“Eu não sou uma profissional, eu só escrevo quando eu quero. Eu sou uma amadora e faço questão de continuar sendo amadora. Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim…” (Clarice Lispector)
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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
OÁSIS DE JORLANE #2: LUA
Todos os dias o sol está lá no alto queimando a pele dos pauloafonsinos 10% a mais do que a dos demais brasileiros. Talvez por esse motivo a lua seja tão esperada diariamente, pois com ela vem a brisa e a beleza de um céu limpinho, cheio de estrelas tão nítidas que quase posso tocá-las. É como um ponto de referência para mim, pois não só marca o início da noite, como mais uma jornada de trabalho. Só de olhar para ela, já me sinto acompanhada e faço isso todos os dias, como um ritual. Acredito que lua demais não faz mal a ninguém e não tem contra-indicação, a começar pelos poetas, escritores e astronautas. Entre esses, destacam-se os letristas e músicos e foi pensando no que é produzido sobre esse tema de 03 ingênuas letras que selecionei as 14 + da LUAR FM (escolha, clique e ouça a sua predileta):
1) Nua ideia - Gal Costa
2) Lua, lua, lua, lua - Caetano Veloso
3) Shy Moon - Caetano Veloso e Ritchie
4) Tendo a Lua - Os Paralamas do Sucesso
5) Blue Moon - Ella Fitzgerald
6) Luar do Amor Misterioso - Guilherme Arantes
7) Melodia Sentimental - Zizi Possi
8) Lua de São Jorge - Caetano Veloso
9) Lua e Estrela - Caetano Veloso
10) Luz e Mistério - Beto Guedes
11) Luar (a gente precisa ver o luar) - Gilberto Gil
12) Serra do Luar - Leila Pinheiro
13) Clair de lune - Debussy
14) La Bella Lune - Os Paralamas do Sucesso
domingo, 16 de fevereiro de 2014
DESCONECTE-SE
“Há dois problemas com a tecnologia: ela está crescendo muito rápido e é muito sedutora. E ela vai se desenvolver cada vez mais rápido, por conta da Lei de Moore. Nós estamos tentando disputar uma corrida com a tecnologia para utilizá-la, mas nunca vamos vencer. Então nós precisamos nos reposicionar em relação à tecnologia e perguntar como nós podemos fazer para que ela não seja nosso mestre, mas uma ferramenta. Precisamos fazer com que os avanços tecnológicos sejam a nossa caixa de ferramentas. Se nós temos uma caixa de ferramentas em casa, nós não acordamos e vamos correndo serrar alguma coisa, vamos?
Mas nós acordamos e vamos checar nossas notificações, por exemplo.
Então nossa relação com a tecnologia nesse momento é adolescente, é
sedutora, nós estamos apaixonados. E agora temos a oportunidade de
entrar numa nova fase do nosso relacionamento: entender a tecnologia,
compreender o que é viver com ela. Temos que nos perguntar que tipo de
seres humanos nós queremos ser e quais são as tecnologias que podem
ajudar nesse propósito. Por exemplo: eu não gosto quando as pessoas
ficam checando seus telefones quando eu estou falando com elas.
Primeiro, porque é desrespeitoso. Porque existe algo de belo na atenção
que as pessoas dão umas às outras. E isso é quebrado por um sujeito na
Califórnia que juntou alguns algoritmos pra fazer um aplicativo. Veja
bem: a tecnologia não é mágica. São só pessoas usando algoritmos bons.
Então eu quero uma revolução na qual as pessoas amem a tecnologia, mas a
usem mais como uma caixa de ferramentas e menos como um mestre (...) Ninguém precisa abandonar a tecnologia, mas é necessário experimentar momentos de desconexão.” (David Baker)
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
O QUE É UM NOIVO?
Em homenagem ao Valentines Day, publico hoje uma pérola da edição comemorativa dos 60 anos da Revista Casa e Jardim. Meninas, suspirem e desconfiem!
"Quando um môço prefere a companhia de uma jovem, em lugar de andar com a sua turma, então, pode-se dizer, está apaixonado. Quando êle anda nas nuvens e não mostra mais tanto interêsse para o futebol, para o pif-paf e sua caderneta com tantos números interessantes de telefone, mas prefere olhar para casa de móveis e voltar do cinema de mãos dadas, sempre tendo uma conversa íntima para dizer coisas tolas, porém, aparentemente importantes, êle está noivo.
Um noivo é carinhoso e desajeitado, passional e forte. E morre de mêdo. Dar o passo gigante e irrevogável de se tornar marido, de tomar para si uma espôsa, é o ato mais importante na vida de um homem. Porquê uma espôsa significa responsabilidade e contas e apólices de seguro e chegar na hora para o jantar e não ser apanhado quando olha para outras môças.
Uma espôsa também é toda devoção e tem um cheirinho delicioso de sol e flôres e zomba quando o marido tenta ser pomposo. Ela sabe esticar uma nota de mil até o dia do pagamento. Ela pode parecer a irmã menor de um seu amigo e Kim Novak quando a orquestra toca sua música predileta. Rugas na sua testa, que aparecem, êle deve alisar mas, em retribuição, ela é melhor do que um coçador de costas chinês.
Tudo vai bem no seu mundo quando as coisas vão bem entre ela e o marido. Enquanto êle lhe der sua força, seu carinho, sua jovem e corajosa sabedoria, ela lhe dará música e riso; bife mal passado e cerveja gelada; consideração; e um clima onde os sonhos podem florescer.
Essa é a sua dedicação.
É por isso que os môços ficam noivos."
"Quando um môço prefere a companhia de uma jovem, em lugar de andar com a sua turma, então, pode-se dizer, está apaixonado. Quando êle anda nas nuvens e não mostra mais tanto interêsse para o futebol, para o pif-paf e sua caderneta com tantos números interessantes de telefone, mas prefere olhar para casa de móveis e voltar do cinema de mãos dadas, sempre tendo uma conversa íntima para dizer coisas tolas, porém, aparentemente importantes, êle está noivo.
Um noivo é carinhoso e desajeitado, passional e forte. E morre de mêdo. Dar o passo gigante e irrevogável de se tornar marido, de tomar para si uma espôsa, é o ato mais importante na vida de um homem. Porquê uma espôsa significa responsabilidade e contas e apólices de seguro e chegar na hora para o jantar e não ser apanhado quando olha para outras môças.
Uma espôsa também é toda devoção e tem um cheirinho delicioso de sol e flôres e zomba quando o marido tenta ser pomposo. Ela sabe esticar uma nota de mil até o dia do pagamento. Ela pode parecer a irmã menor de um seu amigo e Kim Novak quando a orquestra toca sua música predileta. Rugas na sua testa, que aparecem, êle deve alisar mas, em retribuição, ela é melhor do que um coçador de costas chinês.
Tudo vai bem no seu mundo quando as coisas vão bem entre ela e o marido. Enquanto êle lhe der sua força, seu carinho, sua jovem e corajosa sabedoria, ela lhe dará música e riso; bife mal passado e cerveja gelada; consideração; e um clima onde os sonhos podem florescer.
Essa é a sua dedicação.
É por isso que os môços ficam noivos."
domingo, 9 de fevereiro de 2014
HAVEMOS DE ACORDAR
As músicas marcam momentos e, às vezes, as conheço nos momentos mais
imprevistos. Essa marcou a aprovação de Paty no doutorado. Ela estava
tão feliz que fez o player repetir e repetir até cansar esse fado lindo de Ana Moura, que mais parece trilha sonora de filmes de inverno do velho mundo.
Canto o fado pela noite dentro
Ele trabalha todo o dia fora
Corre tão veloz o tempo
e chega apressada a hora
Ele suspira, sonolento,
“Ó meu amor, não vás embora”
Ele trabalha todo o dia fora
Corre tão veloz o tempo
e chega apressada a hora
Ele suspira, sonolento,
“Ó meu amor, não vás embora”
Fecho os olhos pela noite fora
Ele dorme pela noite dentro
De manhã não se demora,
veste um casaco e sai correndo
E ouve a minha voz que implora
“Ó meu amor, fica mais tempo”
Eu hei-de inventar um fado
um fado novo, um fado
que me embale a voz
e me adormeça a cantar
Eu hei-de ir nesse fado
ao teu sonho, no meu sonho,
e, por fim, sós,
nele havemos de acordar
Ele dorme pela noite dentro
De manhã não se demora,
veste um casaco e sai correndo
E ouve a minha voz que implora
“Ó meu amor, fica mais tempo”
Eu hei-de inventar um fado
um fado novo, um fado
que me embale a voz
e me adormeça a cantar
Eu hei-de ir nesse fado
ao teu sonho, no meu sonho,
e, por fim, sós,
nele havemos de acordar
Vou sonhando pelo dia fora
Ele trabalha pelo dia dentro
Não sei o que faz agora
mas ele talvez neste momento
entre por aquela porta
“Ó meu amor, fica mais tempo”
Ele trabalha pelo dia dentro
Não sei o que faz agora
mas ele talvez neste momento
entre por aquela porta
“Ó meu amor, fica mais tempo”
Canto o fado pela noite dentro
Ele trabalha todo o dia fora
Já o sinto nos meus dedos
como um eterno agora
Será esse o nosso tempo
“Ó meu amor, não vás embora”
Ele trabalha todo o dia fora
Já o sinto nos meus dedos
como um eterno agora
Será esse o nosso tempo
“Ó meu amor, não vás embora”
sábado, 1 de fevereiro de 2014
POR MENOS CORAÇÕES VAZIOS
"E de agora em diante, fica estabelecido que todos os corações vazios, mal amados, partidos, abandonados ou tão somente subutilizados serão pacífica e amorosamente invadidos e ocupados pelo amor em todas as suas formas.
Sem paus e pedras e enxadas, mas com flores e música e presentes e simples declarações de apreço e cuidado, o amor tomará posse irrevogável de todo e qualquer coração devoluto. Banqueiros e bancários, construtores e operários, empresários, professores, artistas de rua, profissionais de toda sorte, adultos e crianças e velhinhos, todas as almas solitárias deste mundo! Preparem-se para ceder sem luta à chegada implacável do amor às terras férteis de seus corações.
Abram seus portões, escancarem as portas, liberem as janelas, prendam os cachorros e preparem a casa à visita permanente do amor operário, trabalhador, corajoso e simples."
FONTE: Manifesto pela ocupação amorosa dos corações vazios (André J. Gomes) - Revista Bula
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