Sempre fui fã da Monica Martelli e por morar em uma cidade que não
tem cinema (o que não me faz falta alguma), esperei o piratão ser
lançado para poder matar a curiosidade. Segundo um amigo, Monica é o
tipo de mulher que não se conforma com relacionamentos ruins. Muitas
críticas alegaram que o filme recorre a uma mulher limitada, já que
apesar de independente ela vive em busca de um marido. Só sei que vi o
filme do jeito que gosto, voltando várias cenas e até chorei no final
(coisa rara há muitos anos).
O legal de Fernanda é que
ela tem pessoas que torcem por ela, como os amigos e até mesmo a tia que
ensina simpatia. Mesmo sendo difícil estar ímpar em um mundo par, no
fundo é legal quando alguém acredita piamente, mais do que nós mesmos,
que iremos encontrar alguém nesse universo, nem que seja preciso ir a
Marte ou escalar o Himalaia de salto alto.
Salvo raras
exceções, assim como o homem tende a ser o provedor e proteger, a mulher
carrega o gene do cuidar muito forte em si. Por mais que faça carreira,
viaje, rode o mundo e possa pagar 2 babás, a mulher quer administrar o
lar e ganhar a gratidão dos filhos por terem sido bem cuidados. Então,
quem não gosta de cuidar nem quer abrir mão da própria vida, realmente
não deve se casar! Fernanda, pelo contrário, quer dividir, somar, tá
disposta a mudanças e a pagar pra ver. Ela paga mico, ela quebra a cara,
ela se arrisca, mas não desiste do seu desejo de encontrar o amor,
aquele que ela nunca provou, mas sabe que existe.