"Em japonês há uma palavra chamada kuyashii usada quando alguém te coloca pra baixo ou diz que você não consegue fazer alguma coisa e você fica com aquele desejo ardente de provar que estão erradas. No começo da carreira eu tirava muita motivação disso. Estando numa cozinha só com homens eu tinha de provar que era capaz de ser equiparada ao trabalho deles. Há um sentimento de determinação, de não ser inferior."
“Eu não sou uma profissional, eu só escrevo quando eu quero. Eu sou uma amadora e faço questão de continuar sendo amadora. Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim…” (Clarice Lispector)
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sábado, 30 de dezembro de 2017
CHEF #3: FRANCIS MALLMANN
"Raramente convido pessoas para almoçar ou jantar comigo. Elas são escolhidas a dedo, porque não posso perder tempo com pessoas de que não gosto. Não posso mais fazer isso como teatro. Eu faço escolhas e essa é a beleza do amadurecimento: aprender a dizer não. De forma educada, mas dizer não. Mas amadurecer também tem um pouco disso, poder dizer a verdade, mesmo que machuque."
CHEF #2: DAN BARBER
"Nossa vida não é uma tentativa de preencher um vazio após o outro? Não sei se estou tendo sucesso nisso ou não, mas estou me esforçando muito. Quem sabe onde uma coisa origina e outra termina? Eu não sei...Existe uma vida inteira para isso dar certo."
CHEF #1: MASSIMO BOTTURA
"Se você tem sucesso, se vive um momento de felicidade incrível, a felicidade é muito maior e mais profunda se a dividir com os outros. Ao conquistar isso com alguém, a felicidade, o sentimento é imenso, é em dobro. Essa é a questão."
terça-feira, 5 de dezembro de 2017
EU ERA FELIZ E NÃO SABIA
"Nos fins de tarde, eu pegava tomate ou limão, tacava sal e ficava ali saboreando minhas invenções culinárias até o sol se pôr. Para enganar a fome enquanto o jantar não saía, comia cenoura crua. Também amava doces, claro. Cheguei a devorar colheradas de açúcar diretamente do pote, num momento de distração dos adultos de plantão - bobinhos.
Até que um dia o salmão virou ômega 3, as cenouras se transformaram em betacaroteno e o açúcar mudou o RG para carboidrato. Comer passou a ser um negócio complicado. Os tomates sumiram do meu prato e, no lugar deles, apareceram licopenos Minhas batatas fritas, que eu saboreava com arroz, feijão, bife e salada, se tornaram criminosas. Vi minha vida passar diante dos meus olhos quando soube que aquelas belezinhas crocantes por fora e macias por dentro tinham um monte de gordura e isso não era legal. Comecei a comê-las escondida de mim mesma e fingindo que não pensava nelas diante de um filé de peito de frango grelhado - aliás, me desculpe, o correto é dizer proteína magra.
Alguém mordeu a maçã do pecado original da alimentação e nos condenou às vitaminas e aos antioxidantes. Só pode ser. Mas eu me libertei e estou aqui para dar meu testemunho."
* Extraído do livro "Prato Sujo - como a indústria manipula os alimentos para viciar você" - Márcia Kedouk
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
PARA GIOVANNA HAIG FRANÇA (IN MEMORIAN)
Samba de Pergunta (Astronauta)
Composição: Pingarrilho / Marcos Vasconcelos
Ela agora mora só no pensamento
Ou então no firmamento
Em tudo que no céu viaja
Pode ser um astronauta
Ou ainda um passarinho
Ou virou um pé de vento
Pipa de papel de seda
Ou, quem sabe
Um balãozinho
Pode estar num asteróide
Pode ser a Estrela d'Alva
Que daqui se olha
Pode estar morando em Marte
Nunca mais se soube dela
Desapareceu..
segunda-feira, 20 de novembro de 2017
DEUSA EM NOVEMBRO
Acontece que Cecília apareceu em novembro e desapareceu em novembro. É hora de Lembrar Cecília, a deusa. A qualificação parece exagerada? Foi a melhor que encontrei, depois de muito meditar sobre Cecília. As outras não servem para caracterizá-la bem. Mulher bela? Sim, foi mulher bela. Grande poeta? Claro, foi grande poeta. Mas foi principalmente.. deusa.
Pousou entre nós por um condescendência especial, guardando distância, serena, às vezes sorridente (ah, o sorriso olímpico de seus olhos verdes), mas quem disse que o sorrir dos deuses é promessa de comunhão com os homens? Decerto Cecília viveu a nossa vida, provou dos nossos pratos, deu aula a crianças, conheceu ministros em recepções, considerou o horário dos trens, assinou papéis. Fez de tudo que era necessário fazer para assumir aparentemente condição humana, com direito a carteira de identidade. Mas, se observássemos melhor, sentiríamos que tudo isso eram recursos periféricos, menos para dissimular sua exata natureza, do que para compatibilizar com ela nosso cotidiano pedestre.
Era uma deusa, disto estou convencido, e só não lhe confidenciei minha certeza porque certos mistérios não se revelam. Uma bela mulher é mais do que mulher. Um admirável poeta é mais do que poeta. Cecília Meireles foi as duas entidades e uma terceira, de explicação impossível. E em novembro veio, em novembro se foi. Deusa em novembro.
Carlos Drummond de Andrade, crônica “Deusa em novembro” (fragmento), publicada em 8/11/1969 no Jornal do Brasil.
quarta-feira, 11 de outubro de 2017
#3 - COMO UMA DEUSA x THE POWER OF LOVE
Não bastasse o time feminino dos anos 80 com frequentes aparições televisivas - Gal, Joana, Zizi Possi, Alcione, Adriana "te amar é tão bom", Jane Duboc, entre outras - que botava no chinelo qualquer aspirante a feminejo atual, eis que aparece aos poucos uma figura de perfil exótico, com vocal potente, roupas extravagantes e clipes intoxicados de gelo seco, que dominou as paradas de sucesso brasileira durante semanas, alcançando audiência absoluta também nas rádios. Após gravar uma ou outra canção sem muito sucesso e em 1986 "Nem um toque" ter sido incluída na trilha sonora da novela Roda de Fogo, a apenas Rosana, e atual Rosanah Fienngo - filha de um músico da banda Casanova's - alcançou o estrelato em 1987 através do hit "Como uma deusa", que embalou o o drama da protagonista Jocasta na novela Mandala.
Com o advento do Youtube, achei o clipe igualmente esfumaçado da dupla australiana Air Supply, detentora de vários sucessos. Gravado na praia, com aquela penumbra ou maresia romântica, a letra fala de um amor caliente com uma musa amada e adorada, ao contrário da versão brasileira que hoje poderia ser considerada equivalente a qualquer baladão do empoderamento feminino, fazendo rachar o solado das rasteirinhas das insubmissas. Na verdade, a letra original chama-se "The Power of Love", enquanto o letrista da versão traduziu meio de trás para frente e ficou "O Amor e o Poder". Na verdade de novo, a primeira gravação foi feita por Jennifer Rush, e em seguida por Laura Branigan e Celine Dion, e ganhou até uma versão em espanhol (Si tú eres mi hombre y yo tu mujer) com a dominicana Angela Carrasco.
Após saber de tantas gravações, é justificável que nossa deusa também tivesse suas semanas em alguma Billboard Tupiniquim. E só pra não perder o embalo do flahback, uma vez deusa, sempre deusa, nem que apareça na mídia como candidata a vereadora ou nessa revelação bombástica.
O Amor e o Poder (Como uma deusa) - Rosana
A música na sombra
O ritmo no ar
Um animal que ronda
No véu do luar
Eu saio dos seus olhos
Eu rolo pelo chão
Feito um amor que queima
Magia negra
Sedução
Como uma deusa
Você me mantém
E as coisas que você me diz
Me levam além
Aqui nesse lugar
Não há rainha ou rei
Há uma mulher e um homem
Trocando sonhos fora da lei
Como uma deusa
Você me mantém
E as coisas que você me diz
Me levam além
Tão perto das lendas,
Tão longe do fim
A fim de dividir
No fundo do prazer
O amor e o poder
The Power of Love (You are my lady) - Air Supply
Com o advento do Youtube, achei o clipe igualmente esfumaçado da dupla australiana Air Supply, detentora de vários sucessos. Gravado na praia, com aquela penumbra ou maresia romântica, a letra fala de um amor caliente com uma musa amada e adorada, ao contrário da versão brasileira que hoje poderia ser considerada equivalente a qualquer baladão do empoderamento feminino, fazendo rachar o solado das rasteirinhas das insubmissas. Na verdade, a letra original chama-se "The Power of Love", enquanto o letrista da versão traduziu meio de trás para frente e ficou "O Amor e o Poder". Na verdade de novo, a primeira gravação foi feita por Jennifer Rush, e em seguida por Laura Branigan e Celine Dion, e ganhou até uma versão em espanhol (Si tú eres mi hombre y yo tu mujer) com a dominicana Angela Carrasco.
Após saber de tantas gravações, é justificável que nossa deusa também tivesse suas semanas em alguma Billboard Tupiniquim. E só pra não perder o embalo do flahback, uma vez deusa, sempre deusa, nem que apareça na mídia como candidata a vereadora ou nessa revelação bombástica.
O Amor e o Poder (Como uma deusa) - Rosana
A música na sombra
O ritmo no ar
Um animal que ronda
No véu do luar
Eu saio dos seus olhos
Eu rolo pelo chão
Feito um amor que queima
Magia negra
Sedução
Como uma deusa
Você me mantém
E as coisas que você me diz
Me levam além
Aqui nesse lugar
Não há rainha ou rei
Há uma mulher e um homem
Trocando sonhos fora da lei
Como uma deusa
Você me mantém
E as coisas que você me diz
Me levam além
Tão perto das lendas,
Tão longe do fim
A fim de dividir
No fundo do prazer
O amor e o poder
The Power of Love (You are my lady) - Air Supply
The whispers in the morning
Of lovers sleeping tight
Are rolling by like thunder now
As I look in your eyes
I hold on to your body
And feel each move you make
Your voice is warm and tender
A love that I could not forsake
'Cause you are my lady
And I'm your man
Whenever you reach for me
I'll do all that I can
Lost is how I'm feeling lying in your arms
When the world outside's too
Much to take
That all ends when I'm with you
Even though there may be times
It seems I'm far away
Never wonder where I am
'Cause I am always by your side
'Cause you are my lady
And I'm your man
Whenever you reach for me
I'll do all that I can
We're heading for something
Somewhere I've never been
Sometimes I am frightened
But I'm ready to learn
Of the power of love
The sound of your heart beating
Made it clear suddenly
The feeling that I can't go on
Is light years away
We're heading for something
Somewhere I've never been
Sometimes I am frightened
But I'm ready to learn
Of the power of love
domingo, 8 de outubro de 2017
#2 - O ASTRONAUTA DE MÁRMORE x STARMAN
Em 1989, passou no Fantástico o clipe de uma música que fez até aqueles que torciam o nariz para o boom das bandas de pop rock no Brasil deixarem de lado a resistência e curtirem um pouco o novo som. A melodia era linda e tinha uns altos e baixos bem marcantes com violino, com a letra numa forma quase narrativa: afinal de contas, quem era o astronauta de mármore? Essa banda do sul também teve a música "Sobre o tempo" em uma novela global com causa polêmica, Barriga de Aluguel, e muita coisa boa gravada como "Camila, Camila" e "Extraño", mas é impossível não associar o sucesso da estreia em rede nacional à banda Nenhum de Nós.
Igual a outros casos de sucesso, o "acaso" da sobrevivência e permanência em uma gravadora foi o motivo inspirador da versão, embora sempre tenha a galera purista do contra que sempre tem que fazer a crítica ácida e ficar comparando o que não dá para comparar. Diferente de outros casos históricos de plágio, se o próprio autor autorizou, quem somos nós para questionar? É o que diz Thedy Corrêa nessa entrevista:
"Fomos alvo de amor e de muito ódio. O amor dos que a levaram ao sucesso e o ódio dos críticos e "colegas" que nos acusavam de ter assassinado a canção de Bowie. Ele mesmo não pensou assim, tanto que quando veio ao país – pela primeira vez – no show que realizou em São Paulo, fez referência à nossa versão, convidando as pessoas a cantarem em português se assim quisessem. Alguém poderia – e tinha o direito – gostar ou não do resultado, mas jamais duvidar da honestidade da homenagem!"
O Astronauta de Mármore - Nenhum de Nós
A lua inteira agora
É um manto negro
Oh! Oh!
O fim das vozes no meu rádio
Oh! Oh!
São quatro ciclos
No escuro deserto do céu
Quero um machado
Pra quebrar o gelo
Oh! Oh!
Quero acordar
Do sonho agora mesmo
Oh! Oh!
Quero uma chance
De tentar viver sem dor
Sempre estar lá
E ver ele voltar
Não era mais o mesmo
Mas estava em seu lugar
Sempre estar lá
E ver ele voltar
O tolo teme a noite
Como a noite
Vai temer o fogo
Vou chorar sem medo
Vou lembrar do tempo
De onde eu via o mundo azul
A trajetória
Escapa o risco nu
Uh! Uh!
As nuvens queimam o céu
Nariz azul
Uh! Uh!
Desculpe estranho
Eu voltei mais puro do céu
A lua o lado escuro
É sempre igual
Al! Al!
No espaço a solidão
É tão normal
Al! Al!
Desculpe estranho
Eu voltei mais puro do céu
Sempre estar lá
E ver ele voltar
Não era mais o mesmo
Mas estava em seu lugar
Sempre estar lá
E ver ele voltar
O tolo teme a noite
Como a noite
Vai temer o fogo
Vou chorar sem medo
Vou lembrar do tempo
De onde eu via o mundo azul
A música original, Starman do britânico David Bowie, foi lançada em 1972 e se tornou também um marco na carreira do artista, ainda mais com a banda naquele visual que se configura até hoje como a marca mais conhecida de Bowie, quase como um ícone. "Starman" é a quarta música do disco que conta a história de um marciano que veio mudar a humanidade com música, paz e amor. Nesta matéria há algumas curiosidades da vida e obra do cantor, que também deixou em seu legado participações no cinema, e lançou um musical e um clipe do seu último trabalho às vésperas da sua partida, como se fosse uma consciente despedida.
Starman - David Bowie
Igual a outros casos de sucesso, o "acaso" da sobrevivência e permanência em uma gravadora foi o motivo inspirador da versão, embora sempre tenha a galera purista do contra que sempre tem que fazer a crítica ácida e ficar comparando o que não dá para comparar. Diferente de outros casos históricos de plágio, se o próprio autor autorizou, quem somos nós para questionar? É o que diz Thedy Corrêa nessa entrevista:
"Fomos alvo de amor e de muito ódio. O amor dos que a levaram ao sucesso e o ódio dos críticos e "colegas" que nos acusavam de ter assassinado a canção de Bowie. Ele mesmo não pensou assim, tanto que quando veio ao país – pela primeira vez – no show que realizou em São Paulo, fez referência à nossa versão, convidando as pessoas a cantarem em português se assim quisessem. Alguém poderia – e tinha o direito – gostar ou não do resultado, mas jamais duvidar da honestidade da homenagem!"
O Astronauta de Mármore - Nenhum de Nós
A lua inteira agora
É um manto negro
Oh! Oh!
O fim das vozes no meu rádio
Oh! Oh!
São quatro ciclos
No escuro deserto do céu
Quero um machado
Pra quebrar o gelo
Oh! Oh!
Quero acordar
Do sonho agora mesmo
Oh! Oh!
Quero uma chance
De tentar viver sem dor
Sempre estar lá
E ver ele voltar
Não era mais o mesmo
Mas estava em seu lugar
Sempre estar lá
E ver ele voltar
O tolo teme a noite
Como a noite
Vai temer o fogo
Vou chorar sem medo
Vou lembrar do tempo
De onde eu via o mundo azul
A trajetória
Escapa o risco nu
Uh! Uh!
As nuvens queimam o céu
Nariz azul
Uh! Uh!
Desculpe estranho
Eu voltei mais puro do céu
A lua o lado escuro
É sempre igual
Al! Al!
No espaço a solidão
É tão normal
Al! Al!
Desculpe estranho
Eu voltei mais puro do céu
Sempre estar lá
E ver ele voltar
Não era mais o mesmo
Mas estava em seu lugar
Sempre estar lá
E ver ele voltar
O tolo teme a noite
Como a noite
Vai temer o fogo
Vou chorar sem medo
Vou lembrar do tempo
De onde eu via o mundo azul
A música original, Starman do britânico David Bowie, foi lançada em 1972 e se tornou também um marco na carreira do artista, ainda mais com a banda naquele visual que se configura até hoje como a marca mais conhecida de Bowie, quase como um ícone. "Starman" é a quarta música do disco que conta a história de um marciano que veio mudar a humanidade com música, paz e amor. Nesta matéria há algumas curiosidades da vida e obra do cantor, que também deixou em seu legado participações no cinema, e lançou um musical e um clipe do seu último trabalho às vésperas da sua partida, como se fosse uma consciente despedida.
Starman - David Bowie
Didn't know what time it was and the lights were low
I leaned back on my radio
Some cat was layin' down some get it on rock 'n' roll, he said
Then the loud sound did seem to fade
Came back like a slow voice on a wave of phase haze
That weren't no D.J. that was hazy cosmic jive
I leaned back on my radio
Some cat was layin' down some get it on rock 'n' roll, he said
Then the loud sound did seem to fade
Came back like a slow voice on a wave of phase haze
That weren't no D.J. that was hazy cosmic jive
There's a starman waiting in the sky
He'd like to come and meet us
But he thinks he'd blow our minds
There's a starman waiting in the sky
He's told us not to blow it
Cause he knows it's all worthwhile
He told me:
He'd like to come and meet us
But he thinks he'd blow our minds
There's a starman waiting in the sky
He's told us not to blow it
Cause he knows it's all worthwhile
He told me:
Let the children lose it
Let the children use it
Let all the children boogie
Let the children use it
Let all the children boogie
I had to phone someone so I picked on you
Hey, that's far out so you heard him too
Switch on the TV we may pick him up on channel two
Look out your window I can see his light
If we can sparkle he may land tonight
Don't tell your poppa or he'll get us locked up in fright
Hey, that's far out so you heard him too
Switch on the TV we may pick him up on channel two
Look out your window I can see his light
If we can sparkle he may land tonight
Don't tell your poppa or he'll get us locked up in fright
sábado, 7 de outubro de 2017
#1- MEU MEL x MUSIC
Nos anos 80, a TV é quase exclusivamente o modo dos brasileiros conhecerem um artista e ver sua performance, conhecer um pouco de sua história e pegar carona nas modas e tendências lançadas no combo. Embora existisse a mídia impressa, foi no Chacrinha, Globo de Ouro e, posteriormente, no Xou da Xuxa que aqui em casa a gente se divertia vendo as caras e bocas e a emoção da plateia. Cenas como minhas tias vidradas vendo o boy magia cantando aquele playback fajuto e anotando a letra da música, mainha largando a máquina de costura ou as panelas para ver Roupa Nova, ou as empregadas que paravam tudo para cantar as músicas, sendo que uma delas emocionada causou um grande prejuízo ao derrubar e danificar o rádio de painho marcaram minha infância.
Eu guardo essas memórias de ouvir muitas vezes ao dia as músicas que "estouravam nas paradas de sucesso" e só com a internet foi possível desvendar o mistério, ou seja, as verdadeiras músicas cujas versões ficaram marcadas como originais na minha memória musical. Confesso que me desiludi um pouco, mas também que nossas "criações" não deixam a desejar, e aproveitei para fazer aqui uma série com histórias, letras, vídeos e lembranças dessas canções.
Em 1987, Markinhos Moura ainda era Marquinhos Moura e tocava sua glicêmica Meu Mel em todas as rádios do país e programas de televisão, reunindo os quatro elementos para que a alquimia desse certo e incendiasse os corações juvenis dos anos 80: cabelo com topete descolorido + brinco na orelha + olhar carente + porte físico frágil numa aparência meio andrógina. Infelizmente, esse mel não foi tão doce assim, mas lhe trouxe a público e nesta entrevista quase biográfica, ele descreve os altos e baixos de sua vida e carreira. Embora tivesse a bagagem do teatro e o gosto requintado, Meu Mel fez parte de seu repertório por uma questão de sobrevivência, mas acabou lhe consagrando como um one-hit wonder.
Meu Mel-Marquinhos Moura
Fica comigo meu mel
Tire o adeus das mãos
Não me entregue à solidão meu mel
Porque eu preciso de você.
Lembra da nossa canção, dos nossos sonhos enfim,
O que fazer de tantas coisas sem ter você um pedaço bom de mim
Meu mel não diga adeus, eu tenho tanto
Medo, de ficar sem o seu amor
E pra sempre ser um ser só
Não vá, não saia de mim, eu enlouqueço de vez
Chega mais pra eu olhar no seu olhar
E pedir mais uma vez,
Meu mel não diga adeus,
Eu tenho tanto medo de ficar sem o seu amor,
E pra sempre ser um ser só
A música original e também açucarada é "Music" do francês F.R. David, que foi lançada em 1983 e em 1987 fez parte da trilha sonora internacional da novela Brega & Chique. Eu lembro dessa novela com o cara "pelado, pelado, nu com a mão no bolso" na abertura, mas juro que não lembro dessa música tocando no rádio, só de Now and Forever de Jimmy Cliff, que foi o musicão estilo "We are the word" daquele ano em todas as fitas K7, radiolas, bares e bailes da época. Confira agora a declaração de amor de David pela "Music"!
Music - F.R. David
Music you're making me blue
While i'm alone without you
Fill my heart and fill my soul
With tenderness
Music fill my loneness
Music is still all around
It's time for changing all the sounds
How about your inspiration
It'll never end
Seasons all will choke a man
(chorus)
When spring is near the end
I hear reliefs of summer
Autumn brings rhythm of the rain
Then it's hazy shade of winter
Music i love you so true
I'm just crazy about you
Without you i'd feel so sad
And full of pain
Music please come back again
Eu guardo essas memórias de ouvir muitas vezes ao dia as músicas que "estouravam nas paradas de sucesso" e só com a internet foi possível desvendar o mistério, ou seja, as verdadeiras músicas cujas versões ficaram marcadas como originais na minha memória musical. Confesso que me desiludi um pouco, mas também que nossas "criações" não deixam a desejar, e aproveitei para fazer aqui uma série com histórias, letras, vídeos e lembranças dessas canções.
Em 1987, Markinhos Moura ainda era Marquinhos Moura e tocava sua glicêmica Meu Mel em todas as rádios do país e programas de televisão, reunindo os quatro elementos para que a alquimia desse certo e incendiasse os corações juvenis dos anos 80: cabelo com topete descolorido + brinco na orelha + olhar carente + porte físico frágil numa aparência meio andrógina. Infelizmente, esse mel não foi tão doce assim, mas lhe trouxe a público e nesta entrevista quase biográfica, ele descreve os altos e baixos de sua vida e carreira. Embora tivesse a bagagem do teatro e o gosto requintado, Meu Mel fez parte de seu repertório por uma questão de sobrevivência, mas acabou lhe consagrando como um one-hit wonder.
Meu Mel-Marquinhos Moura
Fica comigo meu mel
Tire o adeus das mãos
Não me entregue à solidão meu mel
Porque eu preciso de você.
Lembra da nossa canção, dos nossos sonhos enfim,
O que fazer de tantas coisas sem ter você um pedaço bom de mim
Meu mel não diga adeus, eu tenho tanto
Medo, de ficar sem o seu amor
E pra sempre ser um ser só
Não vá, não saia de mim, eu enlouqueço de vez
Chega mais pra eu olhar no seu olhar
E pedir mais uma vez,
Meu mel não diga adeus,
Eu tenho tanto medo de ficar sem o seu amor,
E pra sempre ser um ser só
A música original e também açucarada é "Music" do francês F.R. David, que foi lançada em 1983 e em 1987 fez parte da trilha sonora internacional da novela Brega & Chique. Eu lembro dessa novela com o cara "pelado, pelado, nu com a mão no bolso" na abertura, mas juro que não lembro dessa música tocando no rádio, só de Now and Forever de Jimmy Cliff, que foi o musicão estilo "We are the word" daquele ano em todas as fitas K7, radiolas, bares e bailes da época. Confira agora a declaração de amor de David pela "Music"!
Music - F.R. David
Music you're making me blue
While i'm alone without you
Fill my heart and fill my soul
With tenderness
Music fill my loneness
Music is still all around
It's time for changing all the sounds
How about your inspiration
It'll never end
Seasons all will choke a man
(chorus)
When spring is near the end
I hear reliefs of summer
Autumn brings rhythm of the rain
Then it's hazy shade of winter
Music i love you so true
I'm just crazy about you
Without you i'd feel so sad
And full of pain
Music please come back again
#PARTIU GOL
Esses dias recebi um email da Gol onde anunciava a seguinte novidade:
Em um país onde há mais celulares que o número de habitantes, e onde as pessoas acham que o wi-fi é um novo componente do ar atmosférico, imagine a revolução que será. Acho que sabendo que o melhor da internet é o brasileiro e sua criatividade sem fim, a Gol quis sair na frente, mas será que a empresa está pronta para os bugs que podem acontecer?
Ex1: Selfie fazendo carão, biquinho ou de Rayban do Paraguai. Resposta do sistema: falha no reconhecimento facial por excesso de base e de adereços. Favor, remover maquiagem com água micelar e deixar os olhos à mostra.
Ex2: Selfie fazendo carão, mas dessa vez em ângulo estilo beijinho no ombro. Resposta do sistema: falha no reconhecimento facial, pois não consta nos dados que o passageiro é portador de necessidades especiais.
Ex3: Selfie com o bilhete em mãos e mala ao fundo, porque aí já seriam fortes indícios de que essa pessoa pretende tecnicamente (como dizem os americanos) viajar. Aí já aproveita e posta a #partiugol nas redes sociais para ter testemunhas, caso perca o voo.
Ex4: Selfie com o animal de estimação. Resposta do sistema: nosso app só está habilitado para reconhecer humanos. Mas não custa nada perguntar: qual dos dois vai viajar?
"Para utilizar a exclusividade, basta
fazer o download do app da GOL
no seu celular, abri-lo e selecionar
a função de Selfie Check-in.
Com ela, você não precisa preencher
nenhuma informação. Basta uma foto
do seu rosto para ter acesso ao seu
cartão de embarque."
Ex1: Selfie fazendo carão, biquinho ou de Rayban do Paraguai. Resposta do sistema: falha no reconhecimento facial por excesso de base e de adereços. Favor, remover maquiagem com água micelar e deixar os olhos à mostra.
Ex2: Selfie fazendo carão, mas dessa vez em ângulo estilo beijinho no ombro. Resposta do sistema: falha no reconhecimento facial, pois não consta nos dados que o passageiro é portador de necessidades especiais.
Ex3: Selfie com o bilhete em mãos e mala ao fundo, porque aí já seriam fortes indícios de que essa pessoa pretende tecnicamente (como dizem os americanos) viajar. Aí já aproveita e posta a #partiugol nas redes sociais para ter testemunhas, caso perca o voo.
Ex4: Selfie com o animal de estimação. Resposta do sistema: nosso app só está habilitado para reconhecer humanos. Mas não custa nada perguntar: qual dos dois vai viajar?
sexta-feira, 29 de setembro de 2017
#PILATES: FAÇO E RECOMENDO
Muitas mulheres juntas = consultoria do temas mais diversos possíveis, notícias da última hora (política, utilidade pública ou vida dos famosos), desabafos, fofocas, confidências, trocas de receitas e lanches etc. Essa é a "turma da conversa" da Equilibrium Corpore: 4 alunas (eu, mainha, Claudete e Nilde), duas fisioterapeutas (Brena e Lílian) e a administradora da bagunça (Jéssica). Mas peraí, era para ser a turma do Pilates. Como assim??? Não foi isso que Joseph Pilates previu em suas aulas, rs.
Só para constar, seguem oito benefícios incontestáveis do prática do Pilates:
- Aumento da Resistência Física e Mental
- Aumento da Flexibilidade
- Corrige Problemas Posturais
- Aumento da Concentração
- Tonifica a Musculatura
- Melhora a Coordenação Motora
- Promove menor Atrito nas Articulações
- Alivia Dores Musculares
E um pouco sobre o fundador do método:
- Joseph nasceu em 9 de dezembro de 1883, na cidade de Monchengladbach, perto de Dusseldorf, localizada na Alemanha.
- Filho de um ginasta premiado e de uma naturopata (ela fazia e recomendava o uso apenas de remédios naturais extraídos de ervas, pois para ela eram muito mais eficiente do que uma cirurgia por exemplo), ele sempre teve uma influência muito grande no quesito corpo e saúde
- Joseph foi uma criança muito doente, ele sofria de diversos problemas de saúde como Asma, raquitismo (deficiência de vitamina D) e febre reumática.
- Através de sua filosofia influenciada por seus pais, Pilates começou a dedicar sua vida em favor da melhoria da sua saúde, ele focalizava a sua mente praticando técnicas respiratórias que te ajudavam com o problema da Asma.
- Joseph Pilates acreditava que a sua má postura e a sua respiração ineficiente eram as causas dos seus problemas de saúde. Por isso, além de trabalhar a sua respiração, e passou a se exercitar ao ar livre.
- Por volta dos 14 anos, ele passou a aprofundar seus conhecimentos na área de anatomia, medicina tradicional chinesa, entre outros. Com isso Joseph Pilates descobriu e estudou diversos tipos de atividades físicas diferentes como a musculação, a Yoga, o boxe, mergulho, kung fu e a ginástica.
- Daí então surgiu a sua inspiração para criar o Método Pilates que se encontra presente em nossas vidas até os dias atuais.
- Após sua longa jornada de vida, Joseph Pilates faleceu aos 83 anos, devido algumas complicações pulmonares, embora ainda exista muita controvérsia sobre o que realmente originou o problema.
ONOMASTICAMENTE FALANDO...
Uma amiga me ensinou um grande verdade: "rico atrai riqueza e as águas só correm para o mar". Depois de Príncipe William e Kate Midleton (filhos George e Charlotte), Brad Pitt e Angelina Jolie (perdi a conta, mas são exóticos) e o casal anos 90 Tom Cruise e Katie Holmes (Suri), foi a vez de George Clooney e a não famosa, mas não menos rica Amal Alamuddin terem seus filhotes (Alexander e Ella). A notícia não é atual, mas a reflexão é a seguinte: como os pais nomeiam seus rebentos.
"Nós [George e Amal] calculamos que estas crianças vão ser muito vistas e julgadas e que cada passo que derem vai ser avaliado. Nós queríamos que eles 'pudessem descansar' pelo menos com os nomes. Por isso, procurámos por nomes normais. Não tivemos uma grande inspiração. Não foi "Alexandre, o Grande" e Ella Fitzgerald", justificou o intérprete, de 56 anos, em declarações ao site Entertainment Tonight."
É muito comum e compreensível que os pais, pensando ser um ato de amor, às vezes escolham nomes um tanto estranhos para seus filhos, como até mesmo a fusão parcial dos nomes dos progenitores. Aí essa criança cresce, aprende a cantar, dançar e/ou atuar e tem que criar um nome artístico impactante, de preferência com uma pronúncia fácil chiclete ou composto, estilo artista de novela mexicana. Mas, não contentes com o nome já consolidado, não sei se por sugestão da numerologia, empresário, gravadora ou vontade própria, às vezes, os artistas resolvem dobrar a letra (Anita = Anitta), acrescentar um H (Limah), ou achar que já chegou ao Monte Olimpo dos Ícones ou Musas que nunca serão tombadas ou descontinuadas do mundo pop e resolvem excluir o sobrenome ou acrescentar um que nunca poderão chamar de seu, como recentemente Claudia
Só sei que como professora, já vi de tudo e ainda fico na dúvida do gênero ao ler as listas de alunos no início do ano. É uma chuva de nomes com dois L, um Y, dois N, T mudo etc, e penso em como os pais não pensaram na missão que deram para um ser inocente, que desde a mais tenra infância teve que gastar seus neurônios para decodificar fonemas mais complexos que uma tese em linguística. Talvez peguem carona no mundo das celebridades, ou já pensem no nome impresso no cartão de advogado, médico ou Mc. Depois que li a biografia não-autorizada do Rei e vi que seu primeiro varão foi registrado como Roberto Carlos Braga II, nada mais me surpreende.
terça-feira, 26 de setembro de 2017
QUIMIOTECA: 7 LIVROS DE CIÊNCIA PARA LEIGOS
Uma das coisas que sempre amei foram os livros. Se alguém me perguntasse "desde quando você gosta de livros?", eu responderia igualzinho as crianças do The Voice: desde criança, mesmo antes de aprender a ler. Depois de contos de fadas, livros de pintura, revistas em quadrinhos, paradidáticos e até mesmo os livros regulares da escola, dois temas se tornaram cativos: história e ciência, porque ambas são cheias de enredos, causos e acasos e nunca acabam. E se você não teve bons professores dessas disciplinas, nem tudo está perdido. Sempre valerá a pena aprender um pouco mais!
1- A CIÊNCIA ATRAVÉS DOS TEMPOS (ATTICO CHASSOT): este livro dirige-se aos que desejam se iniciar na apaixonante história da construção do conhecimento científico. É um convite para uma mirada panorâmica sobre uma caminhada que começa há muitos milênios, com a transformação de nossos ancestrais em humanos, graças ao trabalho, e estende-se até os últimos feitos da ciência neste limiar do século XXI.
3-UM CIENTISTA NA COZINHA (HERVE THIS): como transformar, em poucos segundos, uma mistura quente num sorvete saboroso? Por que o leite derrama quando ferve e a água não? Como fazer 24 litros de maionese com uma única gema de ovo? Por trás dos muitos truques e segredos passados de mãe para filha, que dão um 'toque especial' em determinadas receitas, existem explicações científicas.
4-OS BOTÕES DE NAPOLEÃO (PENNY LE COUTEUR E JAY BURRESON): será que podemos explicar o fracasso da campanha de Napoleão na Rússia, em 1812, por algo tão insignificante quanto um botão? Com estilo cativante, temperado por diversas histórias curiosas, os autores fazem uma fascinante análise de 17 grupos de moléculas que - como o estanho dos botões dos uniformes do exército napoleônico que se desintegraram no frio do inverno russo - influenciaram a história mundial e produziram grandes feitos e avanços. Além disso, determinaram o que hoje comemos, bebemos e vestimos.
5-BARBIES, BAMBOLÊS E BOLAS DE BILHAR (JOE SCHWARCZ): a Química está em toda parte: no veneno e no antídoto, na farmácia e na natureza, em produtos de higiene pessoal e na cozinha, aventuras amorosas, KGB, CIA, jeans, xampus, assassinatos, zumbis, bruxas, mágicos e muito mais. Aqui são discutidos a eficácia de certos produtos, o surgimento de substâncias que mudaram nossas vidas, alguns erros químicos e a moda de consumir vitaminas e certos alimentos. Tudo isso de forma compreensível até para quem não entende do assunto.
6- O SONHO DE MENDELEIEV (PAUL STRATHERN): neste livro o autor decanta a sensacional história da busca dos elementos químicos, que não é outra senão a verdadeira história da química. Desde os físicos gregos, passando pela alquimia medieval, até chegar à fissão do átomo, somos transportados pelo texto fluente e bem-humorado do autor, que além de explicar as sucessivas descobertas no campo da química, traça as biografias de seus protagonistas. Além de trabalhar em ambientes inóspitos, manipulando elementos químicos venenosos e radioativos, muitos deles se tornaram mártires da ciência.
7-TIO TUNGSTÊNIO (OLIVER SACKS): a vida de Oliver Sacks é marcada por uma curiosidade fora do comum. Neste livro, ele relembra sua infância e conta que foi o comportamento misterioso dos metais que o levou à sua paixão pela ciência. Desconfiando de que existiam leis e fenômenos escondidos por trás do mundo visível, o jovem Oliver se perguntava: ´Como o carvão pode ser feito da mesma matéria dos diamantes? Do que é feito o sol e as estrelas?´. Cada etapa de suas descobertas sobre a luz, o calor, a eletricidade, a fotografia, o átomo, os raios X e a radioatividade é relembrada para conduzir o leitor pela história da química, apresentando as pesquisas e inovações de nomes como Lavoisier, Mendeleiev, Marie Curie, Robert Boyle e Niels Bohr, entre outros. A escrita envolvente de Sacks aproxima poesia e ciência por meio de recordações que são, a um só tempo, investigações intelectuais e episódios de amadurecimento.
1- A CIÊNCIA ATRAVÉS DOS TEMPOS (ATTICO CHASSOT): este livro dirige-se aos que desejam se iniciar na apaixonante história da construção do conhecimento científico. É um convite para uma mirada panorâmica sobre uma caminhada que começa há muitos milênios, com a transformação de nossos ancestrais em humanos, graças ao trabalho, e estende-se até os últimos feitos da ciência neste limiar do século XXI.
Meu primeiro livro de história da ciência <3 |
2-A CIÊNCIA É MASCULINA? É, SIM SENHORA! (ATTICO CHASSOT): discute a presença feminina na trajetória intelectual humana e apresenta duas hipóteses, uma histórica e outra biológica, para a possível superação do "machismo" na ciência.
Em tempos de empoderamento, uma ótima sugestão! |
3-UM CIENTISTA NA COZINHA (HERVE THIS): como transformar, em poucos segundos, uma mistura quente num sorvete saboroso? Por que o leite derrama quando ferve e a água não? Como fazer 24 litros de maionese com uma única gema de ovo? Por trás dos muitos truques e segredos passados de mãe para filha, que dão um 'toque especial' em determinadas receitas, existem explicações científicas.
Depois deste livro, nunca mais solei um bolo, rs |
4-OS BOTÕES DE NAPOLEÃO (PENNY LE COUTEUR E JAY BURRESON): será que podemos explicar o fracasso da campanha de Napoleão na Rússia, em 1812, por algo tão insignificante quanto um botão? Com estilo cativante, temperado por diversas histórias curiosas, os autores fazem uma fascinante análise de 17 grupos de moléculas que - como o estanho dos botões dos uniformes do exército napoleônico que se desintegraram no frio do inverno russo - influenciaram a história mundial e produziram grandes feitos e avanços. Além disso, determinaram o que hoje comemos, bebemos e vestimos.
Uma mistura perfeita de história e ciência |
5-BARBIES, BAMBOLÊS E BOLAS DE BILHAR (JOE SCHWARCZ): a Química está em toda parte: no veneno e no antídoto, na farmácia e na natureza, em produtos de higiene pessoal e na cozinha, aventuras amorosas, KGB, CIA, jeans, xampus, assassinatos, zumbis, bruxas, mágicos e muito mais. Aqui são discutidos a eficácia de certos produtos, o surgimento de substâncias que mudaram nossas vidas, alguns erros químicos e a moda de consumir vitaminas e certos alimentos. Tudo isso de forma compreensível até para quem não entende do assunto.
Um fato curioso leva a outro |
6- O SONHO DE MENDELEIEV (PAUL STRATHERN): neste livro o autor decanta a sensacional história da busca dos elementos químicos, que não é outra senão a verdadeira história da química. Desde os físicos gregos, passando pela alquimia medieval, até chegar à fissão do átomo, somos transportados pelo texto fluente e bem-humorado do autor, que além de explicar as sucessivas descobertas no campo da química, traça as biografias de seus protagonistas. Além de trabalhar em ambientes inóspitos, manipulando elementos químicos venenosos e radioativos, muitos deles se tornaram mártires da ciência.
E pensar que tudo era água, fogo, terra e ar... |
7-TIO TUNGSTÊNIO (OLIVER SACKS): a vida de Oliver Sacks é marcada por uma curiosidade fora do comum. Neste livro, ele relembra sua infância e conta que foi o comportamento misterioso dos metais que o levou à sua paixão pela ciência. Desconfiando de que existiam leis e fenômenos escondidos por trás do mundo visível, o jovem Oliver se perguntava: ´Como o carvão pode ser feito da mesma matéria dos diamantes? Do que é feito o sol e as estrelas?´. Cada etapa de suas descobertas sobre a luz, o calor, a eletricidade, a fotografia, o átomo, os raios X e a radioatividade é relembrada para conduzir o leitor pela história da química, apresentando as pesquisas e inovações de nomes como Lavoisier, Mendeleiev, Marie Curie, Robert Boyle e Niels Bohr, entre outros. A escrita envolvente de Sacks aproxima poesia e ciência por meio de recordações que são, a um só tempo, investigações intelectuais e episódios de amadurecimento.
Leitura em andamento e atual paixonite! |
quinta-feira, 31 de agosto de 2017
DRUMMONIANA
"Vamos, não chores…
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua."
Consolo na Praia-1945
quarta-feira, 30 de agosto de 2017
ESPIRAL SOCIAL
"Eu não entendo esse pensamento moderno que parece dizer que nenhuma ação é importante se não for transmitida ao público." (Johnny Galecki)
Será que temos mesmo que contar a todo mundo o que estamos pensando, comendo, sentindo, fazendo, planejando, maquinando, meditando, ganhando ou perdendo?
Será mesmo que as pessoas se importam com o que postamos, publicamos, divulgamos desmedidamente? Será que elas, de fato, compartilham os nossos anseios, ou só encaminham nossos dados?
Se formos só um pouquinho "conectados", sabe-se facilmente onde fomos, com quem estivemos, o que vestimos e o que comemos, sem falar das pessoas que postam fotos trabalhando...seria isso uma alegria efusiva pela tarefa executada ou uma defesa? Será que a privacidade vai se tornar artigo de luxo?
Mudanças de comportamento ocorrem o tempo todo e parece que estamos soltos num parque de diversões onde cada brinquedo proporciona uma modalidade de comunicação: temos a Montanha Russa dos Youtubers, o Auto-pista Facebook, O Twist do Twitter, Roda Gigante Whatsapp, Casa dos Espelhos Instagram, e os mais inocentes Trenzinho Email e Carrossel Telefone. E por falar nisso, antes só dávamos o celular para os mais próximos, mas hoje só damos o número do fixo para o mais íntimo. Não esquecendo que pra lanchar temos pipoca-likes e maçã do amor-visualizações. Quem vai querer?
domingo, 27 de agosto de 2017
VOCÊ TEM FOME DE QUÊ?
Gastronomia virou moda: food trucks, aplicativos para pedir comida, raio gourmetizador, menu degustação, batata frita rústica com preço de picanha, e por aí vai. Basta ser frequentado por algum famoso que o restaurante ganha filas de espera, reservas que levam meses. Tudo isso para o ser humano-ostentação viver uma "experiência", que renderá desde o check-in no Facebook até as postagens no Instagram, porque o importante não é sair para jantar, mas mostrar para os seguidores o que comeu, o que vestiu para ir comer e depois postar o relatório no Youtube e pedir likes para ajudar a pagar a conta.
Mas, eis que de repente a brincadeira fica cara e aí vamos lá fazer "experiências" com comidas de rua, pois o minimalismo está em alta e vida simples é o que eleva o espírito e te faz uma pessoa melhor, mais colaborativa para esse mundo desigual. Mas, passados alguns dias, vai que sua alma nobre sente falta de um pouquinho de luxo nessa vida comum, cotidiana e sem graça, e resolve cozinhar com ingredientes gourmet. Afinal de contas, quem resiste à pipoca com azeite trufado ou algum prato finalizado com um toque de Sal do Himalaia, Havaí ou da Pérsia? São tantos paladares refinados por aí, que quem sou eu com minhas humildes papilas gustativas para questionar.
Pegando carona nas novas tendências de consumo, vem a linha fitness, onde definitivamente eu acho que o coco vai salvar a humanidade! É óleo de coco, açúcar de coco, manteiga de coco, produtos capilares, etc. Coisas que antes preenchiam a mesa do pobre, viraram estrelas da noite para o dia: batata doce, açúcar (qualquer um que não seja refinado), ovo e tapioca. A couve também já conquistou seu lugar ao sol como base do suco detox, e quem sabe até o chuchu não seja em breve descoberto e perca seu status de "sem graça"? Num país onde atualmente milhões lutam para manter o feijão com arroz nosso de cada dia, ainda há quem pague 225,00 em um sanduíche, porque o que importa é o "conceito" e mais uma vez a "experiência".
Mas, eis que de repente a brincadeira fica cara e aí vamos lá fazer "experiências" com comidas de rua, pois o minimalismo está em alta e vida simples é o que eleva o espírito e te faz uma pessoa melhor, mais colaborativa para esse mundo desigual. Mas, passados alguns dias, vai que sua alma nobre sente falta de um pouquinho de luxo nessa vida comum, cotidiana e sem graça, e resolve cozinhar com ingredientes gourmet. Afinal de contas, quem resiste à pipoca com azeite trufado ou algum prato finalizado com um toque de Sal do Himalaia, Havaí ou da Pérsia? São tantos paladares refinados por aí, que quem sou eu com minhas humildes papilas gustativas para questionar.
Pegando carona nas novas tendências de consumo, vem a linha fitness, onde definitivamente eu acho que o coco vai salvar a humanidade! É óleo de coco, açúcar de coco, manteiga de coco, produtos capilares, etc. Coisas que antes preenchiam a mesa do pobre, viraram estrelas da noite para o dia: batata doce, açúcar (qualquer um que não seja refinado), ovo e tapioca. A couve também já conquistou seu lugar ao sol como base do suco detox, e quem sabe até o chuchu não seja em breve descoberto e perca seu status de "sem graça"? Num país onde atualmente milhões lutam para manter o feijão com arroz nosso de cada dia, ainda há quem pague 225,00 em um sanduíche, porque o que importa é o "conceito" e mais uma vez a "experiência".
terça-feira, 15 de agosto de 2017
CHRISTIAN BOBIN
"Uma cama de
luz,
uma cadeira de silêncio,
uma mesa em madeira de esperança, nada mais:
assim é o pequeno quarto de que a alma é locatária."
uma cadeira de silêncio,
uma mesa em madeira de esperança, nada mais:
assim é o pequeno quarto de que a alma é locatária."
"Vamos aqui e
ali, à procura de uma alegria por toda parte em migalhas, e o saltitar do
pardal é a nossa única possibilidade de saborear Deus espalhado no chão."
segunda-feira, 17 de julho de 2017
DJAVANEANDO...
"Talvez essa priorização dada à sonoridade, perceptível em grande parte das canções de Djavan, seja a causa de algumas de suas músicas serem consideradas sem nexo ou demasiadamente sofisticadas. Se assim fosse, como explicar a espontaneidade com que elas são cantadas por milhares de pessoas em seus shows? Isso comprova a hipótese de que o povo, da mesma maneira que assimila a música descartável, é capaz de assimilar a poesia da boa música, e que essa poesia poderia atingir mais pessoas, se houvesse interesse por parte dos responsáveis pela escolha do tipo de música que deve ser maciçamente difundida."
*Cor, som e sentido: a metáfora na poesia de Djavan, Maria Heloisa Melo de Moraes, p.58, HD Livros
domingo, 2 de julho de 2017
MASTERCHEF: É TORTA DE LIMÃO OU CLIMÃO?
Mise en place, Surf and Turf, Fusion Food, vieiras (sou louca pra provar!), tomate confit (já aprendi a fazer), redução, deglacear, mirepoix, chutney, flambar, 7 ervas para temperar um bife, creme inglês, creme pâtissière, massa brisé, rabanada ostentação de brioche, cérebro gourmet entre muitas outras iguarias e termos, foi o que aprendi assistindo Masterchef desde a metade da primeira temporada.
Os comentários dos jurados são os mais variados e cada vez mais ácidos, dada a audiência do programa já ter sido das melhores; mas, é como assistir série: torna-se um vício porque a gente sempre quer saber o que mais vão inventar! Eis alguns exemplos de avaliações:
Menos é mais
Deprimente
Esquecível
Honesto
É correto
Horrível
Nem parece comida
Não é ruim, é muito ruim
É agradável
Deprimente
Esquecível
Honesto
É correto
Horrível
Nem parece comida
Não é ruim, é muito ruim
É agradável
Seu prato, uma garfada: caixão e vela preta
O programa infla o ego dos participantes ao dizer: vocês agora chegaram no top 10! Vocês são os dez melhores cozinheiros amadores do Brasil. Vamos combinar! Teve participante que alegou não saber fazer café por causa da religião da mãe, a maioria foge da confeitaria como o óleo foge da água, alguns se dizem viajados e experientes em certos pratos e fazem uma lambança sem gosto. Tem os modernos que usam tudo quanto é utensílio, mas esquecem o sal, fora aqueles que sempre alegam estar fazendo o prato preferido do pai ou da mãe (fala sério, brasileiro é muito emotivo!).
Tem Ana Paula com aquela cara de "ai, se eles me dessem um pedacinho!", Paola fazendo a madrecita ou a madrasta da Cinderela, Fogaça sempre mandando a real e Jacquin mais ou menos ameno, porque pode até abrir franquia em breve ou fazer presença vip em churrasco na laje que vai tirar um trocado legal. E, além disso tudo, tem treta, muita treta...o jogo vai virando um Big Brother, a galera vai deixando cair a máscara, formando as panelas e descendo a colher de pau nos bastidores. Esquecem que tudo vai ao ar, que tudo vira polêmica nesses tempos doentios de redes sociais, e eu não sei se vou assistir o show vergonha alheia que vai ser no reencontro após a final. Tenho certeza de que o que não vai faltar é tompero!
Tem Ana Paula com aquela cara de "ai, se eles me dessem um pedacinho!", Paola fazendo a madrecita ou a madrasta da Cinderela, Fogaça sempre mandando a real e Jacquin mais ou menos ameno, porque pode até abrir franquia em breve ou fazer presença vip em churrasco na laje que vai tirar um trocado legal. E, além disso tudo, tem treta, muita treta...o jogo vai virando um Big Brother, a galera vai deixando cair a máscara, formando as panelas e descendo a colher de pau nos bastidores. Esquecem que tudo vai ao ar, que tudo vira polêmica nesses tempos doentios de redes sociais, e eu não sei se vou assistir o show vergonha alheia que vai ser no reencontro após a final. Tenho certeza de que o que não vai faltar é tompero!
quarta-feira, 28 de junho de 2017
HARRY & SALLY
"Quando você percebe que quer passar o resto da vida com alguém, quer que o resto da vida comece o mais cedo possível."
(Cena final do filme Harry & Sally - Feitos um para o outro)
domingo, 25 de junho de 2017
SALLY & SNOOPY (ROUBANDO A CENA)
Como-eu-amo-você? Deixa eu contar as formas:
''Eu te amo do fundo da profundidade da altura que minha alma pode alcançar...como me sinto longe de ser a pessoa ideal.
Eu amo você ao nível das necessidades diárias...ao sol ou luz de vela.
Eu te amo livremente como um homem gosta de ser...Eu te amo puramente, como eles amam aos deuses.
Eu te amo com paixão como nunca amei ninguém, e com minha fé infantil.
Eu te amo com um amor que nunca achei ser possível.
Eu te amo com a respiração...sorriso, lágrima, de toda minha vida.
E, se Deus quiser, vou te amar mais ainda depois da morte!"
quinta-feira, 8 de junho de 2017
SPARKY & TRACEY
"Mas para ela, bem como para ele, era a possibilidade de uma parceria intelectual que mais os impelia...Outro aspecto, que como todos os outros, incrementava a intensa atração que sentiam, era a sensação de que eram irmãos de alma. Cada um tinha um lado competitivo, provocador; amos sofriam de ansiedade antecipada cada vez que sabiam que teriam que sair de casa e ataques de pânico quando se viam soltos no mundo; ambos adoravam ficar quietos, lendo livros, falando sobre arte e música, coisas que preferiam à qualquer jornada. Ele sonhava com as tardes de domingo; ela sonhava com as noites de domingo. Os dois tinham uma intensa autoconsciência...Quando o almoço terminou, Sparky deixou claro que tinha amado a conversa. Ele a acompanhou até o carro, cada um deles falando sobre seus livros e autores prediletos e riram quando, ao mesmo tempo, o nome de F. Scott Fitzgerald foi pronunciado por ambos". (Michaelis, David. Schulz & Peanuts: a biografia do criador do Snoopy, p.458)
sábado, 3 de junho de 2017
CARTAS DE AMOR DA CELA 92
Antes da morte, a vida lhe ofereceu um último presente. No fim de 1942, Dietrich Bonhoeffer conheceu Maria von Wedemeyer: uma jovem de 18 anos, que também pertencia à aristocracia luterana. Ele tinha 36 anos, mas não tinha renunciado à paixão. Quando pôde lhe escrever, lhe disse, "Posso falar simplesmente assim como eu sinto no coração? Eu entendo e estou subjugado pela consciência de que me aconteceu um presente sem igual. Depois de toda a confusão das últimas semanas, eu não ousaria mais esperá-lo, e agora esta coisa incrivelmente grande e alegre está aqui, e o coração se abre e se infla e transborda de gratidão e de vergonha, e não consegue ainda se dar conta deste 'sim' que decidirá toda a nossa vida".
Finalmente, em meio às ruínas da Alemanha, entre os mortos na Rússia, os bombardeios e os campos de concentração e os fuzilamentos, justamente agora, enquanto lhe parecia ter sido expulso da terra, Deus tinha lhe doado um espaço de felicidade sobre a terra. Maria era cheia de frescor, inteligente, sensível. Aguardava as cartas de Dietrich com uma felicidade extrema: esperava-as totalmente sozinha no seu quarto, onde cada livro lhe contava alguma coisa dele.
"Se alguma vez eu pudesse te descrever – dizia-lhe – que festa e que dia de alegria é para mim quando chega uma carta tua... É quase impensável que possa se tornar ainda maior. Talvez seja bom que a felicidade de ter-te se torne perceptível lentamente, senão eu não poderia suportá-la".
Bonhoeffer gostava muito da sua natureza. "Tu – dizia-lhe –, por sorte, não escreves livros, mas fazes, sentes, preenches com a vida real aquilo com o que eu só sonhei. Conhecer, querer, fazer, sentir e sofrer, em ti, não estão divididos, mas são uma grande unidade, e um é reforçado pelo outro. Tu não sabes disso, e isso é a melhor coisa: talvez eu não deveria nem te dizer isso".
quinta-feira, 1 de junho de 2017
C.S.LEWIS SOBRE JOY GRESHAM
"Eu decaíra e me tornara um marido. Eu nunca esperara, após os sessenta anos receber a felicidade que me fora negada aos vinte anos. O que Joy era para mim? Ela era filha, mãe, aluna, professora, súdita, minha soberana...minha esposa, minha amante, e sempre minha camarada, amiga e companheira de guerra. Era um banquete de amor."
domingo, 28 de maio de 2017
DELIRANDO COM MARCIE
Ainda no episódio "Não há tempo para o amor, Charlie Brown", Marcie vem andando com Patty Pimentinha e se depara com algumas crianças vendo um anúncio no mural da escola. E aí começa o diálogo, inspirado no próprio Schulz e sua aversão a viagens, por causa também da recorrente lembrança do medo que tinha de sua mãe esquecê-lo no bonde quando era mais novo.
Marcie: Senhora, acabei de ouvir que temos que ir numa excursão. Tenho muito medo de excursões.
Patty: Marcie, as excursões são muito divertidas. Você vai gostar!
Marcie: Mas e se eu passar mal, e se eu me perder? Eu ouvi dizer que temos que levar lanches nas excursões.O que acha disso, senhora? E se eu chegar lá e descobrir que eu deixei meu lanche dentro do ônibus? E se eu entrar no ônibus errado? E se eu for parar no centro da cidade?
Patty: Não se preocupe, vai dar tudo certo! Eles usam o sistema amigo nas excursões, e sempre colocam um aluno mais velho com um mais novo. Eu garanto que serei a sua amiga.
Marcie: Senhora, acabei de ouvir que temos que ir numa excursão. Tenho muito medo de excursões.
Patty: Marcie, as excursões são muito divertidas. Você vai gostar!
Marcie: Mas e se eu passar mal, e se eu me perder? Eu ouvi dizer que temos que levar lanches nas excursões.O que acha disso, senhora? E se eu chegar lá e descobrir que eu deixei meu lanche dentro do ônibus? E se eu entrar no ônibus errado? E se eu for parar no centro da cidade?
Patty: Não se preocupe, vai dar tudo certo! Eles usam o sistema amigo nas excursões, e sempre colocam um aluno mais velho com um mais novo. Eu garanto que serei a sua amiga.
FILOSOFANDO COM SALLY
Os especiais de Peanuts produzidos para a TV são repletos de diálogos que inspiram longas ou curtas reflexões. Em um dos meus favoritos (Não há tempo para o amor, Charlie Brown) Sally acorda assutada, pois se atrasou para a escola e diz: "meu relógio não despertou...acho que eu dei corda demais. Às vezes, se você der muita corda no relógio, ele não desperta". E Charlie Brown tranquilo, comendo seu cereal, responde: "somos todos um pouco assim!"
sexta-feira, 26 de maio de 2017
REFLETINDO COM LINUS
No episódio "Não há tempo para o amor, Charlie Brown", Minduim recebe um ultimato da professora, pois tem que recuperar suas notas. Angustiado, pergunta a Linus: por que temos que sofrer toda essa pressão com relação às notas? E Linus destila sua sabedoria:
"Bom, eu acho que o propósito de ir pra escola é tirar boas notas. Aí você vai para o segundo grau, onde o propósito é estudar mais ainda pra tirar boas notas e poder ir pra faculdade.
E o propósito de ir pra faculdade é tirar boas notas para poder fazer pós-graduação.
E o propósito disso é você estudar mais e tirar boas notas para ter um emprego e ser bem-sucedido, pra casar e ter filhos, para poder mandá-los para a escola para tirarem boas notas, para poderem ir para o segundo grau e tirarem boas notas, para ir para a faculdade..."
"Bom, eu acho que o propósito de ir pra escola é tirar boas notas. Aí você vai para o segundo grau, onde o propósito é estudar mais ainda pra tirar boas notas e poder ir pra faculdade.
E o propósito de ir pra faculdade é tirar boas notas para poder fazer pós-graduação.
E o propósito disso é você estudar mais e tirar boas notas para ter um emprego e ser bem-sucedido, pra casar e ter filhos, para poder mandá-los para a escola para tirarem boas notas, para poderem ir para o segundo grau e tirarem boas notas, para ir para a faculdade..."
sexta-feira, 5 de maio de 2017
TODO MÊS DE MAIO NA MAIOR
Em 1982, Guilherme Arantes lançou um álbum com músicas que gosto demais, e que só fui conhecer no final da década de 90 graças à minha amiga Simone. No álbum se destacam canções que aprendi no rádio e que tocam até hoje, como Lance Legal e O Melhor vai começar, de onde peguei emprestado um trecho para meu convite de formatura. Mas gosto também das demais, incluindo a que intitula esta postagem e Hortelã, um instrumental com uma pegada bem característica dos anos 80. A mais lenta e romântica é O amor nascer (Prelúdio), que encerra o repertório e que já foi interpretada por Leila Pinheiro.
Olhando para a capa do disco, vê-se um Guilherme Arantes ainda jovem, pele bronzeada (ou avermelhada, como diz aqui na letra), o mesmo Guilherme Arantes cujo depoimento para o livro Pavões Misteriosos de André Barcinski me fez dar gargalhadas, tamanha modéstia e angústia o rapaz sentia naquela época:
"Teve uma época em que eu tinha raiva de ser bonito, porque os compositores importantes eram feios. Eu tinha uma puta inveja do Zé Ramalho, por exemplo, mas havia uma preconceito na época, e acho que existe até hoje, de que uma pessoa bonita não pode querer tudo. Além de bonita, também quer ter talento? Que negócio é esse?"
Olhando para a capa do disco, vê-se um Guilherme Arantes ainda jovem, pele bronzeada (ou avermelhada, como diz aqui na letra), o mesmo Guilherme Arantes cujo depoimento para o livro Pavões Misteriosos de André Barcinski me fez dar gargalhadas, tamanha modéstia e angústia o rapaz sentia naquela época:
"Teve uma época em que eu tinha raiva de ser bonito, porque os compositores importantes eram feios. Eu tinha uma puta inveja do Zé Ramalho, por exemplo, mas havia uma preconceito na época, e acho que existe até hoje, de que uma pessoa bonita não pode querer tudo. Além de bonita, também quer ter talento? Que negócio é esse?"
Não é caro o que eu queria
uma pausa pra pensar
colocar o corpo e a cabeça em dia
pra melhor recomeçar
O outono na fazenda
toda tarde cochilar
com o cheiro luxuoso
de um fogão de lenha
perfumando todo o ar
Meu cavalo pelo vale
vento no canavial
sol na pele
avermelhando a nossa cara-pálida
da cidade
...eu, você e só
todo mês de maio
na maior...
uma pausa pra pensar
colocar o corpo e a cabeça em dia
pra melhor recomeçar
O outono na fazenda
toda tarde cochilar
com o cheiro luxuoso
de um fogão de lenha
perfumando todo o ar
Meu cavalo pelo vale
vento no canavial
sol na pele
avermelhando a nossa cara-pálida
da cidade
...eu, você e só
todo mês de maio
na maior...
terça-feira, 25 de abril de 2017
RELAXE, VELHO! JÁ DEU CERTO!
São mais de 11 da noite e, dessa vez, não estou correndo atrás de atualizar dados para submeter um projeto ou cadastrar-se em um evento. Também não é um domingo de manhã e não estou cadastrando alunos, nem revisando artigos para depois receber um: "Pô, velho! Tô tão feliz! Conseguimos!"
Antes eu dizia umas mil vezes: "manda aí, mas é loucura, não vai dar tempo!" E ela respondia com seu clássico bordão: "Relaxe, velho! Já deu certo!"
Essa era a minha rotina com minha amiga Patrícia, que buscou até o fim realizar seus projetos sempre com muita responsabilidade, criatividade e humildade. Nunca acreditava quando conseguia algo grande e recebia um merecido elogio. Quantos elogios mais eu poderia lhe fazer agora, além dos que lhe fiz ao vivo e a cores, recebendo de você um "Pô, velho! Eu gosto muito de você, sabia? De verdade!"?
Quero guardar na memória cada risada, cada história maluca que dividimos, as cantorias desafinadas, as pequenas reuniões com música boa nas suas casas. Como posso agora tocar meus projetos sem seu apoio? Quem é que vai se aventurar comigo nos editais, sacrificar o sono e se arriscar sem medo, na maior cara dura, mas com tamanha competência?
Já é quase meia-noite, Paty! O prazo vai expirar, mas eu preciso lhe dizer que nunca antes eu vi e ouvi o silêncio ensurdecedor que se fez hoje com sua partida. Estamos mudos, perdemos o sono, não temos palavras...você conseguiu fazer com que todos se unissem para dedicar um tempo para falar de você, sobre o quanto você marcou nossas vidas e o quanto você deixa de saudade. Temos certeza de que você lutou até o fim, porque você nunca desistia de nada.
Descanse em paz, minha grande amiga! E ouça muito Beatles no céu...
terça-feira, 18 de abril de 2017
MISTÉRIO DE FÉ E DE AMOR # 2
"Muita gente vai às missas nos domingos com o mesmo sentimento com que vai ao teatro. Simplesmente sentam lá e curtem o que está acontecendo...Você não pode tomar a comunhão. Você faz parte da comunhão." (Charles Schulz)
sexta-feira, 14 de abril de 2017
MISTÉRIO DE FÉ E DE AMOR # 1
"O Deus da nossa fé não é um deus longínquo, que contemple com indiferença a sorte dos homens, seus anseios, suas lutas, suas angústias. É um pai que ama seus filhos até o extremo de lhes enviar o Verbo, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, para que, pela sua encarnação, morra por ele e os redima; o mesmo Pai amoroso que agora nos atrai suavemente a Si, mediante a ação do Espírito Santo que habita em nossos corações." (São Josemaría Escrivá - É Cristo que passa)
A ALEGRIA DA QUINTA-FEIRA SANTA
"A alegria da Quinta-feira Santa nasce de compreendermos que o Criador se excedeu no carinho por suas criaturas. E como se não bastassem todas as outras provas da sua misericórdia, Nosso Senhor Jesus Cristo instituiu a Eucaristia para que pudéssemos tê-lo sempre junto de nós e porque - tanto quanto nos é possível entender -, movido por seu Amor, Ele, que de nada necessita, não quis prescindir de nós. A Trindade enamorou-se do homem, elevado à ordem da graça e feito à sua imagem e semelhança, redimiu-o do pecado - do pecado de Adão, que recaiu sobre toda a sua descendência, e dos pecados pessoais de cada um -, e deseja vivamente morar em nossa alma: se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos a ele, e nele faremos nossa morada." (São Josemaría Escrivá- É Cristo que passa)
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