Índice remissivo, introdução, prefácio e posfácio, notas de rodapé me atraem, chamam a minha atenção. Guardo na memória fotográfica trechos preferidos do lado direito ou esquerdo, canto superior ou inferior. Gosto de cheiro de livro novo, mas respeito igualmente os velhos, usados e marcados pela história de quem os teve. Já vou em 180 aquisições (minhas e para amigos) na Estante Virtual que me traz vida em livros com celulose, manchas, dedicatórias, autógrafos e grifos. A cada nova compra me convenço cada vez mais de que nosso país não é um país de leitores, que muita gente usa (e usa mesmo!) livros como decoração, ou compram coleções das quais mal lerão o primeiro volume. Dos que ficaram comigo, muitos já estão por aí, multiplicando conhecimento e fazendo a alegria de quem os recebeu.
“Eu não sou uma profissional, eu só escrevo quando eu quero. Eu sou uma amadora e faço questão de continuar sendo amadora. Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim…” (Clarice Lispector)
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E cada vez mais percebo que com o boom dos "stories falados" das redes sociais, as pessoas passaram a ler menos, bem menos, quase nada. Eu aqui, velha, recusando-me a aderir a esses modismos, sigo no limbo, no ostracismo, perdida numa avalanche de rostos desconhecidos mas todos quase sempre iguais, procurando seus 15 segundos de fama temporária.
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