quarta-feira, 31 de agosto de 2016

PALAVRA DO MÊS #8

"Canto novo ele pôs em meus lábios, um poema em louvor ao Senhor. Muitos vejam, respeitem, adorem e esperem em Deus confiantes." (Salmo 39/40)

Nesse mundo imediatista e touch screen que vivemos é difícil demais esperar, esperar qualquer coisa, pois com o avanço da tecnologia tudo ficou instantâneo. Só que a vida não é de repente, e muitas vezes temos que orar anos e anos a fio para a graça acontecer. Porque como diz Edith Stein, o que vale a pena possuir, vale a pena esperar.

PALAVRA DO MÊS: ÁTIMO

Onde vi/ouvi? Em algum texto de Clarice Lispector que não recordo agora.

O que significa? Instante; período de tempo muito curto; momento breve. Porção pequena ou reduzida de algo.

Como a empregaria em uma frase/fala/conversa/história? Num átimo nossa vida pode mudar, assim como ocorre o ponto de viragem entre um ácido e uma base.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

CORAÇÃO DE ESTUDANTE

Já ouvi muitas pérolas nos meus anos de sala de aula, mas a principal é esta abaixo. Hoje, os alunos não querem mais copiar: querem gravar, filmar pra ver depois ou fotografar o quadro. A habilidade de coordenação motora está se perdendo cada vez mais, embora hajam os que tiram muito proveito da tecnologia.



As respostas a essa pergunta nem sempre agradavam:

#1- Não! Eu só estou testando o piloto!
#2- Não! Só estou avaliando o atrito da superfície.
#3- Não! Eu gosto de ficar escrevendo de costas para vocês.

Ainda tem as perguntas ansiosas:

#1- Professora, a senhora já mandou a ementa? (primeiro dia de aula) Resposta: Me dá o email da turma que eu mando.
#2- Professora, a senhora já mandou a ementa? (segundo dia de aula) Resposta: Sim! desde a semana passada quando você me deu o email da turma.
#3 - Professora, a senhora já marcou a prova? Resposta: Não! Eu nem pensei nisso ainda!
#4 - Professora, quando vai ser a prova? Resposta: Calma! Estamos só começando!
#5 - Mas quando a senhora marcar vai avisar quantos dias antes? Resposta: O suficiente para você estudar.
#6 - Quantas questões tem na prova? (faltando 1 dia) Resposta: Ainda não preparei...
#7 - Isso vai cair na prova? Resposta: Ainda não decidi.
#8 - E se cair isso tem que responder desse jeito? Resposta: É claro! Ou vocês acham que eu gosto de ficar enfeitando o quadro com este monte de fórmulas?
#9 - Professora, é pra fazer o que nessa questão? Resposta: leia o enunciado.

E por aí eu vou andando com essas turmas queridas...Feliz dia do estudante!


sexta-feira, 5 de agosto de 2016

O MEDO DE AMAR É O MEDO DE SER LIVRE


O medo de amar é o medo de ser livre
Para o que der e vier
Livre para sempre estar
Onde o justo estiver

O medo de amar é o medo de ter
De a todo momento escolher
Com acerto e precisão
A melhor direção

O sol levantou mais cedo e quis
Em nossa casa fechada entrar - pra ficar

O medo de amar é não arriscar
Esperando que façam por nós
O que é nosso dever - recusar o poder

O sol levantou mais cedo e cegou
O medo nos olhos de quem foi ver
Tanta luz
(Beto Guedes-Fernando Brant)

A VIDA SECRETA DAS PALAVRAS

 

Josef: Achei que... você e eu...
talvez pudéssemos ir embora
para algum lugar juntos...
um dia desses.
Hoje.
Agora.
Venha comigo, Hanna.

Hanna: Não, eu...
...acho que não vai ser possível.

Josef: - Por que não?

Hanna: Porque eu acho que,
se formos embora...
para algum lugar juntos,
receio que, um dia...
talvez não hoje, talvez...
nem amanhã, mas um dia,
de repente...
vou começar a chorar tanto, que nada
nem ninguém vai me fazer parar.
As lágrimas vão encher o quarto,
não vou conseguir respirar...
vou levar você para o fundo comigo,
e nós dois vamos nos afogar.

Josef: Eu vou aprender a nadar, Hanna.
Eu juro.
Eu vou aprender a nadar.

A vida secreta das palavras é...a vida secreta das palavras. Que filme incrível! A vontade era que eles ficassem ali conversando e se conhecendo por horas. O "eu vou aprender a nadar" só faz sentido no final. São duas mudanças de vida que ocorrem a partir dessa frase, mudanças que foram acontecendo ao longo do filme e que eles decidiram tomar. Ela poderia ter ficado enfurnada em seu apto durante as férias, mas resolveu transpor o sofrimento vivido na guerra, as perdas irreparáveis, os traumas emocionais e físicos para cuidar do outro, de um estranho que só receberia seus cuidados e pronto.
Mas esse estranho era espontâneo demais, não tinha nada a perder e, ao mesmo tempo, precisava se encontrar. E encontrou em Hanna o seu oposto e o seu par. Deixou de ser ímpar, de se perder em seus impulsos inconsequentes e aprendeu a nadar...e a amar.