“Eu não sou uma profissional, eu só escrevo quando eu quero. Eu sou uma amadora e faço questão de continuar sendo amadora. Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim…” (Clarice Lispector)
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domingo, 29 de setembro de 2013
ABRAÇAÇO
Apoio, endosso e abraço essa terapia maravilhosa, cujo partner necessário ao conjunto do tratamento independe do gênero. Tem gente que não sabe abraçar! É tão estranho e engraçado! A pessoa vai toda espontânea e o outro o recebe feito um bolo torto, desnivelado. Como diz minha irmã: é uma invasão na kinesfera do outro, rs. Mas quando há receptividade, é uma comunhão, uma troca que cura! Por isso: ei! hoje eu mando um abraçaço!
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
FINO T(R)ATO
"Etiqueta é a pequena ética de cada dia." (Glória Kalil)
Cheguei mais cedo em casa e nem curto muito o Encontros, mas essa frase valeu por todo o programa de hoje, cujo tema foi relacionamentos com colegas de trabalho. As principais reclamações foram sobre grosseria, omissão e displicência. Lembrei dos meus expedientes nas poucas escolas e universidades que passei, e a cada enquete do programa minha listinha crescia sobre o que mais vi e vejo em ambientes de trabalho:
# Fofoca: a rádio fofoca ou rádio corredor é mais acessada que facebook. É um tal de quem pegou quem, quem ferrou quem, quem se deu mal que Deus me livre! Às vezes me sinto no coliseu, vendo as pessoas serem devoradas pelos leões.
# Celular: esse aparelhinho até poucas décadas atrás era pura ficção científica, mas virou algo onipresente. O pior é que esse trocinho tá cada vez mais equipado e nas reuniões só se vê nego regendo orquestra (movimento coordenado de touch screnn) ou conversando com o vento e um fone eternamente agarrado no ouvido. Mais parecem executivos fazendo grandes negócios! Faço ideia que também se leva o amigo de todas as horas para o setor escatológico da instituição, já que não se pode viver sem ele.
# Internet: não sou jurássica, mas acompanhei a chegada da internet e a febre só piorou depois das redes sociais, que ganhou de lavada do extinto msn em recursos e artifícios para passar/matar o tempo.Quem rendia pouco passou a render muito menos e a fazer mais caras e bocas diante do computador.
# Comida: a hora do lanche é a mais legal, a mais animada. Pessoas vão tomar café e simplesmente entram em um portal secreto que há na copa, só pode!
# Atrasos: ninguém merece travar uma reunião com mais de 20 pessoas, porque uma resolveu desaparecer e quando chega, ainda traz a tarefa incompleta. São dois pesos, duas medidas! "Puxe o saco do chefe e terás a vida ganha" deve ter sido o conselho que essas pessoas receberam de algum livro de mantras empresariais. Infelizmente, tenho aprendido que não adianta se estressar, porque ninguém é punido no final.
# Omissão: uma pessoa omissa, relaxada e descompromissada não rende e ainda trava todo um sistema. A falta de comprometimento, o despreparo e a preguiça aliadas fazem um estrago danado que dá nos nervos!
Mas, como diz uma colega soteropolitana quando o circo pega fogo: relaxe! Pra quê se estressar? Você vive no Brasil e no final tudo acaba em carnaval!
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
PLÁGIO É CRIME!
Também concordo! Esse recadinho de encher os olhos estava no canto inferior direito de um site que oferece consultoria em trabalhos acadêmicos, ou seja, vende monografias, TCC's e similares. A julgar pelo erro sutil, imagine a qualidade do produto oferecido!
PS: O crime foi tão inafiançável que atualmente a página está suspensa por usar indevidamente a sigla ABNT. Eles alegam que "estaremos fazendo" uma transição para um novo SITE.
PS: O crime foi tão inafiançável que atualmente a página está suspensa por usar indevidamente a sigla ABNT. Eles alegam que "estaremos fazendo" uma transição para um novo SITE.
sábado, 14 de setembro de 2013
REALEJO
Há muito tempo não tenho mais paciência para melodramas e tenho preferido os vilões aos mocinhos, mas um versinho bobo vez ou outra sempre me atrai. Vi esse aqui em uma camiseta do grupo O Teatro Mágico e achei bem pertinente, apesar de achar que seja dito popular de domínio público.
Isso me lembrou outro dito que contraria o princípio da atração eletrostática, afirmando que "os opostos se atraem, mas os iguais permanecem juntos". Em uma era de tantas opções, onde quase todos vendem seu peixe em fotos e frases nas redes sociais, as diferenças ficam disfarçadas. Aparentemente, quase tudo se resolve a partir do status e do catálogo de informações disponível. Se por uma lado é fácil descobrir coisas básicas sobre o outro, a ilusão logo é desfeita ao conhecer o personagem em carne e osso, ao sentar-se à mesa e ver os hábitos, ao ouvir aqueles erros gritantes de português e aquele perfume difuso no ar, isso para não falar da música que lhe aguarda no rádio do carro. Tirando esses detalhes coletados das histórias que acompanho dos meus amigos, mesmo que tudo funcione há de haver muita disposição e um sim a cada dia, a compaixão solicitada a Drão por Gil e uma certeza que lhe faz afirmar: "vale a pena!". Há quem diga que o amor tudo suporta...quem falou isso tratou logo de trocar de parceiro na primeira gafe.
PS: Fiquei curiosa sobre os realejos e achei essa iguaria sendo produzida em um atelier na França. Só é escolher o modelo e viajar no "amor da musiquinha" (assim chama meu priminho um porta-joia musical que ganhei em forma de coração).
"Os opostos se distraem e os dispostos se atraem."
Isso me lembrou outro dito que contraria o princípio da atração eletrostática, afirmando que "os opostos se atraem, mas os iguais permanecem juntos". Em uma era de tantas opções, onde quase todos vendem seu peixe em fotos e frases nas redes sociais, as diferenças ficam disfarçadas. Aparentemente, quase tudo se resolve a partir do status e do catálogo de informações disponível. Se por uma lado é fácil descobrir coisas básicas sobre o outro, a ilusão logo é desfeita ao conhecer o personagem em carne e osso, ao sentar-se à mesa e ver os hábitos, ao ouvir aqueles erros gritantes de português e aquele perfume difuso no ar, isso para não falar da música que lhe aguarda no rádio do carro. Tirando esses detalhes coletados das histórias que acompanho dos meus amigos, mesmo que tudo funcione há de haver muita disposição e um sim a cada dia, a compaixão solicitada a Drão por Gil e uma certeza que lhe faz afirmar: "vale a pena!". Há quem diga que o amor tudo suporta...quem falou isso tratou logo de trocar de parceiro na primeira gafe.
PS: Fiquei curiosa sobre os realejos e achei essa iguaria sendo produzida em um atelier na França. Só é escolher o modelo e viajar no "amor da musiquinha" (assim chama meu priminho um porta-joia musical que ganhei em forma de coração).
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
FAZER DA QUEDA POESIA
Quando eu era criança caía muito. Caía tanto que ficava tentando entender como se dava a queda, em que instante e porque sempre atingia mãos, joelhos e cotovelos. Eu caí porque corria...corria mal, mas corria. E tropeçava, criança estabanada e voadora que era, em qualquer pedra minúscula.
O tempo passou e eu nunca, mas nunca mesmo consegui explicar o que se passa nas frações de segundo de uma queda para causar tanto hematoma e rasgos e esfoliações e, e, e etc. Só sei que ontem eu caí feio, em um rigoroso exercício de Pilates e o que era para ser meu momento "eu me amo e cuido de mim" se transformou em pontos na cabeça (02 apenas) e hematomas que se formaram muito rapidamente. Eu fugi, fiz de tudo, argumentei que tinha um ótimo fator de coagulação, que minha pele possuía capacidade exemplar de cicatrização, mas a cada NÃO de quem me examinava, eu tive que aceitar o fato. E lá fui eu com aquela cara de criança emburrada, preparando o discurso para o médico ou a super-enfermeira que viesse querer se vingar do baixo salário em minha madeixas.
E aqui estou ilhada, após lágrimas e resíduos sanguíneos já desencarnados das roupas em pleno meio de semana, desmarcando os compromissos da agenda cheia. Já terminei de ler um livro, já lavei pratos para o corpo não ceder à manha das dores, já alimentei Farturinha, já retornei telefonemas e acabei vindo aqui tentar resolver a vida pelo email. Desocupada que estou, fui buscar uma letra de música no google e terminei por brincar de mais uma invencionice do mundo litero-virtual: poesia do google! O trecho original, que não cheguei a completar, era "sou então cidade fortificada", em alusão ao livro de Jeremias, a qual não achei de jeito nenhum, mas o que o google sugeriu serviu de estreia nesse estilo de compor. Agora é só descansar e deixar a dor passar.
O tempo passou e eu nunca, mas nunca mesmo consegui explicar o que se passa nas frações de segundo de uma queda para causar tanto hematoma e rasgos e esfoliações e, e, e etc. Só sei que ontem eu caí feio, em um rigoroso exercício de Pilates e o que era para ser meu momento "eu me amo e cuido de mim" se transformou em pontos na cabeça (02 apenas) e hematomas que se formaram muito rapidamente. Eu fugi, fiz de tudo, argumentei que tinha um ótimo fator de coagulação, que minha pele possuía capacidade exemplar de cicatrização, mas a cada NÃO de quem me examinava, eu tive que aceitar o fato. E lá fui eu com aquela cara de criança emburrada, preparando o discurso para o médico ou a super-enfermeira que viesse querer se vingar do baixo salário em minha madeixas.
E aqui estou ilhada, após lágrimas e resíduos sanguíneos já desencarnados das roupas em pleno meio de semana, desmarcando os compromissos da agenda cheia. Já terminei de ler um livro, já lavei pratos para o corpo não ceder à manha das dores, já alimentei Farturinha, já retornei telefonemas e acabei vindo aqui tentar resolver a vida pelo email. Desocupada que estou, fui buscar uma letra de música no google e terminei por brincar de mais uma invencionice do mundo litero-virtual: poesia do google! O trecho original, que não cheguei a completar, era "sou então cidade fortificada", em alusão ao livro de Jeremias, a qual não achei de jeito nenhum, mas o que o google sugeriu serviu de estreia nesse estilo de compor. Agora é só descansar e deixar a dor passar.
domingo, 1 de setembro de 2013
NA LEITURA DAS HORAS
"Nossa vida é mais feita pelos livros que lemos do que pelas pessoas que
conhecemos”
(Graham Greene)
Retificando e modernizando: minha vida lecionária é feita pelos livros que descubro nos sebos da vida ou que me são indicados pelos amigos, motivada pelos podcasts maravilhosos que me inspiram a compor, pelos torpedos sintéticos, pelos blogs maravilhosos que acompanho aqui na lista de leitura.São alegriazinhas que somadas à existência dos amigos tornam minha vida mais light!
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