domingo, 31 de março de 2019

AMANHÃ EU FAÇO!


Muito tem se falado sobre o mal da procrastinação, como se isso fosse a grande culpada de fracassos e perdas profissionais. Coachings e outros profissionais ensinam vários truques e até a velha agenda virou um "planner" com listas de tarefas que incluem até uma técnica de merecer recompensas a cada bloco de missões cumpridas.

O problema é que temos hoje tantos estímulos que isso colabora para tirar nossa atenção, reduzir o foco e a produtividade seja no que for, desde uma lição da faculdade até uma tarefa doméstica. É inegável que o celular tem sido a principal fonte de dispersão, uma vez que nele temos n possibilidades de interação em um único dispositivo que podemos levar a qualquer lugar.

Voltando um pouco no tempo, quem estudou nos anos 80/90 tinha apenas TV e rádio como recursos efetivos de distração. Quem nunca quis matar aula só pra ver aquele filme de Sessão da Tarde que a gente não fazia a menor ideia de quando teríamos a chance de ver de novo? O rádio era menos inofensivo porque a gente poderia alegar que gostava de estudar ouvindo música. Se a gente quisesse falar com um amigo no fim de semana tinha que ir até a casa dele ou telefonar, ou simplesmente esperar a segunda-feira chegar para revê-lo no trabalho ou na escola.

Retornando aos dias atuais, na minha vida pessoal e de estudos sempre apliquei e recomendo a máxima de Geraldo Vandré: "quem sabe faz a hora, não espera acontecer" e a sabedoria milenar dos pais e avós: "não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje". É claro que nem sempre é possível, mas quem se organiza tem tempo a mais para resolver imprevistos que podem pintar mesmo diante do mais meticuloso planejamento. Mas se mesmo assim tudo der errado: paciência! Dê um tempo para sua mente sair do estado de stress e só quando estiver pronto recomece.

O problema do "amanhã eu faço" é que amanhã podem existir outras coisas importantes ou não para concluir e o que mais vejo nessas ocasiões são pessoas jogando tudo para o alto e perdendo "por besteira", por não se organizar como deveria. O pior é que nem tudo era uma coisinha que se pode recuperar depois, mas inscrições não pagas em concursos, currículos não enviados, dentre outras oportunidades diversas de crescimento pessoal e profissional. Por isso, meu conselho continuará sendo: faça a sua parte! Se não rolar, não se culpe! Consciência limpa de que fez o possível é o melhor alívio para evitar a frustração. E quando tiver que tentar de novo e não souber por onde começar, ouça o Coelho Branco de Alice: "comece pelo começo e prossiga até chegar ao fim: então pare."

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