sábado, 16 de fevereiro de 2013

STATUS QUO


Ando viciada em coisa antiga. Gosto de pátinas e de séculos, de molduras douradas envelhecidas. Os livros amarelados pelo tempo me parecem mais consistentes e as músicas ficam como um marco. Nara Leão e João Ubaldo Ribeiro foram minhas últimas redescobertas e ela fala isso no DVD Ensaio, ao afirmar que paralisa numas músicas de vez em quando. De fato, está comprovada a estabilidade de gostos que se atinge a certa altura da vida. Não que eu não adore conhecer tudo que está bombando no hi-tech design, até porque adoro cruzar o rústico e o moderno, mas as coisas antigas trazem a firmeza e me põem na zona de conforto. Sem querer, percebo o retorno de aspectos da infância, quando a gente fica obcecado por um brinquedo novo e depois o deixa pra lá.

Minha sede é demais e de mais...o comum não me apetece; ao contrário, me aborrece, apesar de fazer parte do status quo de cada dia. Não adianta tentarem me prensar, enlatar, codificar que não cedo, a não ser que me traga grandes vantagens.

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