segunda-feira, 17 de novembro de 2014

TERAPIA DO ABRAÇO


Às vezes eu me pergunto se quando eu era criança gostava de abraçar o povo, porque se tem uma pessoa que gosta disso sou eu. Pode ser abraço fraterno, materno, de quebrar as costelas ou de urso, não importa: eu amo o abraço. O abraço tem o poder de curar, de aliviar as dores e de dizer tudo em silêncio. O abraço é o primeiro passo para o carinho, os beijos (e vice-versa), é o começo de muitos relacionamentos e é a demonstração concreta de uma amizade. Quem não sabe abraçar, não sabe se dar, não sabe acolher nem se deixa ser acolhido.

Longe de casa, muitas vezes fui a grupos carismáticos só para ganhar abraços e então fui ficando mais especialista nessa arte. Abraçar é uma lição que se aprende em casa. Muito mais do que brinquedos e roupas novas, há muitos filhos que recusariam tudo isso em troca de um abraço amoroso no colo dos pais.

Tenho a sorte de ter uma família numerosa e doadora de abraços, e levo essa marca em meus relacionamentos de trabalho e de amizades. A troca é tão rica que não só dou como ganho esse dom precioso de meus alunos gratuitamente, e posso afirmar que não há melhor terapia para os dia gris.

Uma vez passou na TV uma menina que nasceu sem os braços e ganhou braços artificiais. Adivinhem qual foi a primeira coisa que ela quis? Dar um abraço na mãe.

Um comentário:

  1. Flávia, o abraço é o melhor carinho que existe. Há um contato maravilhoso, de afeto e proteção. Tenho um sobrinho que sempre se esquiva de carinhos e tenho pena, porque não entendo seu comportamento. Sou tia carinhosa e desde que ele era pequeno tentava beijá-lo, abraçá-lo, percebendo que se incomodava. Já é um rapaz e espero que aprenda a gostar de um abraço com uma namorada (rss). Brinco que ele não sabe o que está perdendo. Creio que os pais devem desfazer essas barreiras, pois costumam ser responsáveis pelos meninos esconderem emoções. E a vida é muito melhor quando podemos abraçar e ser abraçados. Bjs.

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