Tiago e André |
"Mas os momentos felizes
Não estão escondidos
Nem no passado e nem no futuro."
Não estão escondidos
Nem no passado e nem no futuro."
(Marina Lima)
A vida comum, as tarefas domésticas, o tempo para sentar e observar o crescimento de Cristina (minha nova gata), ver Félix (porque ninguém assiste Amor à Vida): coisas comuns, muito simples, bem cotidianas que me atraem enormemente quando estou estressada, estafada, voltando para apagar a luz que já foi apagada.
Fuçar músicas e coisas fúteis, rezar, assistir ao jornal da TV e às séries favoritas do momento, fazer as unhas com calma, testar uma nova receita, conseguir fazer um novo exercício desafiador no pilates, ouvir e falar com os amigos tem sido as coisas mais desejadas por mim nesse fim de ano, coisas que o tempo gasto no trabalho e na preparação deste me tiram e das quais sinto muita falta, falta de fazê-las com tempo, sem pressa.
Costumo falar às minhas primas: nossas mães tiveram trabalho braçal e nós temos o trabalho intelectual, que cansa tanto a mente e se reflete no corpo. E é justamente quando posso fazer algo como tantas pessoas fazem para manterem suas casas funcionando que me sinto útil e feliz: útil por ajudar na vida em comunidade e feliz por viver o momento presente, ainda que seja repetitivo comprar o pão de cada dia.
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