segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

TEMPO, TEMPO, TEMPO, TEMPO...

2012 está acabando e deixou muita coisa boa, mas 2013 há de ser ainda melhor!

Em 2012, a Globo conseguiu oferecer um programa de música legal, deixando Ellen Oléria com uma voz, talento, caras e bocas genuinamente brasileiras como uma promessa de renovação para nossos ouvidos cansados do batidões breganejos e outros derivados do gênero.

Em 2012, Xuxa realizou um sonho de infância e ainda ganhou milhões para isso, assim como Ronaldinho perdeu metade do bucho de pote incentivado pela Nike e fervorosamente pelo público brasileiro e fãs de todo o mundo.

Em 2012, Caetano e Gil viraram setentões e Chico está quase chegando lá! E o Niemeyer partiu com Dona Canô num disco voador.

Mas deixa a vida do povo pra lá!

Em 2012, consegui fazer um ano inteirinho de atividade física e chegar na medida certa, apesar de saber que todo bônus tem um ônus!

Em 2012, consegui rir pra não deprimir de minhas próprias mazelas.

Em 2012, me apaixonei por algumas séries geek e músicas de outrora.

E em 2013 quero continuar firme em meus propósitos, ampliar ou manter minha rede de contatos e amigos, compreender a marcha e ir seguindo em frente, apesar de recusar permanentemente a farda da moda, das convenções e aparições sociais por todo tempo, tempo, tempo, tempo...

Continuarei seguindo os conselhos do Mestre, relembrados durante 2012 por Raê: "sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas".

Continuarei não gostando de acordar cedo, nem de provar comidas antes de finalizadas, nem de música breganeja e os modões silábicos indicados aos discos de ouro (deveriam ser de borracha!).

Continuarei amando os ritos litúrgicos, o jogo das palavras e as crônicas de um bom escritor; seguirei rindo de bordões, das bobagens e das besteiras dessa vida passageira e que venham muitos por-do-sol dourados, muita chuva para o sertão, menos balas perdidas para o Rio, mais respeito entre os fanáticos do Oriente e mais ordem ao caos que enriquece poucos e empobrece tantos.


domingo, 9 de dezembro de 2012

ENTÃO, JÁ É NATAL!




Desde outubro que, após o dia das crianças, no comércio das bugigangas chinesas já é natal. Pinheiros e neve no sertão, papais noéis de todos os tipos e tamanhos de barriga e barba, luzes e mais luzes em circuito  penduradas nas casas e muitas festas de confraternização. Pessoas imbuídas pelo espírito fashion natalino da moda querem roupa nova para a festa ou o bloco, onde o abadá é mero acessório, pois a tendência desse ano são as micro-saias com algum paetê ou miçangas aplicadas e muita transparências nas blusas.

Fico imaginando como se sentem as pessoas que não podem fazer parte desse festival de compras, porque não tem nem direito o que comer. Essa semana mesmo decidi apoiar uma campanha dos Correios, onde respondemos às cartas que crianças enviam a Papai Noel, e entre a euforia causada na sala de aula, veio uma adolescente e me disse: "professora, é de chorar o que essas crianças pedem! Umas pedem carinho e amor, pois os pais são separados; outra pedia 1kg de feijão, pois na casa dela a comida só era cuscuz."

Então, mesmo que a maioria viva o natal como um momento festivo-solidário, desejo que muitas, mas muitas pessoas mesmo, pensem naqueles que tem fome de alimento, de justiça, de carinho, de dignidade, de respeito e de amor, porque afinal de contas para nós cristãos o verdadeiro significado do natal é o amor: amor que não se pede, nem se perde, amor que não se mede oferecido por Deus a nós na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo.


sábado, 8 de dezembro de 2012

IMACULADA CONCEIÇÃO, ROGAI POR NÓS!

"Imaculada Maria de Deus
Coração pobre acolhendo Jesus
Imaculada Maria do povo
Mãe dos Aflitos que estão junto à cruz."
 (Frei Fabretti)


terça-feira, 30 de outubro de 2012

QUANTO MAIS FLÁVIA, MELHOR!


Reunião com a chefia à tarde e minha xará Flávia Munik vem toda eufórica contar a novidade: a coca-cola tem uma campanha com nosso nome!!! Ai, que bagaceira! Fiquei imaginando como era a lata e o sucesso que o meu (e mais 149 nomes mais comuns entre jovens adultos brasileiros) está fazendo! Enfim, só sosseguei quando vi a latinha aqui na web e a repercussão da propaganda. Vá lá que não sou chegada em Coca Zero, mas não me importei nem um pouquinho de por alguns goles de glória ser essa coca-cola toda.

Desde que me entendo por gente que vê TV, recordo que as propagandas da Coca-cola eram sempre fascinantes! As de natal nem se fala: neve, papai noel trazendo a coca-cola pra ceia junto com os presentes (oh, sonho além dos trópicos). Nos almoços de domingo ela não podia faltar, nem nas festinhas de aniversário, onde eram as coadjuvantes da mesa (quando o níver era só um bolinho!). Sem falar que churrasco e rodízio de pizza sem ela se tornam algo ameaçador do bem-estar e altamente indigesto.Houve também a época do iô-iô, daquela agonia pra gente achar um brinde, ou muitos pontos nas tampinhas de metal. Teve a outra fase enlouquecedora dos colecionadores de garrafinha, que vinham até na mini grade vermelhinha; cheguei a achar que ali era uma porção mágica e morria de vontade de abrir a tampinha e beber pra ver o que aconteceria). Os slogans, então, são impregnantes e absolutos: "Coca-cola é isso aí!", "Curta Coca-cola", "Sempre Coca-cola", "Viva o lado Coca-cola da vida", "Abra a felicidade" (se só isso bastasse era bom!).

Como química, eu dou risada com os mitos que giram em torno da Coca-cola, até porque se ela fosse tudo de ruim que dizem, já teria dizimado mais pessoas que o acidente de Chernobyl e a ONU já teria teria tomado providências. O problema é o vício ou a intriga da oposição, só isso! Eu só sei que adorei o retorno (de uns anos pra cá!) da embalagem KS mini, média e a maior de 1L (essa nunca falta nos piqueniques) e se alguém achar a minha latinha personalizada, por favor pode mandar que eu reembolso para eu colocá-la no meu nicho kitsch, até porque eu me permito ser brega só de vez em quando.


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

sábado, 6 de outubro de 2012

QUE PAÍS É ESSE?

"O Brasil é um país míope. Ou talvez seja estrábico, não sei bem, não sou oftalmologista. O que sei, sem um cílio de dúvida, é que o Brasil tem algum defeito na vista. Tem coisas que, por mais que se apertem os olhos, ninguém enxerga. Fica lá o elefante, no meio da sala, trombando na cristaleira, melancia pendurada no pescoço, uma banda militar tocando marchinha nas costas dele, e ninguém nem percebe. Elefante, que elefante? Não tem nada aqui não."  (Denis Russo Burgierman)



PS: Adeus aos mantras sem direitos autorais dos tchus e dos tchás, dos arrochas, breganejos, axés e outras paródias temporariamente imortalizadas entoando as vantagens e desvantagens de nossos ilustres cães, gatos, papagaios e periquitos (que o reino animal me perdoe pela comparação) candidatos às vagas de vereadores e prefeitos. E que vença o menos pior!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

TEMPO DE CARAIBEIRAS

Antigamente, as palavras, os consolos, desabafos e futilidades seguiam por cartas. Mas em tempos de comunicação instantânea, apresso esse alento à iminente Dra.Mércia Valéria para que ela creia que nem todos são iguais, que mesmo que alguns covardes machuquem nosso coração, o ideal permanece como o sol brilhando todos os dias, ainda que as nuvens o encubram de vez em quando nas tempestades.

Um provérbio russo diz: "não existe inverno no reino da esperança". E não existe mesmo! Hellen Keller, cega-surda, relatou assim um dos inúmeros conselhos da sua mestra Anne Sullivan: "falou-me da vida que se forma dentro de nós e que tende a renovar-se sem a nossa contribuição, sarando as suas próprias feridas, trazendo esperança ao coração e tornando mais aguda a nossa visão mental". "E por que não aconteceria isto a mim como já tem acontecido a tantas pessoas?" dizia ela. E o que passou, passou! As caraibeiras tem que perder todas as folhas para nos presentear com esse espetáculo de dar inveja a qualquer roseira. Assim também somos nós, que temos que perder para ganhar mais vida, mais lucidez e enxergar no fim que não perdemos nada, pois nossa vida está nas mãos Daquele que nos salva e nos guarda, nos livra e nos alimenta em tempos difíceis.

domingo, 16 de setembro de 2012

RESILIÊNCIA



Segundo a Wikipédia, resiliência é um conceito psicológico emprestado da Física, definido como a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse etc. - sem entrar em surto psicológico. No entanto, Job (2003), que estudou a resiliência em organizações, argumenta que a resiliência se trata de uma tomada de decisão quando alguém depara com um contexto entre a tensão do ambiente e a vontade de vencer. Essas decisões propiciam forças na pessoa para enfrentar a adversidade. Assim entendido, pode-se considerar que a resiliência é uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano condições para enfrentar e superar problemas e adversidades.

Então, como valer-se da ética, da resiliência adquirida e cerrar os lábios para não revidar num ambiente em que me sinto num exército de um homem só no difícil exercício de viver em paz, de fazer meu trabalho em paz, de executar o que acho da forma como acho melhor em paz? Como viver o coletivo quando o individual não é respeitado? Numa época em que fala-se tanto de direitos e deveres, ainda paira velado ou descarado o preconceito de escolaridade, de cor, de gênero, de porte físico, entre outros absurdos de um mundo que se diz globalizado. Se eu soubesse que ser servidora pública numa escola federal era como viver num campo de batalha, eu teria seguido carreira no militarismo (e desejaria a maior patente, é claro!), porque pelo menos assim eu teria guerras de verdade para enfrentar.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

GUARDE O CORAÇÃO



Era uma vez um rei distante que ainda vive num castelo lá pras bandas de São Paulo, em algum lugar escondido. Ele tem o dom e o diploma de Comunicação, ama cinema e até escreve umas críticas, ama música boa e detona comigo as subcelebridades que aparecem para atordoar nossos ouvidos. Eu não sei tudo sobre ele, mas ele chegou e ficou na minha vida através das cartas virtuais e dos amigos em comum. Nos poucos encontros que tivemos, fiz passeios culturais e gastronômicos maravilhosos dignos de uma rainha. A gente se apoia, mesmo à distância e ele sabe que pode contar comigo sempre que precisar. Se nossos emails fossem publicados teríamos que sair fugidos do país,rs. Ele precisa passar logo num concursão pra gente explorar o mundo e dar muita risada dos costumes toscos que existem por aí (muitos aeroportos aguardam seus pés). Ele é o segundo paulista de quem sou fã, e dedico Pão do meu paulistano-mor Guilherme Arantes para que ele tenha fé e aguarde com paciência a colheita que vai chegar!

Num momento já não basta sermos jovens, termos tempo
Os sonhos em cada época da vida são diferentes
O amor não é mais a única procura da gente
Há muitas coisas além de querer ser feliz
Crianças vão crecendo e dão outro sentido ao prazer
O privilégio de fazer o pão
No cansaço de cada dia não há espaços gratuitos
E as velhas vaidades perderam seu lugar
Grandes revoluções acontecem
Lentamente, silenciosamente

Ao menos não estamos atolados nos mesmo erros
Já temos provas muito claras do que não queremos
E agora já não incomodam as opiniões
Há muitas coisas além de querer ser feliz.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

PLAY READER

Não curto muito autoajuda, mas reconheço que em momentos difíceis eu acabei consumindo esse tipo de produto. Assim surgiu e aumentou minha vontade de me conhecer, conhecer o outro para tentar entender motivações, implicações obter explicações das atitudes de algumas pessoas. Esses livros também me ajudam quando seguem a linha junguiana e vai usando simbologias, mitos e exemplos muito fáceis de identificar ao nosso redor, e que nos ajuda a sofrer menos e de forma consciente, me conduzindo ao ramo da psicologia para leigos.

O primeiro deles foi O Sucesso é Ser Feliz de Roberto Shinyashiki. Faz tanto tempo que hoje se encontra facilmente em pdf na rede. Aprendi e reforcei o porquê das escolhas, as perdas e ganhos e porque desperdiçamos tanto tempo lamentando quando poderíamos estar virando a página. Na época, o cara era "o autor", e ao lado dele os livros de autoajuda exotéricos encharcavam as prateleiras.

Seguindo a linha de Jung, fui apresentada a dois clássicos de Robert A. Johnson, He e She, a chave do entendimento da psicologia masculina e feminina, respectivamente. Fantásticos e com uma linguagem simples, me fez entender mesmo muuuuuuuuuuita coisa. He trata da análise da psique masculina a partir do mito de Parsifal, um dos vinte e quatro cavaleiros que partem em busca do Graal. A história de Parsifal contém os grandes marcos da vida psíquica do homem e é um reflexo da interioridade masculina. Complementando, She parte do mito de Eros e Psique para analisar a psique feminina; o livro é uma fonte relevante para ambos os sexos, em particular o masculino, que encontra no trabalho de Johnson a dupla oportunidade de entender mais as mulheres - mãe, irmã, amiga, companheira - e ampliar seu conhecimento próprio ao analisar sua psique pelo aspecto feminino.

Mudando de autoria, anos mais tarde, sedenta de mais explicações convincentes sobre comportamento alheio e próprio, descobri Anselm Grun em O Céu Começa em Você, onde fala sabiamente que nossos entulhos são nossos pedagogos e dá-lhe explicações baseadas na sabedoria dos monges do deserto. Mas, voltando ao comportamento homem / mulher, conheci duas pérolas assim que foram lançadas. O primeiro foi Lutar e Amar: como os homens encontram a si mesmos, o qual discorre sobre dezoito figuras bíblicas masculinas, cujos arquétipos auxiliam os homens contemporâneos a reencontrar a si mesmos e ter acesso à sua própria força, indicando um caminho para que possam averiguar a sua identidade. Em suma, fala dos conflitos do machão e do homem soft, impotente em sua crise de identidade em um mundo que nivelou mais um pouco o papel do homem e da mulher. A continuação foi Rainha e Fera: mulher, viva o que você é, onde ele descreve com o auxílio de sua irmã Linda Jarosch e através de quatorze arquétipos bíblicos a rainha e a fera, mostrando para as mulheres o caminho para a cura das feridas produzidas pelas falsas imagens e ajudando-as a encontrar sua totalidade.




















Se eu fosse descrever cada um desses livros com minhas próprias impressões, levaria muito tempo e alguns posts. Por isso, recorri aqui a algumas colaborações da web, mas posso dizer que esses livros são fontes de constante aprendizado até hoje. Suas ideias não se tornaram anacrônicas com o passar do tempo, ao contrário de muitos livros que já doei. Eles me ensinaram a lidar com meus erros, com os erros dos outros, a amenizar e entender palavras, atos e omissões vividos em relacionamentos, a viver com lucidez e a buscar uma justificativa tanto para uma relação agradável e positiva quanto para relações difíceis e sem perspectiva de melhoras. Me ensinaram a me aceitar e aceitar os outros como são, e a mergulhar no entendimento de que "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é".

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

OS DIÁRIOS DE ETTY HILLESUM

Ela não desejava fugir ao destino do povo judeu; acreditava que só poderia fazer jus à vida se não abandonasse os que estavam em perigo e se usasse sua energia para trazer luz à vida de outros. Contemporânea de Anne Frank, Etty morreu aos 29 anos em Auschwitz em novembro de 1943. Seus diários publicados sob o título "Uma Vida Interrompida" revelam a transformação gradual de uma moça independente, preocupada com os prazeres mundanos, numa mulher de profunda coragem física e espiritual.

 “Quando rezo”, escreve ela, “mantenho um diálogo tolo, ingênuo ou tremendamente sério com o que existe de mais profundo dentro de mim, que eu, por conveniência, chamo de Deus.”  E mais tarde: “E isto provavelmente expressa da melhor maneira meu sentimento frente à vida: eu descanso dentro de mim mesma. E aquela minha parte, a mais profunda e mais rica na qual repouso, é o que eu chamo de Deus.”
“O ódio indiscriminado é a pior coisa que existe; é uma doença da alma. O ódio não se coaduna com minha natureza.”
“A vida é difícil, é verdade, uma luta de minuto a minuto, mas a própria luta é emocionante. Antigamente eu viveria caoticamente no futuro, porque me recusava a viver no dia-a-dia...eu recusava galgar o futuro dando um passo de cada vez. E agora, agora que cada minuto está tão cheio, tão transbordante de vida, de experiência, de luta, de vitória e de derrota, e de mais luta, e às vezes de paz, agora eu não penso mais no futuro, isto é, não mais me importo se “terei sucesso” ou não, porque agora tenho a certeza íntima de que tudo se resolverá a seu tempo. Antes eu vivia sempre por antecipação; tinha a sensação de que nada que fazia era a coisa “real”, que tudo era uma preparação para alguma outra coisa, algo “maior”, mais “autêntico”. Mas esse sentimento desapareceu de mim completamente. Agora eu vivo a hora e a ocasião, este minuto, este dia, integralmente, e a vida vale a pena ser vivida. E se soubesse que iria morrer amanhã, eu diria: é uma grande lástima, mas valeu a pena enquanto durou.”
"A vida não pode ser capturada em uns poucos axiomas. E isto é exatamente o que eu vivo tentando fazer. Mas não funciona, pois a vida é cheia de infinitas nuances que não podem ser capturadas em apenas umas poucas fórmulas."
"Meu Deus, tomai-me pela mão, eu Vos seguirei obedientemente e não resistirei demais. Não evitarei nenhuma das tempestades que a vida me reserva, tentarei fazer face a todas elas da melhor forma que eu puder. Mas de vez em quando concedei-me um breve repouso. Jamais julgarei de novo, em minha inocência, que qualquer paz que me advenha será eterna. Aceitarei todos os inevitáveis conflitos e lutas. Delicio-me com o calor e a segurança, mas não me rebelarei se tiver que sofrer frio, se Vós assim o decretardes. Seguirei onde Vossa mão me levar e tentarei não ter medo. Procurarei distribuir algo de meu calor, de meu verdadeiro amor pelos outros, onde quer que eu vá. Mas nós não devemos nos orgulhar de nosso amor pelo próximo, pois não podemos estar seguros de que ele realmente existe. Não desejo ser nada especial, apenas quero ser fiel àquela parte de mim que procura cumprir sua promessa. Às vezes imagino que anseio pela reclusão conventual, mas sei que devo procurar-Vos no meio do povo, no mundo exterior.”

terça-feira, 28 de agosto de 2012

NÃO DEU NA TV!



# Marjorie Estiano voltará a atuar em breve, como nos outros anos, e certamente também nos próximos anos, ao lado de Camila Rouca Pitanga.

# Paula Fernandes devia ter nascido no mar, segundo minha mãe ao assistir a abertura de Criança Esperança. Onde o decote dela quer chegar? Ela pretende conquistar quem com aquela obsessão por espartilhos? Seria ela a nova mulher tanajura?

# A Record cuidou das Olimpíadas, o SBT cuida de Carrossel e a Globo cuida do mensalão. Menos mal!

# Por falar em Record, quem conhece ou reconhece alguém do Curral aspirante a Fazenda? Anônimo por anônimo, é por isso que o povo ainda prefere os BBBial da Globo!

# Rodrigo Inodoro fareja a cada sábado o que fazer para melhorar O Pior do Brasil. Seria aquilo um revival do Chacrinha?

# Solicitei ao meu primo de 6 anos que relatasse uma cena de Carminha e Nina. Entediado com o pedido insistente, ele disse mansamente numa manhã de domingo: amanhã passa tudo em Video Show!

# Por falar em Video Show, está mais do que provado na nova Malhação que Mocotó é melhor como geléia do que como um imitador das caras e bocas dos Caras de Pau.

# Laranja Lima S.A. achou que era um roqueiro famoso e emblemático ao despedaçar a guitarra em uma festa popular. Estaria insatisfeito com o cachê ou ele entendeu que não tem mais conteúdo para substituir o canto do acasalamento da cabrita?

# Michel Filó conseguiu ficar tão transparente na propaganda da Brahma que demorei umas 5 chamadas para entender que ali era o dito cujo, em interjeições e falta de melanina.

# Luan Santana declarou ao Fantástico que pretende se casar lá para os 32 anos. Certamente, daqui pra lá ele já será pai, usará um gel no cabelo e será mais um usuário expulso da Decadência Som Preso. E olha que lá em Brasília eu encontrei um CD dele colado na parede do Bar Amnésia. Alguém mais duvida da minha previsão?

# Saiu há uns 2 meses no msn: "Arrasado com o divórcio, Tom Cruise completa 50 anos". Alguém pode me explicar o que uma coisa tem a ver com a outra? 


domingo, 26 de agosto de 2012

CONSTELAÇÃO



Coisa rara no mundo cada vez mais disfarçado de social e afetuoso codificado nas redes sociais, é achar quem se dirija a nós de forma direta e que realmente se importe com nossa vida. Seja através de um torpedo, um telefonema a qualquer hora, um email curtinho ou mesmo um "fulano mandou lembranças", é muito bom ser lembrado e até mesmo cobrado pelos amigos.

Ainda me entristeço (coisa boba!) com ligações não retornadas, sumiços sem explicações, emails não respondidos (porque não versam sobre o mundo fútil do facebook ou do twitter), mesmo quando a pessoa parou e escolheu cada palavra que ia digitar. Lembro muito de Renato Russo, quando canta: "quem está ao teu lado? Quem para sempre está? Quem para sempre estará?"

Mas, seguindo a linha tradicional, tive um grata surpresa hoje ao abrir o email e encontrar 4 "Olá!" de amigas íntimas e muito queridas: Cristiane Sobral, Janaína, Vera e Mayara. Amigas de 12 a 1,2 anos de amizade que me escreveram cobrando minha presença, partilhando suas vidas e lembrando nossa amizade. Elas estão distantes, mas quando estivemos juntas vivemos momentos muito divertidos, difíceis ou profundos, que marcaram nossas vidas. Pessoas generosas, sensíveis, sinceras, que mesmo com marido, filhos, emprego, faculdade, pesquisa, missões religiosas, ainda tem tempo para escrever a um amigo. Elas sabem que eu as considero como irmãs e que as amo de verdade, que desejo todo bem e toda graça do Senhor para suas vidas. Elas sabem que ainda sou a mesma, apenas com mais diplomas e mais cultura, mas a mesma Flávia que para tudo para se dedicar a um amigo.

Elas sabem ainda que amo as imagens e que escolhi essa aí em cima, porque ela traz a solidez da casa de pedras e o perfume do campo de lavanda, para lembrar que nossa amizade é firme como a rocha e suave como um abraço. Elas sabem também que amo as palavras, e para matar a saudade das mensagens e palavras de apoio ou de ocasião, doadas sempre que eu estava inspirada, deixo-lhes um trecho de Anne Sullivan (mais um!), a famosa professora-amiga que transformou a vida de Hellen Keller:

"Adaptemo-nos ao momento presente. Semeemos sem contar os grãos. Sejamos úteis ao próximo. Convertamos os sentidos que possuímos em benéfica energia. Pensaremos então menos em nos defender contra as circunstâncias e mais em fazer brilhar o sol à nossa volta - e eu talvez consiga tornar sublimes as minhas experiências e compreenda a ciência das alegrias e tristezas com as quais são tecidos os nossos dias".

PS: Por falar em Renato, o Lira me mandou Nara Leão "para nossa alegria" e deleite musical! Obrigadão!



terça-feira, 14 de agosto de 2012

OURO DE TOLO

"Não deveríamos nos sentir constrangidos de desistir de uma pessoa por causa do seu gosto para sofás ou para canecas de cerveja". (Alain de Botton)


Um dia conheci um homem sem grandes pretensões. Lutou desde cedo, conquistou cargo maior que sua função no serviço público, tinha um cartão internacional (que foi o banco quem deu), mas nunca pensou em botar a botina fora da fronteira; estava construindo uma mansão, mas ia decorá-la com móveis das Casas Cabia ou da Insaniante. Tudo a mais um pouquinho para ele era "chique".

Noutros tempos conheci um camarada aparentemente bem resolvido com seus fracassos de ordem sentimentais e profissionais, metido a hi-tech, com uma filosofia lulusantiana (vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir) que achava que eu falava difícil. Como assim, Bial ? Ainda bem que eu pulei essa fogueira antes que eu tivesse que conversar através de mímica ou Libras.

Recentemente, ouvi uma amiga dizer: quando eu lembro dos programas de índio que fui aos domingos, eu nem me reconheço. De fato, quanta coisa a gente faz para agradar, para enturmar e enturmar-se com o outro quando esse é muito diferente de nós. No começo, tudo é conquista! Então, lá vamos nós com toda empolgação focando só no objeto de interesse, sem pensar no conjunto da obra. Se é um filme chato, vambora! Saída com a primaiada? Agora mesmo! Churrascão na casa da tia, bem estilo estranha no ninho? Já tô lá!

Tudo bem que ninguém é igual a ninguém, mas se tem uma coisa que a vida me confirmou é que os iguais são quem permanecem juntos. Tenho acompanhado nos últimos anos tantos fins de namoro que já deveriam ter ocorrido há muito tempo, ou melhor, namoros que nunca deveriam ter começado. Mas, como tem coisa que só provando e se lascando toda, vamos lá fazer o papel de amigo e levar uns band-aids para colar os cacos. É incrível como o objetivo da mulher é, mesmo insconscientemente, garimpar as qualidades, os gostos em comum, as virtudes, enquanto o dos homens é...cri-cri-cri...eles não sabem responder. Na maioria das vezes, é só ter uma namorada mesmo. Só isso, ouviram meninas ?

Por isso, eu aconselho minhas caras amigas: se estão na pindaíba e se contentam com um Zé Fulaninho, o problema é de vcs! Se estão vivendo uma relação sozinhas, sonhando que o sonhador ao lado mude a rotina entediante, pensem bem se vale a pena qualquer coisa só para ter companhia nem tão interessante assim. Saiam dessa vida de migalhas! Que adianta oferecer banquete a quem se contenta com pão e água? Repito mais uma vez a todas aquelas cujos casos eu acompanho: se não dá conta da fogueira, não acenda o primeiro fósforo. E para aquelas que ainda não tiveram coragem de dar esse passo, cito mais uma vez Anne Sullivan:

"Há sempre uma saída para as situações difíceis, quando realmente queremos resolvê-las".

domingo, 12 de agosto de 2012

DIA DE PAINHO

"Se todas as pessoas soubessem o que lhes convêm e agissem de acordo, este mundo seria muito diferente, embora não tão interessante. Mas não sabemos o que é bom para nós e eu estou passando meus dias tentando descobri-lo. A experiência é divertida e às vezes dispendiosa, mas não há outro modo de se obter conhecimentos..."



Eu poderia fazer (e farei) vários posts com essa frase, que é o trecho da carta de Anne Sullivan a Hellen Keller por ocasião de uma de suas raras viagens sem sua pupila. Essa frase e essas fotos hoje retratam meu pai, homem doce e rude, aventureiro, sonhador, engenhoso, curioso e tio, padrinho e avô postiço de uma grande parte de primos de primeiro e segundo graus. Quando se zanga vira uma fera, mas quando é carinhoso sai de baixo. Fala o que pensa e ai de quem se incomodar que ele reafirma e não pede desculpas! Quando quer carinho, se enrosca que nem gato, vai se aninhando até conseguir! Não suporta fazer nada sozinho, reclama atenção, detesta sentar-se só à mesa e adora fazer um social (dava para se político!). Tem muuuuuuuuuitos contatos, tantos que as pessoas muitas vezes o reconhece através das feições dos filhos. Já pensamos em dar um celular a ele, mas a agenda e os créditos não dariam conta!

Ao mesmo tempo que está ficando com uns lundus da idade, não deixa de admirar a natureza, de ouvir música, fazer a gente assistir Chaplin ou Zé Lezinho e rir e repetir as cenas e as piadas. Sempre aconselhou que o que a gente escolhesse para nossa vida, se desse errado, seria primeiramente pior para a gente e depois para ele e minha mãe. Nos educou para respeitar incondicionalmente os mais velhos e se abastece de brincadeiras, que inventa ou repete pacientemente com Farturinha ou com esses príncipezinhos da fotografia. É bom vizinho e para tudo para ajudar qualquer pessoas. Não tem detector muito bom de falsidade, e por isso já teve alguns aborrecimentos. Se preocupa principalmente com a felicidade dos filhos e consegue ver claramente se a gente está bem ou não e vai com delicadeza tentado ajudar. Ele é uma companhia para toda a vida (minha mãe que o dia nesses 35 anos de casados) e eu desejo que se cumpra a palavra do Senhor que diz:

"Honra teu pai e tua mãe,
para que teus dias se prolonguem
sobre a terra que te dá o Senhor, teu Deus". (Êxodo 20,12)

domingo, 5 de agosto de 2012

AMAR NÃO ACABA


"Hoje a gente nem se fala, mas a festa continua". (Chico Buarque)

Essa frase brilhante de "Quem te viu, quem te vê" retrata a realidade do fim dos relacionamentos, difícil de aceitar, por mais amarga que seja. A festa continua, a vida continua, as contas para pagar também! Mas, a melodia das músicas mais saudosas sempre sugere que amaremos para sempre, teremos terno carinho e compaixão daquele que nos deixou por outra, porque não estava tão a fim da gente, ou até mesmo por outro (tempos modernos, infelizmente!).

Clarice Lispector escreveu algo sábio, em meio aos pensamentos cuja compreensão só os críticos da análise morfo-sintática ou coisa mais coeso-literária podem decifrar:

"Sempre me restará amar. Escrever é alguma coisa extremamente forte mas que pode me trair e me abandonar: posso um dia sentir que já escrevi o que é meu lote neste mundo e que eu devo aprender também a parar. Em escrever eu não tenho nenhuma garantia. Ao passo que amar eu posso até a hora de morrer. Amar não acaba. É como se o mundo estivesse a minha espera. E eu vou ao encontro do que me espera".

De fato, amar não acaba! Podemos amar nosso bichinho de estimação, os amigos, nossos pais e estarmos abertos a novas experiências de amor, mas não ficar na de Whitney: "and I will always love you, ohhhh, I will always love you". É lógico, claro e evidente que o amar certa pessoa acaba, mesmo para as mulheres do movimento "mulheres que amam demais". O que muita gente acha que é love forever, na verdade é pena de si mesmo, medo de ficar só, apego, obssessão, loucura ou fixação. A mente e a carne já se acostumaram às sensações que aquele relacionamento causavam e promover novas conexões neurais dá trabalho, e como dá! Ter que aceitar que o lance acabou, jogar fora as cartas, exorcisar a mente e lançar fora as lembranças mais doces é difícil, mas não é impossível. Ter que entender que a pessoa não vai ligar, que os sábados à noite serão intermináveis, que se arrumar pra si mesma é imprescindível, a não ser que você queira ser o espantalho do Mágico de Oz, é preciso. Controlar-se para não ficar fuçando as redes sociais e ficar seguindo a novela da vida alheia do ex, evitar inserir o assunto recorrente nas conversas, evitar contato com a ex-futura sogra é mais que preciso, é quase uma lei, uma cláusula do contrato que se não cumprida é passível de punição.

Aproveitando as olimpíadas, a gente devia mesmo era se espelhar nos atletas, que treinam, investem, se dedicam, mas quando perdem voltam para casa e partem para a próxima competição. Nesses tempos de correria, onde a falta de propósitos e fidelidade tem encerrado os relacionamentos precocemente, vigiar o nosso amor próprio é mais que um dever, uma obrigação.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

SENTIMENTAL

Se a ocasião faz o ladrão, a necessidade faz a relação. De amizade em amizade, adquiri tamanha cultura jamais imaginada e pude externar meus gostos (quase sempre bom, diga-se de passagem!rs), minhas ideias e contemplar a arte de várias maneiras. Entre os vários shows, ballet, recitais, corais e concertos, pude assistir à Ópera do Malando no Carlos Gomes com minha amiga Jaqueline. Inesquecível! Fantástico! Explêndido! Não são esses alguns dos adjetivos que empregam os críticos aos filmes hollywoodianos? Pois que sejamos justos e o apliquemos também à obra de valor inestimável de Chico Buarque, este homem de olhos azuis e alma feminina, que escreve e canta com aquela voz anasalada, e empresta seus versos para tantas divas da MPB interpretarem e imortalizarem seu legado. A propósito, quem duvida que Terezinha foi feita para a dramática Bethânia, que Folhetim foi feita para os agudos de Gal ou que Sentimental foi tecida para vibrar nas cordas vocais de Zizi?

Sentimental, sentimental
Um coração saliente
Bate e bate muito mais que sente
Fica doente
Mas é natural, natural
Que num cochilo de agosto
Surja um outro alguém do sexo oposto
Do sexo oposto, outro alguém


Ontem vi tudo acabado
Meu céu desastrado
Medo, solidão, ciúme
Hoje eu contei as estrelas
E a vida parece um filme


Gemini, gemini, geminiano
Este ano vai ser o seu ano
Ou senão, o destino não quis
Ah, eu hei de ser
Terei de ser
Serei feliz
Serei feliz, feliz


Façam muitas manhãs
Que se o mundo acabar
Eu ainda não fui feliz
Atrapalhem os pés
Dos exércitos, dos pelotões
Eu não fui feliz
Desmantelem no cais
Os navios de guerra
Eu ainda não fui feliz
Paralisem no céu
Todos os aviões
É urgente, eu não fui feliz
Tenho dezesseis anos
Sou morena clara
Atraente
E sentimental
Sentimental, sentimental

quinta-feira, 26 de julho de 2012

TEMPO DE LEITURA

"Ler é uma das poucas formas de solidão socialmente aceitas por um mundo que tende a suspeitar das atividades em singular" (Rodrigo Fresán)

Sou cliente do Yahoo Mail desde que me conheço por internauta e, apesar das reportagens abobrinha e fofocas mal elaboradas das celebridades, do sistema de busca se perder até dentro do seu próprio site, de vezzzzzz em quando eu encontro alguma coluna que merece minha leitura. Com muito custo, descobri no canto direito lá no finzinho da página, o link dos Blogs dos Colunistas que realmente escrevem coisas interessantes. Merecem destaque as colunas Coisas do Cortez, Zoropa e Vi na Internet, de onde extraí a notícia não tão recente, mas não menos interessante. Trata-se de "O livro que não pode esperar" que precisa ser lido em até 60 dias, uma vez iniciada a sua leitura, senão as letras desaparecem. Interessante a ideia e o objetivo da campanha de uma editora argentina, mas para quem lê à prestação, vai ficar no vermelho, ou melhor, no branco, literalmente!

Enquanto escrevia esse post e vasculhava onde o Yahoo recolocou os Blogs, achei essa aqui saída do forno. "Cheiro de livro novo é um aroma marcante. Muita gente, ao  comprar um livro novo, abre as páginas e sente o cheiro do papel e da tinta daquelas páginas recém-saídas da livraria. Batizado de Paper Passion, o perfume é o presente ideal para aquele seu amigo que gosta de livros." Quem sabe os sebos não usam esse produto como Bom Ar!

sábado, 14 de julho de 2012

DEIXA CHOVER

Enquanto os galos da vizinha erram o horário de cantar e me despertam na hora em que me recolho, aproveito o inverno, essa estação deliciosa de hibernações a qualquer hora, sopas e leite caramelado para descansar meu coração e limpá-lo das desventuras e aborrecimentos inevitáveis que às vezes me assaltam.

Arrumei os livros na estante e continuo com a mania de ler mais de um ao mesmo tempo sobre os mais variados temas, sendo os mais recorrentes ciência e espiritualidade. Joguei muita coisa fora, coloquei muita coisa no lugar, achei coisas que nem lembrava mais que eu tinha e, para não balançar demais o coração na faxina de fim de verão (considerando que em Paulo Afonso o inverno só acena uns chuviscos e o termômetro só despenca à noite), a realizei por etapas. Entre um espirro e outro recusei ou atendi telefonemas, criei a lista de leitura e de AV (a ver) dos livros e filmes no nicho da espera. Limpei as gavetas, que ficaram bem mais leves, e não só contribui com os catadores de papel, como também segui a linha da leitura sustentável doando as palavras que já me fizeram bem, ou roupas que podem vestir os que precisam. No meio desse desacato à ordem, um dos ganhos das leituras foi a Revista Vida Simples, onde achei um artigo que falava o seguinte:

"Passamos a maioria do tempo nos esforçando para correr ao lado do rio da vida, segurando complexas análises de suas águas. Ora, qual o melhor modo de igualar nossa velocidade à do rio? Pular.

Para desembaraçar um fio, você pode puxá-lo e remover nó a nó. Ou pode afrouxar, balançar, deixá-lo cair e se surpreender quando perceber que ele não estava emaranhado de fato. Nossos ancestrais taoístas já ensinavam a não-ação: faça menos para que as coisas possam se fazer. 
Melhor que fazer nossa ondinha numa piscina de plástico, nossa revolução pessoal talvez seja esperar por grandes ondas. Dar um passo e deixar o céu se mover. Travar diálogo com o que nos rodeia." (Gustavo Gitti)
Lembrei da cadeira de balanço de minha avó Marina, que ía e vinha à tarde com ela a cumprimentar quem passava e a nos vigiar nas brincadeiras das férias. Quando ela saía da cadeira eu sempre dava um jeito de sultilmente tomar posse antes que um dos meus primos a vissem vazia, e como era mágico os instantes que ali passava com a brisa a beijar o rosto. Hoje, com a correria do mundo fast, as pessoas pagam psicólogos para tratarem suas agruras, pacotes de viagem para relaxar em praias e se preenchem de todo jeito quando deveriam se esvaziar. Diz o Evangelho (apócrifo) de Tomaso:
"Se você expressar o que está dentro de você
o que você expressar irá salvá-lo.
Se você não expressar o que está dentro de você
o que você não expressar irá destruí-lo"
Por enquanto, enquanto em vários lugares do mundo as pessoas aproveitam o verão, aqui estou aproveitando ao máximo o inverno e essa calmaria para refletir, acalmar as tsunamis. Quando vem a chuva e a vejo caindo, deixo que ela leve e lave também o que não quero mais dentro de mim, e do jeito que adoro essas manifestações da natureza, quanto mais rajadas de vento melhor. Gosto ainda de sentir o calor do sol que tira a umidade no meio da tarde, do céu límpido repentino (olha lá! o sol abriu!) e das nuvens lilazes ou roxas (painho, como é que a gente sabe que vai chover?). E assim sei que essa estação assim sentida dará muitos frutos, a seu tempo, na primavera ou no outono, e quiçá no próximo inverno, pois como diz a melodia de João Bosco: "até que tudo revolva por si novas canções vão surgir". 
  

segunda-feira, 9 de julho de 2012

LUZ NAS VIELAS















Tistu tentava florir o mundo, Gentileza deixou um legado, os Gêmeos transformaram um castelo de pedras cinzas numa visão psicodélica no meio da Floresta e o Grupo Boa Mistura pintou de palavras e tintas as paredes de alguns pontos de Vila Brasilândia, uma das maiores favelas de São Paulo. Através de cores fortes e de palavras como amor, doçura, firmeza, orgulho e beleza eles procuraram dar um quê de esperança aos 300 mil moradores que ali residem.


Eles aproveitaram os altos e baixos da topografia irregular inerente a esses lugares, a participação dos moradores e lá deixaram impressas essas palavras traduzindo um pouco do que de bom existe em cada um de nós, dando ao caos de construções feitas com o suor de trabalhores e faxineiras e sonhadores um tom de poesia ao concreto do dia.




segunda-feira, 18 de junho de 2012

DO THE BEST YOU CAN!



"Era uma vez, numa terra muito distante, uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima. Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico. Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre.

Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma: - Eu, hein?... nem morta!" (Luís Fernando Veríssimo)

Esse conto moderno é muito bom para refletir, divagar, comentar sobre as escolhas de cada um. Tenho ouvido ao longo dos anos do meu interstício juvenil pessoas reclamando, lamentando o fato de terem se casado, ou terem sido mães muito cedo ou terem se dedicado menos aos livros.

As escolhas quase sempre são feitas sob pressão 1 atm (ao nível do mar) ou no vácuo (pressão zero), nem mais nem menos, mas fico triste ao ver colocações depreciativas, principalmente da parte dos casados, que muitas vezes fazem uma propaganda negativa do casamento, mas não arredam o pé da relação nem que a vaca tussa: falam da dificuldade de criar os filhos, mas se desmancham de gosto quando o filho aprende uma nova palavra; falam das dificuldades financeiras, mas no fim das contas dá tudo certo e lá estão a se divertir com seus parceiros na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê.

O pior é quando começa o momento projeção (se fosse de filme era bom!), seguido de alertas que não me servem de nada. "Olha só, aproveite agora que você é solteira para conhecer o mundo, fazer suas viagens, porque quando você for mãe não poderá mais", ou "aproveite para dormir agora, porque quero ver como vai ser quando você for mãe" (e eu recorro aos bons modos para não responder que poderei pagar 2 babás quando e se isso acontecer!). Tem ainda o grupo das pessoas que acham que eu estou solteira porque estudei demais, mas para me consolar dizem: "bem fez você que estudou e agora está aí com tudo, mas vê se arranja alguém, você merece ser feliz". Sinceramente, se eu fosse responder à altura, amizades teriam sido desfeitas e pessoas até hoje estariam no psicólogo com o som das minhas respostas ressoando nos ouvidos. Antes eu ficava chocada, mas hoje não movo um só esforço para respondê-las: simplesmente fico em silêncio, porque para perguntas ou colocações desse nível eu não tenho palavras que atinjam o mesmo grau de inteligência.

Existe ainda uma lenda de que as pessoas solteiras tem mais tempo livre e podem assumir mais compromissos na igreja, no trabalho ou ser o burro de carga da família. Eu costumo elogiar minhas amigas e colegas de trabalho e compreendo suas rotinas de mãe-esposa-profissional, mas cada uma fez suas escolhas e na hora de assumir tarefas eu só as assumo se forem interessantes para mim. Se eu uso meu tempo livre para dormir, ver filme, sair ou praticar o nadismo é problema meu, exclusivamente meu e não minha culpa, minha tão grande culpa.

Na termodinâmica, o sistema realiza trabalho ou trabalho é realizado sobre o sistema, a depender do calor adicionado ou removido ao mesmo, resultando numa variação de energia interna negativa ou positiva. Do mesmo modo, na vida escolhas são feitas e desafios são adicionados à rotina, como fazer uma faculdade, casar, ter filhos (não necessariamente nessa ordem!) e isso pode gerar satisfação no balanço final. Ou ainda, fatos ocorrem que levam a gente a seguir um caminho muitas vezes não programado, o que pode trazer satisfação também, desde que se procure ver o que há de bom, o que se pode colher de positivo. Há ainda uma situação em que calor não é trocado, mas ainda assim existe variação de energia interna mensurável, ou seja, de tudo se aproveita algo.

Em suma, há uma expressão bem boba e conhecida dos filmes americanos em que um pai diz ao filho: "se a vida lhe der um limão, faça uma limonada!" Seja uma limonada, uma mousse, uma tortelete, um bolo Huck (à la Dona Márcia), a escolha do que fazer com o limão é de cada um. 

terça-feira, 12 de junho de 2012

ESTRAÑO


Esses dias estava tendo Ronaldinho Gaúcho demais nos jornais. Normale! Após ser interada da inútil notícia sobre a troca de time de mais uma estrela do povão, mainha comentou que o Flamengo se pronunciou da seguinte forma acerca da troca: "foram duas alegrias, uma na chegada e outra na saída".

Fui almoçar e lembrei logo dos fins de relacionamentos, que na maioria das vezes mesmo que se converse, discuta, dialogue não dá para no dia seguinte acordar radiante e deletar os dias juntos, as lembranças, a rotina, as grandes causas ou até os detalhes que costuravam essa relação. Não é todo dia que se ouve Depois (Marisa Monte) e se admira só a poesia da música. Eu defendo a tese de que sempre uma das partes sai prejudicada, mas vejam bem: eu estou falando de sentimento, não desses romances instantâneos que só duram de zero hora às seis.

Voltando à fala do Flamengo, quando alguém chega em nossa vida e nos desperta para novas sensações (algumas já velhas conhecidas) é tudo maravilhoso: horizontes se abrem, novas possibilidades (o delírio do INFJ), nova agenda, mais horas no espelho e a festa dos sentidos se manifesta. Mas se as coisas desandam caímos no risco de murmurar Grand' Hotel (Kid Abelha), amargar uns dias sem sol mesmo residindo no nordeste brasileiro e ter que arrumar sozinha a casa. Vão-se as cartas, as músicas, as poesias, mas fica o nome, e "é estranho, como é estranho esquecer um nome" (Nenhum de Nós).

No dia seguinte à troca do Ronaldinho, deu na Record que Belo estaria movendo uma ação na justiça para sua ex ser proibida de falar seu nome ou algo relacionado à história deles no Reality Show recentemente no ar. Mais uma vez fiquei pensando a tal questão das duas alegrias...amor e ódio, amizade e ingratidão, paixão e traição caminham próximos e basta uma faísca para a reação acontecer. Eu sempre digo a alguém que pede conselho que cada um leva um tempo para entender, aceitar, se consolar ou ser consolado, equilibrar as emoções e passar ileso pelo outro num restaurante ou na padaria. É preciso respeito da outra parte e respeitar-se também, cerrar os lábios para não ficar falando mal de quem lhe fez bem, embora às vezes seja muito difícil não praguejar e queimar o filme do ex.

Seria muito plácido, belo e nobre se levássemos adiante apenas o que aprendemos, o que nos foi acrescentado ou o que doamos, os momentos felizes, o sentimento que se permitiu sentir, mesmo que não correspondido à altura. Seria ainda mais sereno, etéreo e doce se ficassem apenas as boas lembranças, os degraus alcançados em maturidade e as risadas desferidas, longe das mágoas e nódoas e da perfeição que só faz estragos, "só que o esquecimento é tão longo". Mas na voz de Clara Nunes ou de Seu Jorge:

"O sol há de brilhar mais uma vez
A luz há de chegar aos corações
Do mal será cremada a semente
O amor será eterno novamente"

domingo, 10 de junho de 2012

QUADRILHA


João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, 
Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre,
Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história. (Drummond)

Há alguns anos atrás, eu e um grupo que nunca mais se reunirá, estávamos acampados numa serra tomando vinho e comendo uns petiscos. De repente, o visionário da turma começou a fazer previsões e uma delas ele quase acertou: a que eu seria diretora de um CEFET na Bahia (ainda se chamava assim naquele ano de 1999). Nove anos mais tarde, após movimentos de rotação e translação, a menina da Rua do Sol estaria tomando posse em um IF na própria cidade.

Sobre o grupo, dois se especializaram e voltaram para dar frutos na sua terra; a namoradinha do visionário cansou de segui-lo, esbarrou em um escocês e hoje reside feliz para sempre na Suíça; e quanto ao visionário, soube que anda aprontando e publicando até livro em Cambridge, como um engenheiro químico literário nato que é.



segunda-feira, 28 de maio de 2012

DOSSIÊ FACEBURRISON

Após inúmeros apelos de meus amigos, eis que resolvi fazer a tal conta no Faceburrison!

O que encontrei lá? Amigos novos e velhos, pessoas ansiosas em ampliar sua network, gente legal, gente inteligente, gente boba, gente vazia que só copia e cola (nada original), gente que arrasta multidão, gente que não sabe o que quer e fica enfeitando sua linha do tempo com ideias anacrônicas no melhor estilo Cazuza: " suas ideias não correspondem aos fatos".

No início, minha caixa de entrada ficava poluída com a atualização da atualização, ou seja, quer dar pista pra sequestrador? Siga alguém no Face! Quer conquistar alguém carente? Siga alguém no Face! Quer piorar suas relações interpessoais? Siga alguém no Face!

É simples! Basta sair adicionando qualquer pessoa que achar legal, e nisso o Orkut era bem melhor, porque lá você podia pelo menos deixar um recadinho de apresentação!Então logo você verá tudo que esta pessoa posta na sua página principal. Lá tem a pergunta: "no que você está pensando?", mas as pessoas só pensam em imagens, charges, brincadeirinhas bobas, etc. São muito ocupadas para responderem um email ou o link de mensagens (uma forma de email curto), mas quando entram no Face vão disparando compartilhamentos e cópias dos gostos dos outros. Na verdade, o Face desenterrou os emails antigos que mandávamos ao Spam e fez nascer uma nova classe de artistas amadores virtuais, novos Glaucos e Ziraldos da nova era retrógada da comunicação!

Bem faz o Obvious ao comentar:

"A partilha de informações ganhou proporções nunca imaginadas com a popularização das redes sociais. Ganhamos agilidade na troca de informações e estamos mais próximos. Mas a troca indiscriminada de informações descontextualizadas e humor portátil deixa uma questão em aberto: estamos perdendo o senso crítico?"

Ou Renato Lira ao criticar:

Facebook...O lugar mais imprevisível do mundo virtual...
Vinicius de Moraes citando Camões, Lispector citando Leminski, Nietzsche sendo religioso, capitalistas citando Marx, Gandhi empatando em sabedoria com Johnny Depp e "O melhor melhor do mundo", Lennon ficando famoso por uma composição de Harrison (Esse foi erro meu), aparecer do nada o "Para Nossa Alegria", Caio F. Abreu e Thalita Rebolças (Não vou procurar saber se o nome está correto...) serem os "tampas" da literatura (Cadê os Neruda, Guilherme de Almeida, Shakespeare e Drummond?)...E quase ninguém nota...


Nas linhas do tempo, podemos encontrar várias formas de apresentação estilo: diga quem você é em uma imagem, ou melhor, uma imagem vale mais que mil palavras! Tem a "momento ricos e famosos", a "solteira carente procura", a "eu amo meu cachorro", a "por favor, olha pra mim", isso para não falar das fotos "aquecimento de aula de ed. física" (pescoço p/ um lado ou p/ o outro) ou a "ai, minha lordose" (quase pôse de calendário de borracharia)!

Os ícones costumam fazer greve e sumir de vez em quando, não importa se você está usando o Internet Explorer ou o Mozilla, o chat vive dizendo que eu estou on line mas ao mesmo tempo off line (não achei ainda essa opção de sumir!), e frequentemente eu leio essa mensagem no canto direito: "Flávia, mais amigos estão esperando o seu convite"...para quê? Para uma viagem internacional? Só se for, porque eles já são meus amigos de longa data e foram os primeiros a serem adicionados. Mais uma burrice do Facebook!

Os anúncios são a grande jogada de Mark Alguma Coisa, porque lá vai um bando de gente "curtir"  (por que ainda não criaram o aplicativo "não curtir"?) Dafitti, Emagreça Já! (com uma cara de uma mulher que nunca foi gorda!), Colgate (olha só como pasta de dente ficou importante), L'Oreal, Bradesco, e um monte de coisa que todo mundo já vê na TV ou no Supermercado. É como o twitter! Aliás, é pior! É alienação pura! Dá as pessoas a ilusão de serem antenadas por "curtirem" os famosos, os produtos que muitas vezes não podem ter, porque convenhamos que ninguém cresce na vida divulgando a marca do xampu.

Então, o que foi mesmo que eu aprendi em 1 mês de Facebook? A ficar mais isolada, pois para atender às mil solicitações de amizade ou para investigar o que realmente tem de bom em estar ligada a essa rede que mais desconecta que une, eu precisei que ficar horas no meu pc no meu quarto, pois no começo eu realmente me dispus a dar uma trégua e tentar descobrir o que havia que enfeitiçava, prendia e enlaçava as pessoas, fazendo-as começar o dia dando: "Bom dia, facers!" (argh!)

Se isso é ser social, eu sou a pessoa mais antipática do mundo. Aliás, pela minha complacência quase santa eu deveria mais adequadamente ser chamada de anfipática, anfiprótica, anfótera, porque para se dar bem com o universo de pessoas que o Faceburrison me apresenta e suas formas de interação, eu só posso ser mesmo um gênio da comunicação!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

MAIO

Maio já está no final e as chuvas já anunciam um breve inverno no sertão quase polar, onde continuo fazendo longas cartas para ninguém.

O que somos nós afinal se já não nos vemos mais? Estamos longe demais, longe demais de alguma solução, já que quem não se permite tentar, quase nada vive, não erra, não aprende e não é feliz.

Maio já está no final e a folha do calendário anuncia que logo vamos virar mais uma página e chegaremos no meio do ano, e logo mais seis meses se passarão e novamente será natal. E, inevitavelmente, ouviremos Simone nas lojas recheadas de pisca-piscas e papais noéis made in China: então é natal, e o que você fez? O ano termina e começa outra vez.

É hora de se mover pra viver mil vezes mais, esqueça os meses, esqueça os seus finais, esqueça os finais, porque o passado não volta, já passou. Olhe adiante e veja tudo o que você pode ter e se recusa a aceitar as coisas, os fatos, os gostos, os desgostos como eles são, que não há tempo que volte, amor! Vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir!

Eu preciso de alguém sem o qual eu passe mal, sem o qual eu não seja ninguém, eu preciso de alguém. Hey, why you look so sad? Come on and come to me now, I'll stand by you and I won't let nobody hurt you. E eu vou ficar aqui com um bom livro ou com a TV, com meu trabalho e meus amigos. E quando eu sentir saudade, I'll say a little prayer for you.

Junho, Agosto, Setembro, Outubro, Novembro, Dezembro...2013!




quarta-feira, 23 de maio de 2012

SEJA CONSTANTE

Em "A Viagem do Peregrino da Alvorada", Edmund Pevensie tinha que conquistar 7 espadas. Minha orientadora espiritual e amiga, Ir. Maria Rosa "Deinha" disse que eu já tinha conquistado 4! Preciso concentrar meus esforços na conquista das outras 3, e para isso preciso ser constante na fé, nos valores, pois como escutei esses dias de um irmão evangélico: "não abro mão de princípios, nem negocio santidade".

SEJA CONSTANTE (MELISSA)

Se o inimigo quer se levantar
Pra te fazer pensar que é caso perdido
Se abalar a tua fé
Como entenderá que deus é contigo ?
Uma promessa deus faz e não esquece jamais
Seja constante
Constante na fé que mesmo sem ver não se nega a crer

Só uma nuvem lá no céu
Pro crente é sinal de chuva abundante
Mas os teus olhos não vêem que a vitória está logo adiante
Uma promessa deus te faz e não esquece jamais
Seja constante
Constante na fé que mesmo sem ver não se nega a crer

Seja constante
Deus é fiel e não te abandonou
Por seu ungido
O sol e a lua um dia ele parou
Ele é preciso
Não se adianta nem chega atrasado
Seja constante
Não entregue a luta pro inimigo não
Nem pense nisso
Derrota não é coisa de cristão
Foi prometida
Está consumada a tua vitória



sexta-feira, 18 de maio de 2012

WHAT IS INFJ?

Seu modo principal de viver é focado internamente, absorvendo fatos primariamente através da sua intuição. Seu modo secundário é externo, através do qual você lida com as coisas de acordo com a maneira com que você se sente quanto a elas, ou de acordo com a maneira com que elas se encaixam no seu sistema pessoal de valores.

Você é uma pessoa gentil, carinhosa, complexa e altamente intuitiva. Artístico e criativo, você vive num mundo de significados e de possibilidades ocultas. Apenas 1% da população mundial tem características de personalidade como a sua, fazendo desse o tipo mais raro de todos.

Você dá grande importância a ter as coisas organizadas e sistematizadas no seu mundo exterior. Você emprega um grande bocado de sua energia identificando o melhor sistema possível para fazer as coisas acontecerem e constantemente define e redefine as prioridades na sua vida. Por outro lado, você funciona intuitivamente e de maneira totalmente espontânea dentro do seu mundo interior.

Você conhece as coisas através da intuição, sem ser capaz de explicar exatamente por que, e sem ter um conhecimento detalhado do assunto. E você está freqüentemente certo, e sabe quando esse é o caso. Conseqüentemente, você põe muita fé nos seus instintos e nas suas intuições. Isto é algo como um conflito entre seu mundo interno e externo, e possivelmente resultando em você não ser tão organizado quanto a maioria das pessoas que preferem uma vida estruturada. Isso se demonstraria através de sinais de desordem (quando na verdade você teria uma tendência a ter as coisas organizadas), como por exemplo, no caso de uma mesa de trabalho aparentemente bagunçada.

Você tem uma compreensão intuitiva afiadíssima sobre pessoas e situações. Assim, você tem aquele feeling sobre as pessoas, entendendo-as intuitivamente. Como um exemplo extremo, você pode até relatar eventos de ordem sobrenatural, como por exemplo, sentindo algo forte que te diz que houve algum problema uma pessoa amada, e vir a descobrir depois que ele sofreu um acidente de carro. Esse é o tipo de coisa que as outras pessoas podem vir a tirar sarro, mas nem você realmente compreende sua intuição num nível que possa ser transformado em palavras, para que você possa explicar isso aos outros. Conseqüentemente, você acaba escondendo seu “eu interior”, dividindo seus sentimentos apenas com aqueles que você escolher dividir. Você é um indivíduo complexo e profundo, é bastante reservado, e tipicamente difícil de compreender. Você esconde boa parte de suas intenções, e pode ficar guardando dentro de si diversos segredos que você poderá não compartilhar com ninguém.

Mas você é uma pessoa tão genuinamente calorosa quanto é complexa. As pessoas mais próximas a você te querem muito bem e podem enxergar suas qualidades especiais e a profundidade com que você se importa com elas. Assim, você se importa com os sentimentos das outras pessoas e tenta ser gentil, evitando magoá-los. Você é muito sensível a conflitos, e não os tolera com facilidade. Situações que são carregadas de conflito podem te levar do seu estado normal e pacífico para um estado de agitação e raiva elevada. Sob estresse você tende a internalizar os conflitos no seu corpo, podendo desenvolver problemas de saúde.

Por você ter capacidades intuitivas tão fortes, você crê acima de tudo em seus próprios instintos. Isso pode resultar em você se tornar um cabeça-dura e a ignorar as opiniões das outras pessoas, pois você acredita que você está sempre certo. Por outro lado, você é um perfeccionista que sempre se pergunta se está utilizando todo seu potencial. Você raramente está em paz completa consigo mesmo, pois sempre há algo que você pode fazer para evoluir ou para melhorar o mundo à sua volta.

Você acredita em crescimento constante, e geralmente não passa tempo se lembrando das suas conquistas. Você tem um forte sistema de valores, e precisa viver sua vida de acordo com o que sente ser o correto. Com relação ao seu lado emocional, você é de certa maneira gentil e tranqüilo. Por outro lado, você tem altas expectativas de si mesmo, e freqüentemente da sua família, e você não acredita em entrar num acordo quanto aos seus ideais.

Você naturalmente cuida das pessoas, é paciente, zeloso e super-protetor. Você pode ser um ótimo pai/mãe e gostará de criar laços fortes com seus filhos. Você tem altas expectativas deles, e os pressionam para ser o melhor que puderem, e isso pode se manifestar através de atitudes duras e inflexíveis para com eles. Mas, de um modo geral, seus filhos receberão uma educação forte e sincera de você, juntamente de muito carinho.

No ambiente de trabalho, você é atraído por áreas onde você possa ser criativo e trabalhar de uma maneira independente. Você tem uma afinidade natural para a arte, e pode também obter sucesso trabalhando com as ciências, onde você poderá utilizar sua intuição. Você também se dará bem em profissões orientadas à prestação de serviços. Você não é bom em lidar com coisas muito detalhadas ou com tarefas muito delicadas. Assim, você provavelmente tentará evitar esses tipos de situação, ou acabar indo para o lado oposto e se envolver tanto com os detalhes até o ponto de você perder a grande visão do seu propósito com aquilo. Se você tomar o rumo de ser meticuloso com os detalhes, você pode se tornar altamente crítico com as outras pessoas que não são assim tão meticulosas quanto você.

Mas lembre-se: você tem qualidades que pouquíssimos têm. A vida, porém, não será necessariamente mais fácil para você, mas saiba que você é capaz de obter incríveis conquistas pessoais, guiado pelos seus sentimentos profundos.