“Eu não sou uma profissional, eu só escrevo quando eu quero. Eu sou uma amadora e faço questão de continuar sendo amadora. Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim…” (Clarice Lispector)
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domingo, 16 de setembro de 2012
RESILIÊNCIA
Segundo a Wikipédia, resiliência é um conceito psicológico emprestado da Física, definido como a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse etc. - sem entrar em surto psicológico. No entanto, Job (2003), que estudou a resiliência em organizações, argumenta que a resiliência se trata de uma tomada de decisão quando alguém depara com um contexto entre a tensão do ambiente e a vontade de vencer. Essas decisões propiciam forças na pessoa para enfrentar a adversidade. Assim entendido, pode-se considerar que a resiliência é uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano condições para enfrentar e superar problemas e adversidades.
Então, como valer-se da ética, da resiliência adquirida e cerrar os lábios para não revidar num ambiente em que me sinto num exército de um homem só no difícil exercício de viver em paz, de fazer meu trabalho em paz, de executar o que acho da forma como acho melhor em paz? Como viver o coletivo quando o individual não é respeitado? Numa época em que fala-se tanto de direitos e deveres, ainda paira velado ou descarado o preconceito de escolaridade, de cor, de gênero, de porte físico, entre outros absurdos de um mundo que se diz globalizado. Se eu soubesse que ser servidora pública numa escola federal era como viver num campo de batalha, eu teria seguido carreira no militarismo (e desejaria a maior patente, é claro!), porque pelo menos assim eu teria guerras de verdade para enfrentar.
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