Olhando para a capa do disco, vê-se um Guilherme Arantes ainda jovem, pele bronzeada (ou avermelhada, como diz aqui na letra), o mesmo Guilherme Arantes cujo depoimento para o livro Pavões Misteriosos de André Barcinski me fez dar gargalhadas, tamanha modéstia e angústia o rapaz sentia naquela época:
"Teve uma época em que eu tinha raiva de ser bonito, porque os compositores importantes eram feios. Eu tinha uma puta inveja do Zé Ramalho, por exemplo, mas havia uma preconceito na época, e acho que existe até hoje, de que uma pessoa bonita não pode querer tudo. Além de bonita, também quer ter talento? Que negócio é esse?"
Não é caro o que eu queria
uma pausa pra pensar
colocar o corpo e a cabeça em dia
pra melhor recomeçar
O outono na fazenda
toda tarde cochilar
com o cheiro luxuoso
de um fogão de lenha
perfumando todo o ar
Meu cavalo pelo vale
vento no canavial
sol na pele
avermelhando a nossa cara-pálida
da cidade
...eu, você e só
todo mês de maio
na maior...
uma pausa pra pensar
colocar o corpo e a cabeça em dia
pra melhor recomeçar
O outono na fazenda
toda tarde cochilar
com o cheiro luxuoso
de um fogão de lenha
perfumando todo o ar
Meu cavalo pelo vale
vento no canavial
sol na pele
avermelhando a nossa cara-pálida
da cidade
...eu, você e só
todo mês de maio
na maior...
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