Cat in a hat (1920) |
René Maggritte: "It is not my intention to make anything comprehensible." |
René François Ghislain Magritte nasceu em Lessines, província de Hainaut, Bruxelas, no dia 21 de Novembro de 1898. Filho mais novo de Léopold Magritte e Régina Magritte, ele começou a pintar em 1910, quando ainda tinha 12 anos. Dois anos mais tarde, sua mãe se suicida no rio Sambre, marcando sua vida profundamente.
Alguns tempo depois, em 1916, foi aceito pela Académie Royale des Beaux-Arts de Bruxelas, onde permaneceu por dois anos (1916-1918). Curiosamente, é neste período que ele absorve influencias do figurativismo cubista e futurista, a qual irá manter até meados de 1924.
Sua primeira exposição como pintor profissional ocorre em 1920, no Centre d'Art de Bruxelas. Dois anos mais tarde, conhece Georgette Berger, com quem se casa em 1922 e vive pelo resto de sua vida. Neste período, René realiza trabalhos como designer gráfico de cartazes publicitários para sobreviver.
Em 1926 assinou um contrato com a Galeria de Artes de Bruxelas, o qual irá durar até 1929, quando se dão por encerradas as atividades da galeria. Vivendo somente da pintura, o artista passa a criar suas primeiras obras surrealistas e muda-se para o subúrbio de Paris, no ano de 1927. Este é um período muito importante de sua carreira, posto que irá ficar amigo do seleto grupo de surrealistas de Paris, com os quais passa a expor suas obras frequentemente.
Em 1930, retorna à Bruxelas, onde permanece até sua morte por câncer pancreático, aos 68 anos de idade, no dia 15 de agosto de 1967. Seu corpo esta enterrado no Cemitério do Schaerbeek. Suas obras apresentam um surrealismo denominado “mágico” ou “realista”, dada a nitidez com que retrata suas imagens. Algumas vezes são enigmáticas, incomuns e ilógicas, como os torsos femininos, os peixes com pernas humanas, os chapéus de coco. Além disso, são recorrentes céus e mares. Ele cria imagens tão realistas quanto ilusórias, tendo em vista que na composição estas figuras adquirem disposições estranhas, incoerentes e completamente inesperadas. Isso cria uma atmosfera surrealista pelo contraste do conjunto imagético.
Dentre as várias obras do artista, destacam-se:
- O jóquei perdido (1926)
- O espelho falso (1928)
- O tempo ameaçador (1928)
- O retrato (1935)
- Águas profundas (1941)
- Golconda (1953)
- O império das luzes (1954)
- O castelo dos Pireneus (1959)
- O telescópio (1963)
- A página em branco (1965)
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