresh as morning dew
No matter who’s the winner
If you try, we’re behind you
Charlie Brown

Race for your life, Charlie Brown
Race for your life, Charlie Brown
Race for your life, Charlie Brown
Race for your life, Charlie Brown

quinta-feira, 16 de julho de 2015

SNOOPY 10: YOU'RE IN LOVE, CHARLIE BROWN

Em "You're in love, Charlie Brown", o pobre Charlie experimenta o auge do amor não correspondido pela Menininha Ruiva. Linus dá aquele apoio, aguentando todos os altos e baixos na já comprometida autoestima do amigo apaixonado. Na abertura do desenho há uma canção que não foi legendada nem em inglês (no DVD). Mas, como eu nunca paro a busca na primeira página do Google, encontrei um blog que cita casos e curiosidades de Vince Guaraldi e sua participação nos especiais de Peanuts. Nele podemos encontrar a versão completa da música que só teve a primeira e a última estrofe publicadas: a primeira na abertura do desenho, e a última quando Lucy e Violeta caçoam de Charlie quando Linus revela que ele está apaixonado. Quem quiser conferir a abertura, deve assistir ao desenho. Aqui deixarei apenas o que encontrei, e que não é de pouco valor: o instrumental por George Winston.

Poor little Charlie Brown,
Don't let love bring you down.
You'll have your day,
She'll come your way;
She'll take away your frown.
Poor little Charlie Brown.


Poor little Charlie Brown,
No one could love that frown.
Who would love you?
No one! That's who!
Your face is too darned round.
Your face is too darned round.
 
 



SNOOPY 9: IT CHANGES

Peguem a caixinha de lenços para a música mais linda de Snoopy, come home...como não pensar em todos que chegaram e partiram, nos que queríamos que ficassem e se foram? De todos, esse é o momento mais tocante dos especiais de Peanuts. Sempre fica a questão: "why must we pay for hellos that we say?"


 Just when you think that you know where you stand,
You've got the world in your hands.
Just when you're sure of a dream that you've planned,
That's when the scenery changes.
It changes.

Just when you think that you know all the facts,
You hold the whole ball of wax.
You've got it made you can start to relax,
That's when your world rearranges.
It changes.

Someone that you really cared about,
Someone that you couldn't live without,
Severs the ties.

All at once, you're all alone and scared,
All the happy hellos that you shared,
Change to goodbyes.

Why must we pay for hellos that we say?
Pay when we sigh an adieu.
Just when you're sure and you're safe and secure,
That's when it happens to you.
It changes.

(spoken) Why can't we get all the people together  in the world
 that we really like and just stay together forever?
Someone would leave
Someone always leaves 
And then we have to say goodbye 
I hate goodbyes

Why must we pay for hellos that we say?
Pay when we sigh an adieu.
Just when you're sure and you're safe and secure,
That's when it happens to you.
It changes.
Why, oh, why?

(spoken) You know what I need... I need more Hellos.


quarta-feira, 15 de julho de 2015

SNOOPY 8: AT THE BEACH

Em “Snoopy, come home” o cãozinho mais esperto do mundo faz altas manobras no mar, dominando uma prancha como ninguém. Patty Pimentinha o encontra e as brincadeiras só melhoram. A canção que embala esse encontro começa assim: “alcançar um lugar, uma praia onde o tempo é de brincar/ todo o som que escutar é canção pra quem possa imaginar”. A letra original deu um trabalhão pra copiar, mas valeu a pena! No final da cena, Patty e Snoopy dão altas gargalhadas e ela marca um piquenique no dia seguinte. Snoopy sai de casa todo equipado, mas acaba sendo expulso quando chega a uma placa com dizeres cantado por uma voz bem grave: “no dogs allowed...”, ou em português, “cachorro nãaaaao!”.  




At your reach, at the beach
Is a larky, sparkly wonderland
All the joy, and  the noise
is a music made by a wonder band
Do a hand, spring be outrageous
The outlandish things, the things to do
Happy laughter is contagious
In this land of sandy hoop de doo

Hear the surf, hit the shore
With a grand and glorious room ti ay
Watch the sun, catch the spray
There’s a million rainbows in bloom today
Douse your gloomies
Dunk your troubles
In a day of breakers and bubbles
And it’s all at your reach
At the balmy and breezyful
Taking life easyful beach