“Eu não sou uma profissional, eu só escrevo quando eu quero. Eu sou uma amadora e faço questão de continuar sendo amadora. Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim…” (Clarice Lispector)
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terça-feira, 31 de dezembro de 2019
domingo, 29 de dezembro de 2019
MAIS UMA HISTÓRIA DE UM CASAMENTO
Após muita expectativa vs realidade, concluo que muitos trailers criam uma ideia de que um filme maravilhoso está pra ser lançado e que você só vai sossegar quando assisti-lo. Foi assim a minha experiência com História de um Casamento, o qual me fez recordar bem de longe da obra-prima Kramer vs Kramer.
Muitos críticos apontam que a trama está centrada na guarda do filho Henry, negociada por Nicole e Charlie. A criança parece alheia a tudo e ao longo do filme fica claro que não há volta e não há por quem torcer, que só nos resta esperar como esse imbróglio será finalizado. De repente, o que parecia estar em ordem se parte e pra piorar uma das partes resolve voltar para a sua família na Costa Oeste, lado geograficamente oposto ao antigo lar do casal. Era pra ser algo resolvido na paz de uma conversa civilizada, mas novamente uma das partes muda o rumo da situação para algo muito custoso financeiramente e emocionalmente desgastante, inserindo o fator advogados entre eles, acabando de vez com o que parecia que iria restar após a separação que virou oficialmente divórcio.
Ao contrário de muitos comentários que exaltam o drama, não subtraí um lencinho sequer durante a sessão, não senti absolutamente nada. Apesar da boa atuação, a impressão que tive foi que a beleza dos atores maquiou a tensão existente, mas ainda assim curti a fotografia e alguns diálogos dos advogados, que dão um toque quase de comédia romântica ao filme.
"O nosso amor se transformou em bom dia..." |
sábado, 28 de dezembro de 2019
QUEM SOMOS E PARA QUEM SOMOS?
Decidimos quem somos, quando queremos e quem queremos que saiba".
(Filme O Maior Amor do Mundo)
No filme "O maior amor do mundo" ou "Mother's Day" Julia Roberts interpreta Miranda Collins, uma celebridade que reencontra sua filha doada após uma gravidez não planejada. Num dos momentos em que ela está processando todos os sentimentos envolvidos acerca dessa novidade, seu produtor diz essa frase acima, fazendo alusão a ela sair do personagem e assumir sua condição de mãe e avó publicamente e se abrir a uma nova fase, para além dos holofotes e da fama.
Curiosamente, enquanto buscava mais informações sobre o filme, me deparei com uma descrição de um blogueiro que achei bem interessante e de um autor que já foi campeão de citações no Facebook:
Curiosamente, enquanto buscava mais informações sobre o filme, me deparei com uma descrição de um blogueiro que achei bem interessante e de um autor que já foi campeão de citações no Facebook:
"Não sou para todos. Gosto muito do meu mundinho. Ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas. Às vezes tem um céu azul, outras tempestade. Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos. Mas não cabe muita gente. Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso. São necessárias!" (Caio Fernando Abreu)
As duas citações caminham em pistas opostas, pois enquanto a primeira me fez pensar em toda exposição gratuita da vida nas redes sociais, muitas vezes no estilo "me note!", a segunda me lembra a privacidade tão preciosa, o nosso infinito particular que deve ser seletivo a fim de estabelecer um limite entre quem entra e para quem a gente só acena da janela.
"Somos quem o mundo pensa quem somos...", mesmo que tentemos em vão provar que somos melhores, mais nobres e mais fortes. Podemos passar a vida inteira tentando provar quem somos e de nada irá adiantar, pois o outro vê o que que ver a nosso respeito.
"Decidimos quem somos, quando queremos e quem queremos que saiba"...acho que sem perceber, ou querendo mesmo, os atores das redes sociais fazem a festa no filtros e efeitos, maquiando a realidade para ela ser mais palatável em alguns momentos. A gente "segue" aquela vida, aquela rotina, mas não percebe que tudo aquilo não diz quase nada sobre a pessoa, ou até diz e diz até demais. Os signos são exaltados a todo instante, e um unfollow ou um like servem de mote para uma tese inteira, para deduções fantasiosas e catalisadoras de futuras inimizades.
Eu não sigo nem tenho nenhuma dessas redes, só possuo este humilde blog, mas não importa: a curiosidade e a partilha da vida alheia chega aos meus ouvidos em prints e áudios. Quantas deduções, quantas revelações inúteis e quanta energia gasta em se ocupar do outro enquanto a própria vida anda meio capenga. Porque o importante não é mais experimentar, viver, sentir, mas compartilhar o sorvete, o corte de cabelo, o novo perfume, o look, etc.
"Não sou para todos. Gosto muito do meu mundinho..." A falsa ideia de bloquear, manipular ferramentas de "ele me segue, mas não vê tudo" é inútil. Não ser para todos custa uma exclusividade a ser exercitada, e isso desperta mais curiosidade ainda. Não ser para todos é manter-se à margem, por fora, longe dos buchichos, das tretas, alheia, e é assim que ainda gosto de ser, porque gosto muito do meu mundo maravilhoso, onde até cabe muita gente, mas só permanecem as que realmente são necessárias!
quarta-feira, 25 de dezembro de 2019
CHEGOU O NATAL!
"Let us all remember
In our gift giving and our merriment
With our family and friends and loved ones
The real and true meaning of Christmas
The birth of our Lord and Savior, Jesus Christ"
(O Tannenbaum - Ernst Anschütz)
segunda-feira, 9 de dezembro de 2019
SOBRE VIAGENS
"Gosto muito de viajar. Na hora que o avião levanta, é como se cortasse o fio do dia-a-dia, dos problemas, das contas a pagar, do cara chato que te procura...De todas essas coisas. Então minhas viagens são como férias. Mas não falo turismo nenhum, não!...Eu adoro hotel, quarto de hotel - ou então um lugar onde eu possa andar. Não vou conhecer os lugares turísticos. Gosto de ir a lugares simpáticos, onde eu possa ter paz." (Roberto Menescal)
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