A música da abertura é de Gonzaguinha e foi gravada por Maria Bethânia em 1981 e os fãs de ambos sabem que a combinação desses dois é como café com leite, queijo com goiabada, flavonóides e vinho. Para meu deleite e consolo, já está circulando campanhas no Twitter (TIRA, TIRA, TIRA) e a versão da musa tá bombando no Facebook. O poder que as redes sociais tem hoje é inquestionável, mas antes disso o público por telefone, email ou consulta popular já conseguiu mudar os temas de abertura de outros folhetins há uns poucos anos atrás. Mesmo escondida aqui no blog e longe das redes sociais vou ficar na torcida por uma mudança imediata! Só espero que Walcyr Carrasco não resolva fazer jus ao seu sobrenome e mantenha a tortura auditiva diária das nove.
“Eu não sou uma profissional, eu só escrevo quando eu quero. Eu sou uma amadora e faço questão de continuar sendo amadora. Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim…” (Clarice Lispector)
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sexta-feira, 24 de maio de 2013
MARAVIDA
Após 03 dias escutando "vida, vida, vidaaaa" e por amor à minha vida e aos meus ouvidos e lucidez, busquei saber o que o povo anda achando dos gritos e tremidos de Daniel na abertura de Amor à Vida. Não sou noveleira, mas em casa que tem noveleiro a gente aproveita pelo menos a trilha sonora que escuta involuntariamente. Se minha outra irmã, que também não é noveleira, estiver por perto coitado de quem estiver assistindo! São comentários do início ao fim e é claro que rolou um apelo estilo: coloca no mudo quando passarem as vinhetas que eu não aguento mais esse refrão, porque um é suficiente, dois são insuportáveis e três é de cortar os pulsos!
A música da abertura é de Gonzaguinha e foi gravada por Maria Bethânia em 1981 e os fãs de ambos sabem que a combinação desses dois é como café com leite, queijo com goiabada, flavonóides e vinho. Para meu deleite e consolo, já está circulando campanhas no Twitter (TIRA, TIRA, TIRA) e a versão da musa tá bombando no Facebook. O poder que as redes sociais tem hoje é inquestionável, mas antes disso o público por telefone, email ou consulta popular já conseguiu mudar os temas de abertura de outros folhetins há uns poucos anos atrás. Mesmo escondida aqui no blog e longe das redes sociais vou ficar na torcida por uma mudança imediata! Só espero que Walcyr Carrasco não resolva fazer jus ao seu sobrenome e mantenha a tortura auditiva diária das nove.
A música da abertura é de Gonzaguinha e foi gravada por Maria Bethânia em 1981 e os fãs de ambos sabem que a combinação desses dois é como café com leite, queijo com goiabada, flavonóides e vinho. Para meu deleite e consolo, já está circulando campanhas no Twitter (TIRA, TIRA, TIRA) e a versão da musa tá bombando no Facebook. O poder que as redes sociais tem hoje é inquestionável, mas antes disso o público por telefone, email ou consulta popular já conseguiu mudar os temas de abertura de outros folhetins há uns poucos anos atrás. Mesmo escondida aqui no blog e longe das redes sociais vou ficar na torcida por uma mudança imediata! Só espero que Walcyr Carrasco não resolva fazer jus ao seu sobrenome e mantenha a tortura auditiva diária das nove.
domingo, 12 de maio de 2013
PARIS-MANHATTAN
O título desse post e desse filme é composto pelo nome de dois locais muito conhecidos e cenário de inúmeros filmes. O filme foi gravado em Paris, mas se concentra na "vida nossa comum de cada dia" dos personagens e quase nunca em paisagens deslumbrantes da cidade luz. No continente à esquerda está Manhattan, local quase unânime dos filmes de Woody Allen, cuja filosofia está entranhada na vida e nas decisões da protagonista.
Alice é uma mulher bonita e apaixonada pelo seu trabalho como farmacêutica, seu único problema é que continua solteira. Ela se refugia do mundo com a paixão por Woody Allen, chegando ao ponto de recomendar seus filmes às pessoas que procuram a farmácia em busca de algum medicamento e até mesmo conversar com o diretor, em seus pensamentos. A família de Alice insiste em lhe arranjar pretendentes, mas ela constantemente ignora os apelos da família para que se case. No entanto, o encontro com Victor pode mudar a sua vida. Fica aqui a dica de um filme lado B embalado por Bewitched na voz de Ella Fitzgerald!
Alice é uma mulher bonita e apaixonada pelo seu trabalho como farmacêutica, seu único problema é que continua solteira. Ela se refugia do mundo com a paixão por Woody Allen, chegando ao ponto de recomendar seus filmes às pessoas que procuram a farmácia em busca de algum medicamento e até mesmo conversar com o diretor, em seus pensamentos. A família de Alice insiste em lhe arranjar pretendentes, mas ela constantemente ignora os apelos da família para que se case. No entanto, o encontro com Victor pode mudar a sua vida. Fica aqui a dica de um filme lado B embalado por Bewitched na voz de Ella Fitzgerald!
sábado, 11 de maio de 2013
CASAMENTO OU EVENTO?
“Os atos litúrgicos perdem a força quando se tornam eventos sociais.
Um exemplo é o casamento. Muitos casam porque querem a benção de Deus,
mas esse desejo às vezes parece escondido. Em algumas
Igrejas a cerimônia mais parece uma disputa entre a roupa da noiva e a
das madrinhas.”
(Papa Francisco)
Essa frase do Papa Francisco foi divulgada no Fantástico, logo após a cerimônia que o consagrou de fato. Gostei demais da postura dele em relação ao tema, porque ultimamente os casamentos na Igreja Católica viraram um evento mais para baile de 15 anos do que propriamente uma união entre dois seres ditos adultos. Já faz um tempão que quero escrever sobre isso. Então, vamos lá!
# O primeiro problema é que muita gente "acha bonito" casar na igreja, como se fosse um ritual, uma tradição indispensável para compor o álbum de casamento. Para que se casar na igreja se os noivos não frequentam (que dirá participarem!) a igreja a não ser em aniversário, batizado e casamento? Já não bastam as fotos dos milhões de álbuns do facebook, ficam fazendo caras e bocas durante a celebração e inventam um verdadeiro ritual de mau gosto, muitas vezes.
# Infelizmente, o atraso faz parte da nossa cultura. Os noivos deveriam pensar nos convidados e em todo mundo que se organizou para estar no local na hora certinha. No último casamento que fui, cheguei na hora e...fiquei uns 15 min rezando e vigiando a igreja e a decoração. Noutra ocasião, fui ao casamento de uma amiga, a qual alertou a todos: cheguem pontualmente! Eu só entendi o porquê porque cheguei 10 min antes e o noivo foi lá devolver o cheque ao padre, para então se organizarem e entrarem na igreja na hora exata impressa no convite. O padre cansado dos atrasos dos noivos criou essa medida e não é que deu certo? Depois ainda tem gente que acha ruim o fato da igreja tá murchinha e a festa bombando!
# Acho que virou febre, mas eu acho um retrocesso o fato de muitos casamentos nos últimos tempos parecerem uma festa de 15 anos atrasada. Juro a vocês que só falta o momento da troca da boneca pelo salto 15 ou pela plataforma de tchutchuca. Ôps! Por falar em boneca, não é que uma noiva fez isso: uma das mil daminhas entrou com uma boneca carregando as alianças. O que é que falta mais inventarem, hein?
# Vamos à sessão vestimentas e acessórios: noivas e madrinhas, respeitem o ambiente sagrado e moderem seus decotes. Lá vem a noiva toda feliz... toda atochada, o busto saltando pra fora do vestido, um terço decorativo na mão (não sabem nem como segurar, porque nunca rezaram um), arrastando um véu para dar mais pompa ao seu momento único de princesa. Lá vem as madrinhas, muitas vezes em escala de cores escolhida pela habilidosa noiva, a maioria desambientada sem saber se estão numa igreja ou na Sapucaí. Na saída triunfante da noiva (o noivo é só um coadjuvante), uma chuva de arroz em tempo de cegar um ou de detonar o penteado e germinar no laquê, ou ainda as chuvas de corações laminados. Esse é só mais um detalhe brilhante dessa história da vida real que faz inveja aos contos da Disney.
# Que rufem os tambores!!! Peraí, é um casamento ou uma ópera? Ou seria um CD Love Time tocando? Gente, a música do casal pode ser tocada na festa, principalmente se for "eu tenho tanto pra lhe falar", "as metades da laranja, dois amantes, dois irmãos" ou algum flashback dos anos 80 que ganhou uma versão de Gaby Amarantos. Acho que a Som Livre ainda não sacou que ganhará milhões vendendo a versão instrumental de seus artistas mais tocados para casórios e afins.
# Faltou só um detalhe: quem vai pagar por todo esse glamour? Em muitos casos, os padrinhos! Já passou da hora da igreja limitar o número de casais. Tem necessidade de uma casal precisar de 80 assinaturas para comprovar que eles se amam de verdade? No último casamento que fui, presenciei madrinhas enfurecidas pois o padre recolheu o livro de assinaturas quando viu o excesso dos noivos. Isso pra não falar da "taxa" imposta gentilmente aos padrinhos para comprarem o direito de participarem da ala vip no afeto e amizade dos noivos. O valor dava pra comprar um ingresso para o último show de Paul McCartney no Mineirão e ainda pagar a diária do hotel! Ainda bem que no decorrer da festa de arromba não inventaram de fazer a pegadinha "máxima expressão de pobreza" de recolher dinheiro no sapato da noiva ou dos pedaços da gravata, pois se passassem na minha mesa eu ia era pegar uns trocados pra mim.
terça-feira, 7 de maio de 2013
MINHA TURMA
Achei esse texto da Martha Medeiros em uma espécie de Caderno 2 do Jornal O Globo, enquanto esperava uma turma se arrumar pra sair. Estava curtindo as férias e admirando a decoração do saguão do Hotel Imperial (ótimo custo-benefício no Rio), quando vi essa iguaria esperando por minha leitura. Cara de pau que eu sou, pedi ao gerente pra levar para ler com mais calma. Afinal de contas, já era segunda-feira e o destino dela seria provavelmente a reciclagem!
"...e só então percebi que, durante a vida, a gente conhece um mundaréu de pessoas, estabelece variadas trocas de impressões , passei por outras tribos e tal. São homens e mulheres que chegam bem perto de nosso epicentro, nem sempre por escolha, mas porque são parentes de alguém, conhecidos de não sei quem, e que acabam sendo agregados á nossa agenda do celular. Até que o tempo vai mostrando uma dissimulação aqui, uma maldade ali, uma energia pesada, e você se dá conta de que alguns não são da sua turma.
Da série de "Coisas que a gente aprende com o passar dos anos”: abra-se para o novo, mas na hora da intimidade, do papo reto, da confiança , procure sua turma. É fácil reconhecer os integrantes dessa comunidade: são aqueles que falam a sua língua, enxergam o que você vê, entendem o que você nem verbalizou. São aqueles que acham graça das mesmas coisas, que saltam junto na transcendência, que possuem o mesmo repertório. São aqueles que não necessitam de legendas, que estão na mesma sintonia, e cujo histórico bate com o seu. Sua turma é sua ressonância, sua clonagem, é você acrescida e valorizada. Sua turma não exige nota de rodapé, nem resposta na última página. Sua turma equaliza, não é fator de desgaste. Com ela você dança o mesmo compasso, desliza, cresce se expande. Sua turma é sua outra família, aquela, escolhida.
Não tenho mais paciência com o que me exige atuação, com quem me obriga a usar palavras em excesso para ser compreendida. Não tenho mais energia o rapapé, para o rococó, para o servilismo cortês, para o mise-en-scéne social. Não tenho motivo para ser quem não sou, para adaptações de última hora, para adequações tiradas da manga. Não quero mais frequentar estranhos, em cujas piadas não vejo a mínima graça. Não quero ser apresentada, muito prazer e daí por diante dissecar minha árvore genealógica, me explicar os nomes dos meus tataravós, defender posições que me farão passar por boa moça. Não quero mais ser uma convidada surpresa. Se você mandar eu procurar minha turma, acredite, tomarei como carinho."
"...e só então percebi que, durante a vida, a gente conhece um mundaréu de pessoas, estabelece variadas trocas de impressões , passei por outras tribos e tal. São homens e mulheres que chegam bem perto de nosso epicentro, nem sempre por escolha, mas porque são parentes de alguém, conhecidos de não sei quem, e que acabam sendo agregados á nossa agenda do celular. Até que o tempo vai mostrando uma dissimulação aqui, uma maldade ali, uma energia pesada, e você se dá conta de que alguns não são da sua turma.
Da série de "Coisas que a gente aprende com o passar dos anos”: abra-se para o novo, mas na hora da intimidade, do papo reto, da confiança , procure sua turma. É fácil reconhecer os integrantes dessa comunidade: são aqueles que falam a sua língua, enxergam o que você vê, entendem o que você nem verbalizou. São aqueles que acham graça das mesmas coisas, que saltam junto na transcendência, que possuem o mesmo repertório. São aqueles que não necessitam de legendas, que estão na mesma sintonia, e cujo histórico bate com o seu. Sua turma é sua ressonância, sua clonagem, é você acrescida e valorizada. Sua turma não exige nota de rodapé, nem resposta na última página. Sua turma equaliza, não é fator de desgaste. Com ela você dança o mesmo compasso, desliza, cresce se expande. Sua turma é sua outra família, aquela, escolhida.
Não tenho mais paciência com o que me exige atuação, com quem me obriga a usar palavras em excesso para ser compreendida. Não tenho mais energia o rapapé, para o rococó, para o servilismo cortês, para o mise-en-scéne social. Não tenho motivo para ser quem não sou, para adaptações de última hora, para adequações tiradas da manga. Não quero mais frequentar estranhos, em cujas piadas não vejo a mínima graça. Não quero ser apresentada, muito prazer e daí por diante dissecar minha árvore genealógica, me explicar os nomes dos meus tataravós, defender posições que me farão passar por boa moça. Não quero mais ser uma convidada surpresa. Se você mandar eu procurar minha turma, acredite, tomarei como carinho."
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