domingo, 14 de maio de 2023

TAL MÃE, TAL FILHA

"Minha mãe me deu ao mundo

 de maneira singular

me dizendo uma sentença: 

pra eu sempre pedir licença, 

mas nunca deixar de entrar." 

(Caetano Veloso)

sexta-feira, 12 de maio de 2023

RITA & ROBERTO: AMOR É SORTE!

 — Como você me aguenta há 44 anos? Confissão: Sou uma mulher esquisita, ex-presidiária, ex-AA (Alcoólicos Anônimos), ex-NA (Narcóticos Anônimos), não sei cozinhar, sou cinco anos mais velha, sem peito, sem bunda e fumante — pergunta Rita Lee ao companheiro, o músico Roberto de Carvalho, em entrevista mútua que os dois fizeram para o Estadão em 2021.

A resposta veio prontamente:

— Sou teleguiado pela paixonite. Espero que tenhamos pelo menos mais 44 anos pela frente. Só consigo visualizar a antítese do que está nesta confissão. Quando você se declara esquisita, vejo original e genial. Ex-presidiária por injustiça, vítima da repressão. Não precisa cozinhar, eu cozinho para você.

terça-feira, 9 de maio de 2023

10 X JOÃO BOSCO

Esses dias voltei a ver o canal de Rodrigo Faour, um jornalista carioca que já publicou ótimos livros sobre música brasileira e me deparei com uma série sobre João Bosco. Do mesmo modo que me ocorreu com outros cantores como Ivan Lins e Milton Nascimento, dele eu só conheço as canções que tocaram em novelas e outras apresentadas por minha irmã preta Marisa. Sei que há algumas de cunho político bem famosas, assim como outros sambas ou boleros clássicos do repertório joaobosquiano, mas eu realmente só vi os títulos em lista de canções ou no YouTube. Tem ainda as que Elis gravou e que ficaram pra ela em definitivo e pronto, como "Dois pra lá, dois pra cá" e "O bêbado é o equilibrista", mas as que seguem abaixo são as que ouvi no rádio ou na TV ainda nova, sem nada entender da letra, mas já ligada na melodia. 

Jade - quem lembra de Lima Duarte, o matuto e analfabeto Sassá Mutema e a professora Maitê Proença? Lua e Flor tocou incansavelmente em todas as mídias, e somente anos mais tarde descobri e relembrei essa joia perdida na trilha sonora de O Salvador da Pátria. 

Papel Marché - das minhas primeiras audições da Del Mar FM de Aracaju e um clássico de barzinho e violão. 

Sinceridade - bastava tocar o início meio à la Djavan em Tieta eu já curtia. Somente na faculdade Marisa me ensinou a letra. A essa altura acho que estavam reprisando a novela.

Miss Suéter - numa entrevista João falou que recordava de ouvir Ângela Maria e de uma aparição épica que ela fez em sua cidade natal. Descobri essa peça rara por acaso no YouTube e aqui tem todos os detalhes do famoso concurso que inspirou a canção. Ah! E ele tem um clipe com sua musa em carne, osso, voz e laquê.

Latin Lover - das minhas madrugadas de JB FM escrevendo a tese, mais uma parceria dele com Aldir Blanc. Só que eu levei um tempo pra entender que era ele cantando e não Eduardo Dusek, talvez pelo jeito de interpretar algo cotidiano com um toque de musical.

Desenho de Giz - não sei que nome se dá à técnica de cantar/quase recitar a letra quase sem som e depois recomeçar com o instrumental completo, mas é isso que ocorre nessa aqui.

Memória da Pele - assim como na anterior, o início traz essa técnica que já dá o tom do drama. Mas uma obra-prima que traz como parceria Waly Salomão e que usa elementos do cotidiano pra realçar a dor do amor perdido. 

Corsário -  "Meu coração tropical está coberto de neve, mas ferve em seu cofre gelado"... e o resto é um show de metáforas da arte de misturar palavras e criar poemas. 

Quando o amor acontece - "o amor quando acontece a gente esquece logo o que sofreu um dia?". Segundo ele e Abel Silva, "esquece sim", rs. O nome do disco de 1987 é simplesmente Ai Ai Ai de mim. Peguem seus lenços, please!

Bijuterias - foi quem motivou esse post, e me fez lembrar de O Astro, e me fez buscar a análise tão interessante de uma canção mal compreendida, e saber que já existiu uma loja famosa no Rio chamada Sloper que vendia cristais e otras cositas más.

Bônus: já ia esquecendo do clássico bolero Enquanto espero de Por Amor e da última que conheci, Terra Dourada, tema praieiro de qualquer cena de Búzios em Vale Tudo.