“Eu não sou uma profissional, eu só escrevo quando eu quero. Eu sou uma amadora e faço questão de continuar sendo amadora. Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim…” (Clarice Lispector)
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terça-feira, 30 de outubro de 2012
QUANTO MAIS FLÁVIA, MELHOR!
Reunião com a chefia à tarde e minha xará Flávia Munik vem toda eufórica contar a novidade: a coca-cola tem uma campanha com nosso nome!!! Ai, que bagaceira! Fiquei imaginando como era a lata e o sucesso que o meu (e mais 149 nomes mais comuns entre jovens adultos brasileiros) está fazendo! Enfim, só sosseguei quando vi a latinha aqui na web e a repercussão da propaganda. Vá lá que não sou chegada em Coca Zero, mas não me importei nem um pouquinho de por alguns goles de glória ser essa coca-cola toda.
Desde que me entendo por gente que vê TV, recordo que as propagandas da Coca-cola eram sempre fascinantes! As de natal nem se fala: neve, papai noel trazendo a coca-cola pra ceia junto com os presentes (oh, sonho além dos trópicos). Nos almoços de domingo ela não podia faltar, nem nas festinhas de aniversário, onde eram as coadjuvantes da mesa (quando o níver era só um bolinho!). Sem falar que churrasco e rodízio de pizza sem ela se tornam algo ameaçador do bem-estar e altamente indigesto.Houve também a época do iô-iô, daquela agonia pra gente achar um brinde, ou muitos pontos nas tampinhas de metal. Teve a outra fase enlouquecedora dos colecionadores de garrafinha, que vinham até na mini grade vermelhinha; cheguei a achar que ali era uma porção mágica e morria de vontade de abrir a tampinha e beber pra ver o que aconteceria). Os slogans, então, são impregnantes e absolutos: "Coca-cola é isso aí!", "Curta Coca-cola", "Sempre Coca-cola", "Viva o lado Coca-cola da vida", "Abra a felicidade" (se só isso bastasse era bom!).
Como química, eu dou risada com os mitos que giram em torno da Coca-cola, até porque se ela fosse tudo de ruim que dizem, já teria dizimado mais pessoas que o acidente de Chernobyl e a ONU já teria teria tomado providências. O problema é o vício ou a intriga da oposição, só isso! Eu só sei que adorei o retorno (de uns anos pra cá!) da embalagem KS mini, média e a maior de 1L (essa nunca falta nos piqueniques) e se alguém achar a minha latinha personalizada, por favor pode mandar que eu reembolso para eu colocá-la no meu nicho kitsch, até porque eu me permito ser brega só de vez em quando.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
sábado, 6 de outubro de 2012
QUE PAÍS É ESSE?
"O Brasil é um país míope. Ou talvez seja estrábico, não sei bem, não sou oftalmologista. O que sei, sem um cílio de dúvida, é que o Brasil tem algum defeito na vista. Tem coisas que, por mais que se apertem os olhos, ninguém enxerga. Fica lá o elefante, no meio da sala, trombando na cristaleira, melancia pendurada no pescoço, uma banda militar tocando marchinha nas costas dele, e ninguém nem percebe. Elefante, que elefante? Não tem nada aqui não." (Denis Russo Burgierman)
PS: Adeus aos mantras sem direitos autorais dos tchus e dos tchás, dos arrochas, breganejos, axés e outras paródias temporariamente imortalizadas entoando as vantagens e desvantagens de nossos ilustres cães, gatos, papagaios e periquitos (que o reino animal me perdoe pela comparação) candidatos às vagas de vereadores e prefeitos. E que vença o menos pior!
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
TEMPO DE CARAIBEIRAS
Antigamente, as palavras, os consolos, desabafos e futilidades seguiam por cartas. Mas em tempos de comunicação instantânea, apresso esse alento à iminente Dra.Mércia Valéria para que ela creia que nem todos são iguais, que mesmo que alguns covardes machuquem nosso coração, o ideal permanece como o sol brilhando todos os dias, ainda que as nuvens o encubram de vez em quando nas tempestades.
Um provérbio russo diz: "não existe inverno no reino da esperança". E não existe mesmo! Hellen Keller, cega-surda, relatou assim um dos inúmeros conselhos da sua mestra Anne Sullivan: "falou-me da vida que se forma dentro de nós e que tende a renovar-se sem a nossa contribuição, sarando as suas próprias feridas, trazendo esperança ao coração e tornando mais aguda a nossa visão mental". "E por que não aconteceria isto a mim como já tem acontecido a tantas pessoas?" dizia ela. E o que passou, passou! As caraibeiras tem que perder todas as folhas para nos presentear com esse espetáculo de dar inveja a qualquer roseira. Assim também somos nós, que temos que perder para ganhar mais vida, mais lucidez e enxergar no fim que não perdemos nada, pois nossa vida está nas mãos Daquele que nos salva e nos guarda, nos livra e nos alimenta em tempos difíceis.
Um provérbio russo diz: "não existe inverno no reino da esperança". E não existe mesmo! Hellen Keller, cega-surda, relatou assim um dos inúmeros conselhos da sua mestra Anne Sullivan: "falou-me da vida que se forma dentro de nós e que tende a renovar-se sem a nossa contribuição, sarando as suas próprias feridas, trazendo esperança ao coração e tornando mais aguda a nossa visão mental". "E por que não aconteceria isto a mim como já tem acontecido a tantas pessoas?" dizia ela. E o que passou, passou! As caraibeiras tem que perder todas as folhas para nos presentear com esse espetáculo de dar inveja a qualquer roseira. Assim também somos nós, que temos que perder para ganhar mais vida, mais lucidez e enxergar no fim que não perdemos nada, pois nossa vida está nas mãos Daquele que nos salva e nos guarda, nos livra e nos alimenta em tempos difíceis.
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