sexta-feira, 30 de maio de 2014

BRIDES & CIA

Quando meus amigos diziam que algumas mulheres querem o casamento em primeiro lugar e o noivo em segundo lugar, eu ainda duvidava. Com o tempo e depois de ir a tantos casamentos, percebi essa tendência no comportamento e em toda a onda de estrelismo e vaidade que envolve a noiva. E depois dessa máxima expressão de sabedoria citada no quinto e último item da lista de dicas para noivas de Carol Nakamura eu não tenho mais como discordar. De fato Carol, lá na prorrogação, depois de tudo organizado, a gente vai ao shopping ou manda trazer da China o pobre noivo, para pagar as contas e fazer companhia à noiva nas fotos.


quarta-feira, 28 de maio de 2014

CORAÇÃO ATEU

O meu coração ateu quase acreditou
Na tua mão que não passou de um leve adeus
Breve pássaro pousado em minha mão
Bateu asas e voou


Meu coração por certo tempo passeou
Na madrugada procurando um jardim
Flor amarela, flor de uma longa espera
Logo meu coração ateu




Se falo em mim e não em ti
É que nesse momento já me despedi
Meu coração ateu não chora e não lembra
Parte e vai-se embora

Se falo em mim e não em ti
É que nesse momento já me despedi
Meu coração ateu não chora e não lembra
Parte e vai-se embora

OÁSIS DE JORLANE #5: MÚSICA



"As palavras são a pena do coração, mas a música é a pena da alma". (Shneur Zalman)

 O acesso à música na minha vida veio através da TV e do rádio. Ter uma radiola com um pequeno acervo de vinis era para poucos e a TV e o rádio eram quem davam conta disso na minha casa. O jeito era ouvir as músicas mais tocadas e copiá-las para fazer registro das mesmas como pequenos tesouros.

Quando eu morei longe de casa, não tinha TV, mas alegria de minha vida foi comprar meu primeiro minisystem. Antes disso já tinha ganhado um walkman, mas haja dinheiro para as pilhas e eu definitivamente não me adapto a headphones até hoje. Na capital, as rádios eram mais diversificadas e foi uma acabação, como diz uma amiga sergipana. O que eu aprendi de música não tá no gibi! A música era meu pão e água diários e assim como a gente para para ver TV, eu religiosamente parava para ouvir programas no fim da tarde vendo o pôr-do-sol do terceiro andar de um apartamento.

Por causa desse hábito, a música marcou minha vida em vários momentos. Eu me lembro, inclusive, o momento em que ouvi esta ou aquela música, seja na rodoviária ou aeroporto, na madrugada ou no amanhecer de pit stops de muitas viagens que já fiz. E quando gosto de algo que ouvi pela metade ou só um trechinho é que começa a novela. Houve músicas que só tornei a ouvir e saber da composição e cantor muitos anos depois, mas como o advento do meu amigo Google eu faço buscas incessantes quando são em inglês ou em um português fanho. Identificar, localizar, conhecer a origem de certas músicas para mim é algo como ver de perto uma fabulosa obra-de-arte. Sentir a melodia, decifrar a junção das palavras, perceber trechos incidentais é uma diversão intelectual.

Com exceção de alguns musicais, óperas, concertos e pocket-shows me atraem em demasia. Por essa percepção aguçada e esse prazer pela musicoteratura brasileira ou estrangeira, é que "eu pensei te tantas coisas, mas pra que se eu tenho a música, música". Seja para um amigo ou celebração religiosa, declarações de afeto ou o exorcismo da tristeza, é redundante afirmar que a música está sempre presente na minha vida.


domingo, 25 de maio de 2014

VOCÊ PRECISA APRENDER INGLÊS


DIGA LÁ, MEU CORAÇÃO



E se imaginava messiânico, um autor disposto a utilizar a canção como instrumento de educação popular. "Temos que dar ao público uma criação de qualidade, mas que seja facilmente compreendida por todos", dizia. "Não faço isso por dinheiro ou sucesso. Quero apenas comunicar uma deteminada experiência a um número maior de pessoas. É uma questão de aprimoramento do gosto. Educar o povo para que ele tenha condições de exigir o melhor para si".

sexta-feira, 23 de maio de 2014

SELFIE VOCÊ MESMO!


Não sou antropóloga nem socióloga para interpretar os fenômenos e resultados da era da comunicação digital, mas acho que assim como eu esses estudiosos já perceberam o ávido e frenético desejo de registro e afirmação (ou seria busca?) de identidade impressa na moda/mania dos atuais selfies e excesso de registros fotográficos feitos por celulares e tablets em qualquer lugar e situação.

De repente, todos querem deixar suas marcas e diferente dos homens na pré-história, tem recursos instantâneos, fáceis, à distância de um touch como eu costumo dizer para fazerem registros importantes, imprescindíveis ou até mesmo patéticos de suas vidas e da vida dos outros. Escovou o cabelo? Fez a sobrancelha? Comprou sapato novo? Corre para o Instragam. Parece que todo mundo virou celebridade e ganhou fãs da noite para a madrugada. Basta um celular na mão de uma pessoa "ixperta" que a próxima vítima está por ser capturada. Se fosse só registrar, tudo bem! Mas legal é registrar e mais legal ainda é compartilhar. E aí é que começa a desordem...

Por exemplo, uma mulher estava infartando em uma sala de aula de uma faculdade e enquanto uns tentavam salvar sua vida, uma cidadã Spielberg filmava o ato de agonia. Casais acalorados filmam momentos íntimos e quando se separam, um deles lança na rede dos voyeurs famintos e até alegam que sua companheira seja garota de programa. Há também um número considerável de jovens que querem se sentir meninas playboy por uns milhares de pixels e fazem ensaios sensuais para seus namorados, que mandam para os amigos morrerem de inveja da sua efêmera conquista, e eles mandam para outros que compartilham com outro tanto e aí não tem mais como controlar. Nesse último caso, algumas tiveram que mudar de cidade e infelizmente outras chegaram ao suicídio.

Será que é preciso tudo isso? Tanta exposição por nada? Como ser um rosto na multidão de narcisos temporários e espectadores famintos por novidade? Fica aqui minha forte torcida para que as próximas gerações aprendam o conceito de privacidade e mirem suas câmeras para aquilo que fica bem longe do efêmero e descartável.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

CADA COISA EM SEU LUGAR



Férias reduzidas, muito sono a ser reposto, uma mini-viagem pra não passar em branco e tarefas religiosas para participar/organizar. Como eu já previa o que vinha pela frente, já comecei a sofrer por antecipação e, ao mesmo tempo, me dar as desculpas necessárias para o fato: "não, Flávia Jorlane, não vai dar para organizar seu quarto e deixá-lo pronto para mais um ano letivo!"

A minha sorte é que adotei por força da vida privada de estudante e continuo adotanto no tempo das vacas gordas o lema " sou consumidora, não consumista!". Nunca gostei de ter mais do que o ambiente coubesse, porque afinal de contas meu quarto e roupas são sagrados e não tem a melhor faxineira do mundo que se encarregue dessa missão melhor que eu. Mas como não acumular se eu lido com papéis e livros o tempo todo? E a tentação das compras de roupas, sapatos e afins? Por causa disso elaborei algumas dicas de como viver em um quarto/escritório e não ficar horas procurando por algo que não criou pernas e que certamente está no recinto, mesmo você não sabendo onde.

# opte por estantes resistentes e blindadas com vidros, o que favorece a visualização dos itens e os mantém livres de poeira;

# organize os livros e mais diversos itens por similaridade, como p.ex. CD com CD, DVD com DVD, livros sérios e de consulta regular, livros fúteis, revistas, etc;

# classifique os itens acima por ordem de uso e mescle com lembranças/presentes ou porta-retratos para dar um up, especialmente no setor trabalho;

# use e abuse de porta-trecos, canecas para canetas e lápis, e aproveite as famosas caixinhas de lembranças de qualquer tipo de festa para guardar coisas ou arrumar seu kit anti-age, cremes e afins;

# não coloque no seu quarto mais do que os metros quadrados comportam, ou seja, não dá pra ter um mobiliário ultra-giga em um quarto médio;

# se tiver alergia, opte por tapetes e lençóis fáceis de lavar e sem muitos detalhes que possam acumular ácaros;

# faça uma revista trimestral no seu guarda-roupa e sempre procure manter a ordem com cabides e gavetas organizadas, pois muitas vezes compramos mais roupa do que realmente precisamos justamente por não nos darmos conta de que peças temos guardadas;

# se não resiste à tentação de comprar sempre uma roupinha nova, experimente revistar as gavetas e doar a mesma quantidade de roupas que adquiriu a cada semestre, e isto também vale em menor proporção para os sapatos.

Portanto, se você vive perdido entre apostilas e meias ficam essas dicas para manter cada coisa em seu lugar enquanto ainda não tem um closet clean e prático, um quarto só pra dormir e um escritório com cadeados e correntes para dar ao trabalho a sua digna alocação.