"Não existe presente maior que o amor de um gato.” (Charles Dickens)
"A vida é finita! Sinto muito..." Esse ano não está fácil. Após a perda de Cristina em janeiro, estou agora enfrentando o luto por meu amado Farturinha. Havia jurado a mim mesma que nunca mais perderia um animalzinho em uma clínica, e sim em casa. Arranjei veterinário particular, gastei tudo que era necessário, mas chegou o dia dele.
É difícil amar, cuidar e saber que um dia eles vão embora. Ele morreu por conta do seu instinto de brigar e defender o território, mesmo castrado. Ele cuidava até dos menores que se agregaram à casa depois dele, deixava que eles comessem primeiro, protegia, zelava do ambiente para que nenhum gato intruso perturbasse a ordem do quintal.
Ele foi o gato mais lindo de todos, meu gato-coelho, o mais querido da família e da parentada que sempre registrava um flash. Ele foi o mais fotografado, o mais cuidado, o que mais teve concessões, mas não resistiu às sequelas de uma briga terrível. Meus pais cansaram de apartar suas brigas com os monstros da vizinhança. Pra lutar com Fartura tinha que ter tamanho, pois apesar de sua doçura, seus quase seis quilos eram por si só uma ameaça.
Não assisti à sua partida para o céu dos animais e foi melhor assim, porque antes eu já estava abalada, deprimida por vê-lo sofrer. Por amá-lo mais que aos demais, voltei um pouco fria e distante com os que ficaram e pretendo aos poucos doá-los a quem possa cuidar deles como crianças, que é como eu cuido.
Fica o adeus e a saudade do meu sempre insubstituível Farturinha.
Antes da castração, fazendo o que mais gostava: dormindo. |
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