quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

PALAVRA DE PRATA, ANÁLISE DE OURO

Em tempos de pós-verdade, discursos de ódio, enxurrada de fake news e de pessoas ávidas por áudios, textão e vídeos que emergem do oráculo "redes sociais", eis que surge uma esperança: as agências de checagem de notícias ou as fact-checking.

É surpreendente ver como tanta gente está se revelando analfabeto funcional, num processo de imbecilização crescente mesmo tendo acesso a tantas fontes que não somente a ultrapassada mídia televisiva. Já fico imaginando a loucura que será esse ano de eleições com essa nova leva de filósofos e youtubers formadores de opinião e loucos por likes.

Fica a dica da classificação criada pela Lupa da Revista Piauí. Se estamos mesmo na era da corrida da tecnologia da informação, não deveria haver motivos para tanta alienação. Teorias da conspiração à parte, seria muito ingênuo não pensar que muita gente pode estar tirando proveito disso.



O CASAMENTO DO MEU MELHOR AMIGO

Esse filme faz parte do meu repertório de comédias românticas clássicas dos anos 90 no melhor estilo "um é ímpar, dois é par". Naquela época, as minhas colegas universitárias suspiravam pelo enredo onde um havia prometido se casar com o outro, caso ainda estivessem solteiros alguns bons anos adiante. Mas eu sempre gostei mais do quase final, considerando que o final propriamente dito também teve seu quê de vida real.


Logo depois de se declarar para Michael (Dermot Mulroney), Julianne (Julia Roberts) o beija. A cena acaba sendo presenciada por Kimberly (Cameron Diaz), a noiva do moço. Ao perceber a enrascada, ele larga a amiga e sai em disparada atrás da noiva. Julianne segue atrás dos dois, cada um entra em um carro e dá-se início a uma perseguição pelas ruas da cidade. Em meio à confusão, Julianne liga para George (Rupert Everett) para culpá-lo por incentivá-la a fazer tal declaração, contando da tremenda confusão armada por conta disso. 


George deixa a amiga desabafar e pergunta:

– Julianne, onde está o Michael?
– Correndo atrás da Kimberly.
– E onde você está?
– Correndo atrás do Michael.
– E quem está correndo atrás de você, Julianne?
Percebendo o quão deslocada está naquele papel, Julianne fica muda. O amigo finaliza: 
– Entendeu agora?
Ela, irritada,  desliga o telefone.