Autorretrato con collar de espinas (1940) |
“Eles pensaram que eu era uma surrealista, mas eu não era. Eu nunca pintei sonhos. Eu pintei minha própria realidade.”
– Frida Kahlo, citado em Time Magazine, “Mexican Autobiography”. 27 de Abril de 1953.
– Frida Kahlo, citado em Time Magazine, “Mexican Autobiography”. 27 de Abril de 1953.
Apesar de deprimida e incapacitada de andar, passou a pintar freneticamente a sua imagem, com um espelho pendurado na sua frente. Dizia: “Para que preciso de pés quando tenho asas para voar”. Entre aos anos de 1922 e 1925 estudou desenho e modelagem na Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México. Em 1928 filiou-se ao Partido Comunista Mexicano. Em 1929 casou-se com o pintor mexicano Diego Rivera, também militante do Partido Comunista.
Em 1930, foi com o marido para os Estados Unidos, onde ele trabalhava e realizava exposições. Frida chamava atenção por exagerar nas roupas, enfeites, risos e gestos. Dedicou-se à pintura – boa parte delas, autorretratos – de inspiração surrealista, apesar de negar dizendo que não pintava sonhos e sim sua própria realidade. Ficou nos Estados Unidos até 1934.
Em 1939, já separada do marido, foi para Nova York onde fez sua primeira individual, com sucesso da crítica. Em seguida foi para Paris onde expôs suas obras. Nessa época, entra em contato com Pablo Picasso e Wassily Kandinsky. O Museu do Louvre adquire um de seus autorretratos.
Apesar de passar por diversas cirurgias e usar um colete de gesso em consequência do acidente, Frida não parava de pintar. Sua obra recebia influência da arte indígena mexicana. Pintava paisagens mortas e cenas imaginárias. Usava cores fortes e vivas, explorando principalmente os autorretratos. Era também aficionada por fotografia, hábito que herdou de seu pai e do seu avô materno, ambos fotógrafos profissionais.
Em 1942, Frida Kahlo começou a lecionar artes na Escola Nacional de Pintura e Escultura, escola recém-fundada na cidade do México. Foi uma defensora dos direitos das mulheres, tornando-se um símbolo do feminismo. Deprimida, viveu os últimos anos de sua vida na Casa Azul, no México, que desde 1958, abriga um museu em homenagem à pintora. Frida Kahlo faleceu em Coyoacán, no México, no dia 13 de julho de 1954.
Dentre as várias obras do artista, destacam-se:
- Autorretrato em Um Vestido de Veludo (1926)
- Retrato de Miguel N. Lira (1927)
- Retrato de Alicia Galant (1927)
- Retrato de Minha Irmã Cristina (1928)
- O Ônibus (1929)
- Frida e a Cesárea (1931)
- Meu Nascimento (1932)
- Hospital Henry Ford (1932)
- As Duas Fridas (1939)
- Diego em Meu Pensamento (1943)
- Autorretrato de Cabelos Soltos (1944)
- A Coluna Partida (1944)
- Autorretrato com Macaco (1945)
- Retrato do Meu Pai Wilhem Kahlo (1952)
- Viva a Vida (1954)
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