domingo, 31 de janeiro de 2016

ENCONTRO COM A PALAVRA #1

Quem não me conhece, ao me ver citar versículos bíblicos, logo acha que sou evangélica. Desde a faculdade, quando pegavam meu caderno emprestado ou não me convenciam a ir às calouradas, até hoje continua sendo assim. Se eu repito umas 3x a palavra "igreja" em uma conversa, se eu não participo dos reaggaes públicos ou do trabalho, sempre vem alguém com a mesma pergunta que já estou acostumada a responder.

Com a chegada das comunidades, da participação efetiva e notória dos leigos na Igreja Católica Apostólica Romana, a leitura da bíblia foi mais divulgada e, embora não saiba numericamente nenhum versículo de cor, ler e estudar a bíblia sempre fez parte dos hábitos da minha família. Por buscar intimidade com Deus, quero registrar em 2016 a palavra que me foi concedida, e que foi lâmpada para meus pés e luz para meu caminho a cada mês.

 "Aqueles que observam santamente as coisas santas, serão santificados; 
e aqueles que as aprendem, encontrarão sua defesa. 
Deseja, pois, minhas palavras, buscai-as com ardor e sereis instruídos." 
( Sabedoria 6, 10-11)

PALAVRA DO MÊS: FEÉRICA

Onde vi/ouvi? 
Na entrevista de Anna Muylaert sobre a repercussão do filme "Que horas ela volta?" (que vi e me surpreendi com uma Regina Casé dissociada do Ixquenta)

O que significa?
Adj. que faz parte do mundo da fantasia; mágico; deslumbrante; esplêndido; fantástico.

Como a empregaria em uma frase/fala/conversa/história?
O pôr-do-sol visto do dique da PA IV em Paulo Afonso é feérico!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

RIO DE JANEIRO A JANEIRO


"Sem nenhum pudor
Devo expor o meu ponto de vista
Daqui de onde estou
A cidade oferece uma pista"
(Gilberto Gil)

O Rio é hors concours, já dizia um amigo após a minha longa propaganda da cidade maravilhosa. Mas nem sempre foi assim...ao chegar lá me senti como Caetano ao se deparar com Sampa, quando canta: "Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto. Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto". Como morei no subúrbio das escolas de samba, mas também dos morros (embora o Rio seja povoado deles), das pixações e ruas mal cuidadas não tinha como ver beleza. O estranhamento foi intenso e ainda não havia para mim poesia nem reflexos da bossa nova, das agendas culturais nem da orla mais famosa do mundo.

Mas fui pouco a pouco desbravando cada avenida até chegar na beira-mar, até atravessar o túnel e conhecer o cartão postal: a zona sul e seu sem-número de referências que conhecia das canções. Aí tudo ficou mais claro! Hoje, como turista, minha hospedaria é o Catete, um bairro que é o ponto de partida para a zona sul ou para o centro e zona norte.

"Sem nenhum pudor
A memória pertence ao futuro
Daqui de onde estou
A cidade é um lugar seguro"
(Gilberto Gil)

Por isso resolvi listar as vantagens para se hospedar nesse bairro, que como canta Gilberto Gil oferece uma pista do Rio e é, de fato, um lugar seguro, uma vez que nunca presenciei nada desagradável e sempre sai e voltei a qualquer hora em segurança.

#1- O bairro tem como referência a Rua do Catete, onde há desde bancos a comércio variado, de roupa a hortifruti.

#2- Há duas estações de metrô (Largo do Machado e Catete), além de taxis e linhas de ônibus. Do centro até a zona sul, dentro do espectro das muitas coisas para se fazer em um dia de passeio, a linha de metrô faz Centro - Glória - Catete - Largo do Machado - Flamengo - Botafogo - Copacabana - Ipanema - Leblon, considerando ainda o metrô na superfície.

#3- Fica "colado" no Terminal Santos Dumont.

#4- As farmácias e lanchonetes/fast food ficam abertas até tarde da noite e há podrões em cada esquina, para quem encarar.

#5-Tem hotéis e hostels para todos os bolsos. Recomendo o Hotel 1900 (executivo), o Imperial Hotel (mais completo e adequado para famílias) e o Rio Claro (hotel com características de pousada).

#6- O Parque Eduardo Guinle é um cantinho para fugir e ler um bom livro.

#7- O Museu da República (Palácio do Catete) e seu mini-jardim botânico é outro refúgio gratuito.

#8- Além do Palácio, há o Oi Futuro, Teatro Cacilda Becker e Museu do Folclore.

#9- No Largo do Machado tem academia popular, feirinha de roupa e artesanato, feira livre, restaurantes, galerias com brechós e mais restaurantes, vans para o Corcovado, a igreja Nossa Senhora da Glória e quiosques de floriculturas embaixo das exuberantes "abricó-de-macaco".

#10-Tem cinema no Palácio e na Galeria Kinoplex, mas para quem quiser mais opções só é avançar 2 estações de metrô e chegar a Botafogo.

#11-Voltando 2 estações, chega-se à Cinelândia e somos recepcionados pelo Theatro Municipal, tendo como vizinhos ricos a serem visitados o Museu de Belas Artes, Biblioteca Nacional e a alguns passos a estação do bondinho de Santa Teresa.

Eu poderia fica aqui listando coisas e coisas para se fazer e conhecer no Rio, mas deixo a gosto do freguês explorá-lo como quiser. Ficam as dicas para os viajantes flanarem à vontade na cidade que sempre inova e me surpreende!