quinta-feira, 30 de abril de 2020

ABRIL PANDÊMICO

Muitos tem repetido que nada será como antes, mas acho que isso depende muito do que se quer, de olhar para dentro e de reavaliar valores, posturas, consumo, planos e emoções. O tempo está aí sobrando e revelando ou reforçando comportamentos. Uns estão mais empáticos, outros mais neuróticos, enquanto alguns continuam no mesmo status quo.

Sinto que é a hora de colocar em prática pequenas mudanças para quando tudo isso passar os novos hábitos estarem naturalizados. Sinto-me como nesse trecho de Abril (Adriana Calcanhotto), revendo  tudo, limpando as gavetas e ficando somente com o essencial.

"Sinto o abraço do tempo apertar
E redesenhar minhas escolhas
Logo eu que queria mudar tudo
Me vejo cumprindo ciclos
Gostar mais de hoje e gostar disso
Me vejo com seus olhos, tempo
Espero pelas novas folhas
E imagino jeitos novos
Para as mesmas coisas
Logo eu que queria ficar
Pra ver encorparem os caules
Lá vou eu
Eu queria ficar
Pra me ver mais tarde
Sabendo o que sabem os velhos
Pra ver o tempo e seu lento ácido
Dissolver o que é concreto"


quinta-feira, 16 de abril de 2020

ACHADOS DA QUARENTENA #3- VIVI EU VI

Essa moça, Vivi Villanova, dispensa apresentações. Nenhum canal de arte vai ter atualidades, museus, cinema, livros e um quadro 50 fatos sobre Aleijadinho, Tarsila do Amaral, Rembrandt, Magritte, Andy Warhol, Salvador Dali e mais um monte de gente famosa disposta em vídeos impecáveis e extremamente bem pesquisados. Apenas confiram!




ACHADOS DA QUARENTENA #2- ADRIANA CALCANHOTTO

Conheci as canções de Adrix em 1990 nos intervalos musicais da TV Bahia, quando passava um pedacinho do clipe de Naquela Estação. Três anos depois veio Mentiras em Renascer e somente nove anos depois eu fui morar no Rio, onde definitivamente entendi a ambientação de tantas canções, em especial Inverno. Lembro que o CD Perfil dela tocava em fluxo contínuo em tudo quanto era lugar e, aos poucos, quando sobrava um trocado da bolsa, eu ia adquirindo um ou outro exemplar da vasta obra. Não sou fã incondicional, mas gosto de saber a história por trás das canções. Assim veio o segundo achado da quarentena, com ela toda humilde se apresentando e explicando o processo de criação:

"Oi, pessoal! Olá a todxs! Eu sou Adriana Calcanhotto fabricante de canções. Tô aqui no mundo da lua. Tô aqui conversando com vocês sobre canção, os motivos das canções, a feitura das canções e como elas mudam o mundo, mudam a vida da gente."

No vídeo de Cariocas, capturei uma poesia dos comentários, que segue abaixo com a devida permissão do autor:



PARA ADRIX (Márcio Torvano)

Ela é gaúcha Ela é bonita como uma praia carioca Ela tem ideias ensolaradas Ela gosta de liberdade Ela tem um olhar diferente Ela é diferente Ela sabe o caminho da estrada Ela gosta do simples Ela enxerga pedras Ela curte gente pela calçada Ela só queria uma camiseta Ela só queria ter tempo Ela só queria fazer uma canção Ela não queria conhecer os caretas Ela ama os loucos Ela não gosta de gente normal Ela enxerga beleza em tudo Ela gosta de sotaque no plural

ACHADOS DA QUARENTENA #1- ENEIDA QUEIROZ

Não restam dúvidas de que nesse momento nunca antes visto na história da minha geração, as redes sociais tem sido a principal fonte de distração e informação, sendo o Youtube minha TV Tube favorita. Considerando que tenho tempo de sobra a ponto de não saber o que fazer com "tamanha dádiva", dei uma chance a um vídeo que o Youtube ficou martelando na timeline e acabei interagindo bastante no que os fãs agora chamam de EneidaFlix. E como um assunto puxa outro, descobri no canal o projeto Traje Brasilis, que ela e outras historiadoras, ou amantes da manufatura das vestimentas do século 18 e 19, tem realizado. E senta que lá vem História!