quinta-feira, 30 de abril de 2020

ABRIL PANDÊMICO

Muitos tem repetido que nada será como antes, mas acho que isso depende muito do que se quer, de olhar para dentro e de reavaliar valores, posturas, consumo, planos e emoções. O tempo está aí sobrando e revelando ou reforçando comportamentos. Uns estão mais empáticos, outros mais neuróticos, enquanto alguns continuam no mesmo status quo.

Sinto que é a hora de colocar em prática pequenas mudanças para quando tudo isso passar os novos hábitos estarem naturalizados. Sinto-me como nesse trecho de Abril (Adriana Calcanhotto), revendo  tudo, limpando as gavetas e ficando somente com o essencial.

"Sinto o abraço do tempo apertar
E redesenhar minhas escolhas
Logo eu que queria mudar tudo
Me vejo cumprindo ciclos
Gostar mais de hoje e gostar disso
Me vejo com seus olhos, tempo
Espero pelas novas folhas
E imagino jeitos novos
Para as mesmas coisas
Logo eu que queria ficar
Pra ver encorparem os caules
Lá vou eu
Eu queria ficar
Pra me ver mais tarde
Sabendo o que sabem os velhos
Pra ver o tempo e seu lento ácido
Dissolver o que é concreto"


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