quarta-feira, 25 de setembro de 2013

FINO T(R)ATO


"Etiqueta é a pequena ética de cada dia." (Glória Kalil)

Cheguei mais cedo em casa e nem curto muito o Encontros, mas essa frase valeu por todo o programa de hoje, cujo tema foi relacionamentos com colegas de trabalho. As principais reclamações foram sobre grosseria, omissão e displicência. Lembrei dos meus expedientes nas poucas escolas e universidades que passei, e a cada enquete do programa minha listinha crescia sobre o que mais vi e vejo em ambientes de trabalho:

# Fofoca: a rádio fofoca ou rádio corredor é mais acessada que facebook. É um tal de quem pegou quem, quem ferrou quem, quem se deu mal que Deus me livre! Às vezes me sinto no coliseu, vendo as pessoas serem devoradas pelos leões.

# Celular: esse aparelhinho até poucas décadas atrás era pura ficção científica, mas virou algo onipresente. O pior é que esse trocinho tá cada vez mais equipado e nas reuniões só se vê nego regendo orquestra (movimento coordenado de touch screnn) ou conversando com o vento e um fone eternamente agarrado no ouvido. Mais parecem executivos fazendo grandes negócios! Faço ideia que também se leva o amigo de todas as horas para o setor escatológico da instituição, já que não se pode viver sem ele.

# Internet: não sou jurássica, mas acompanhei a chegada da internet e a febre só piorou depois das redes sociais, que ganhou de lavada do extinto msn em recursos e artifícios para passar/matar o tempo.Quem rendia pouco passou a render muito menos e a fazer mais caras e bocas diante do computador. 

# Comida: a hora do lanche é a mais legal, a mais animada. Pessoas vão tomar café e simplesmente entram em um portal secreto que há na copa, só pode!

# Atrasos: ninguém merece travar uma reunião com mais de 20 pessoas, porque uma resolveu desaparecer e quando chega, ainda traz a tarefa incompleta. São dois pesos, duas medidas! "Puxe o saco do chefe e terás a vida ganha" deve ter sido o conselho que essas pessoas receberam de algum livro de mantras empresariais. Infelizmente, tenho aprendido que não adianta se estressar, porque ninguém é punido no final.

# Omissão: uma pessoa omissa, relaxada e descompromissada não rende e ainda trava todo um sistema. A falta de comprometimento, o despreparo e a preguiça aliadas fazem um estrago danado que dá nos nervos!

Mas, como diz uma colega soteropolitana quando o circo pega fogo: relaxe! Pra quê se estressar? Você vive no Brasil e no final tudo acaba em carnaval!


Nenhum comentário:

Postar um comentário